Correção: HSBC eleva preço-alvo da Petrobras e mais 5 recomendações; BM&FBovespa fará baixa de R$ 184 mi no balanço

Confira os principais destaques corporativos desta terça-feira (1)

Lara Rizério

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CORREÇÃO: Atualização às 13h54 para a seguinte correção: a Petrobras não teve a recomendação rebaixada pelo HSBC. Os papéis PN seguem com recomendação de compra e os ON com recomendação de manutenção. 

SÃO PAULO – O noticiário desta terça-feira (1) segue movimentado, com destaque para diversas recomendações que estão no radar, além da continuidade da temporada de balanços. Veja os destaques que devem mexer com o mercado nesta sessão:

Petrobras (PETR3;PETR4)
O HSBC Securities elevou nesta terça-feira o preço-alvo para as ações preferenciais da Petrobras, refletindo a menor percepção de risco sobre o Brasil e as ações locais, a expectativa por uma retomada nos preços globais de petróleo e uma visão mais construtiva sobre o setor de energia do Brasil.

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O HSBC destacou que a Petrobras deve se beneficiar de políticas de governo mais favoráveis ao mercado para alcançar margens maiores de refino e mais desinvestimentos em meio à melhora da perspectiva para o Brasil. O banco elevou o preço-alvo para as ações PN da Petrobras para 23 reais ante 18 reais, mantendo recomendação de “compra” e elevou o preço-alvo das ações ON para 21 reais, ante 17 reais e manteve a recomendação de “manutenção” para esses papéis. 

 Embraer (EMBR3)
Após os resultados do terceiro trimestre, o BB Investimentos elevou a recomendação para os papéis da Embraer de marketperform para outperform, reiterando o preço-alvo de R$ 22,50 para as ações da companhia para 2017. Outra que elevou a recomendação da empresa para compra foi a Drexel Hamilton, com preço-alvo do ADR de US$ 26,00. Por fim, a companhia também teve o preço-alvo elevado pelo HSBC de R$ 15,50 para R$ 16,00. 

Educacionais
Ainda no radar de recomendações, a Ser Educacional (SEER3) e Estácio (ESTC3)  tiveram cobertura iniciada com recomendação overweight pelo Brasil Plural. Anima (ANIM3) e Kroton (KROT3) foram iniciadas com equalweight. 

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BM&FBovespa
A BM&FBovespa (BVMF3) informou que o Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a sentença proferida em ação movida pela Massa Falida de Spread Corretora, dando provimento apenas parcial a recurso apresentado pela companhia. Assim, a empresa informou que a chance de perda atribuída para esse processo foi alterada de possível para provável, levando à necessidade de provisionamento contábil no montante de R$ 183,9 milhões, a ser reconhecido nas demonstrações financeiras do terceiro trimestre de 2016. “A BM&FBovespa esclarece que recorrerá dessa decisão às instâncias superiores e que, nesse momento, está discutindo com seus assessores jurídicos a estratégia de defesa a ser utilizada nessa demanda”, afirma a companhia. 

TIM (TIMP3)
A operadora de telefonia TIM registrou um lucro líquido normalizado pela venda de torres e outros impactos de R$ 200 milhões no 3° trimestre, crescimento de 14% sobre igual período do ano passado. A receita líquida total recuou 5,3% no trimestre, para R$ 3,9 bilhões. A margem Ebitda (Ebitda/Receita Líquida) cresceu 1,9 ponto percentual, passando de 31,5% para 33,4% no período. 

Bradesco BBI aponta que os resultados foram sólidos e melhores devido à melhor receita de serviços e à entrega do plano de corte de custos; ‘‘acreditamos que a Tim está no caminho certo para apresentar resultados melhores, sendo mais racional em termos de preços e melhorando o mix de assinantes. No entanto, ainda não estamos convencidos de que a receita vai se recuperar fortemente nos próximos trimestres”.

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Smiles (SMLE3)
Dando continuidade à temporada de balanços, a companhia de redes de fidelidade de clientes Smiles informou nesta segunda-feira que teve lucro líquido de R$ 144,7 milhões no terceiro trimestre, alta de 47% ante mesmo período de 2015. O resultado foi impulsionado por crescimento de 32,5% no lucro operacional, para R$ 162,6 milhões, e pela evolução do resultado financeiro, que teve elevação de 77%, para R$ 50 milhões. A receita líquida da companhia somou R$ 398,3 milhões no período, acréscimo de 14% sobre o terceiro trimestre do ano passado.

“Permanecemos entusiasmados em relação às oportunidades do setor de fidelidade e empenhados em posicionar a Smiles como uma plataforma de negócios inovadora e em uma empresa completa de turismo”, afirmou a empresa no balanço.

O acúmulo de milhas do programa referente ao terceiro trimestre teve crescimento de 4,2% em relação ao mesmos três meses de 2015, para 13,8 bilhões de milhas, apoiado na alta de 5,7% nas milhas de parceiros que não a Gol. O acúmulo de milhas com programas da Gol recuou 6,1 por cento. Já os resgates entre julho e setembro subiram 2,2% na comparação ano a ano. No final de setembro, a Smiles tinha 11,8 milhões de clientes, avanço de 7,6% sobre um ano antes.

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“Vemos os resultados do Smiles novamente no lado positivo, principalmente porque as vendas para os parceiros financeiros praticamente mantiveram os níveis devido aos crescentes volumes na comparação anual”, avalia o Bradesco BBI. 

Energias do Brasil (ENBR3)
A elétrica EDP Energias do Brasil fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 230,8 milhões, alta de 317,2% ante o mesmo período de 2015, principalmente devido ao melhor resultado financeiro, informou a companhia em comunicado nesta segunda-feira.

A empresa, que atua em geração e distribuição de eletricidade, apresentou uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 625,8 milhões no trimestre, com avanço de 6,6% na comparação anual.

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Multiplan (MULT3)
A administradora de shopping centers Multiplan divulgou na segunda-feira que teve lucro líquido de R$ 58,03 milhões no terceiro trimestre, queda de 0,9% sobre a mesma etapa do ano passado. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 1,2% na mesma base de comparação, para R$ 184,43 milhões.

Segundo o Safra, os resultados foram neutros; “apesar da estabilização nos indicadores, permanecemos com a nossa visão mais negativa sobre o setor e recomendação neutra sobre MULT3 devido ao múltiplo esticado e perspectivas para o varejo, seguindo nossa visão cautelosa macro no próximo ano”.

M.Dias Branco (MDIA3)
A M.Dias Branco, fabricante de massas e biscoitos, dona de marcas como Adria, Isabella e Richester, reportou um lucro líquido de R$ 269,7 milhões no 3° trimestre, resultado 63,4% acima do registrado no mesmo intervalo de 2015. A receita líquida da companhia atingiu R$ 1,45 bilhão, montante 14,4% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. O Ebitda chegou a R$ 313,3 milhões, com alta de 62,4%, o mais alto obtido pela companhia em um trimestre desde 2006. A margem Ebitda alcançou 21,7%, ante 15,2% um ano antes. 

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De acordo com o BTG Pactual, os resultados foram positivos, com destaque para o aumento do volume de vendas, crescimento do Ebitda e de margens, o que aponta que a empresa “decidiu não participar da crise”. “Poucas empresas foram capazes de tal realização em meio a uma das mais duras recessões macroeconômicas na história recente do Brasil”, ressalta o BTG, que tem recomendação neutra para as ações e preço-alvo de R$ 115,00. “Nós planejamos ajustar novas estimativas em breve”, afirmam os analistas.

Já o Itaú BBA ressalta: “esperávamos altas máximas nos resultados, mas eles foram ainda melhores do que esperávamos, não tanto devido aos números, mas pelos sinais qualitativos”. O Bradesco BBI aponta ainda que, independentemente dos preços, a companhia implementou planos de eficiência e deve emergir da recessão muito mais forte do que antes; “continuamos a ter MDIA3 como uma das nossas top picks”. 

Bradespar (BRAP4)
Além dos balanços, a diretoria da Bradespar – holding que detém participação na Vale – submeteu ao conselho de administração proposta de remuneração zero aos acionistas em 2016, “tendo em vista que não houve alteração significativa em seu fluxo de geração de caixa no ano”, informa o comunicado da companhia enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta noite. Após o encerramento do atual exercício, a administração da companhia vai reavaliar a distribuição do lucro com base no resultado, disse a Bradespar. 

Via Varejo (VVAR11)
O Grupo Pão de Açúcar divulgou na segunda-feira que foi implementada nesta data a reorganização societária para a integração dos negócios de comércio eletrônico operados pela Cnova Brasil aos negócios da Via Varejo.

“A Via Varejo passa a comandar as atividades de comércio eletrônico das bandeiras ‘Casas Bahia’, ‘Ponto Frio’ e ‘Extra’ desenvolvidas pela Cnova Brasil”, segundo o fato relevante.

A integração permite que “se dê início à implementação das medidas necessárias à captura das sinergias esperadas em decorrência da integração dessas atividades às atividades de varejo em lojas físicas desenvolvidas pela Via Varejo”, afirma o documento. A Cnova Brasil era controlada até meados do ano pela Cnova, do grupo francês Casino, antes do anúncio em agosto de acordo entre Cnova e Via Varejo, para combinação de negócios no Brasil. Assim, Cnova Brasil se tornou uma subsidiária integral da Via Varejo, que faz parte do GPA.

BTG Pactual (BBTG11)
O BTG Pactual informou nesta terça-feira que concluiu a venda do suíço BSI para o EFG International, em uma transação em dinheiro e ações.

O valor da operação é formado por 575 milhões de francos suíços em dinheiro, 86,2 milhões de ações do EFG que correspondem a uma participação de 30 por cento na combinação EFG-BSI e 31 milhões de francos suíços em um bônus a ser emitido pelo comprador.

Com a conclusão da operação, os sócios do BTG Steve Jacobs e Roberto Isolani serão membros do conselho de administração do EFG International.

Oi (OIBR4)
De acordo com informações da colunista Sonia Racy, do jornal O Estado de S. Paulo, o bilionário egpício Naguib Sawiris foi recebido há duas semanas por Michel Temer, por Eliseu Padilha, e passou para conversar na Anatel, em meio à costura de acordo com os detentores de títulos da Oi. O plano do investidor egípcio é ajudá-los a recuperar R$ 14 bilhões investidos na tele e, por meio deles controlar a companhia. Sawiris disse a Temer que estaria disposto a colocar US$ 1,5 bilhão do próprio bolso na empresa, segundo fontes próximas ao empresário ouvidas pela colunista. 

CPFL Energia (CPFE3)
A CPFL Energia concluiu na segunda-feira a aquisição da distribuidora de eletricidade AES Sul por um total de R$ 1,698 bilhão, afirmaram as empresas em comunicados ao mercado. O negócio, fechado junto à norte-americana AES Corporation, envolveu um valor de R$ 1,403 bilhão e mais um adicional de R$ 295,45 milhões, referente a um aumento de capital que havia sido feito na elétrica pela AES. O acordo inclui adicionais R$ 1,1 bilhão em dívida, conforme anunciado em junho.[]

Segundo a CPFL, o preço de aquisição será ajustado em até 45 dias de acordo com variações de capital de giro e dívida líquida da distribuidora, responsável pelo fornecimento em 118 municípios da região centro-oeste do Rio Grande do Sul.

Braskem (BRKM5)
A Camex prorrogou o direito antidumping por até 5 anos aplicado às importações brasileiras de resina de polipropileno, originárias dos EUA, após pleito da companhia, segundo resolução publicada no Diário Oficial. A investigação inicial foi aberta em 30 de janeiro de 2009 a pedido da Braskem. O antidumping será aplicado na foram de alíquota ad valorem de 10,6% a todas as importações de produtores norte-americanos. Bic Amazônia, 3M do Brasil, Becton Dickinson, Basell Poliolefinas, Globalpack, Owens Corning Fiberglass, Cepalgo, Johnson & Johnson do Brasil, Furukawa, Trelleborg Off Shore e Kimberly-Clark foram algumas das companhias consultadas no âmbito da investigação feita pela Camex.

Eletrobras (ELET3ELET6)
O representante dos acionistas minoritários da Eletrobras no conselho de administração, Marcelo Gasparino, votou contra a venda do controle da distribuidora goiana Celg D em leilão de privatização, conforme consta em ata da assembleia que aprovou a alienação, realizada em 24 de outubro e arquivada esta segunda-feira na CVM. Em seu voto, Gasparino afirma que a estatal sabia da inviabilidade financeira das distribuidoras que assumiu, tendo contratado consultorias como Roland Berger, Santander, Acenture e Ernst Young para assessorá-la na alienação das participações acionárias.

Ecorodovias (ECOR3)
O conselho de administração da Ecorodovias aprovou a venda de R$ 215 milhões em debêntures com vencimento em 15 meses a partir da data de emissão, em 18 de fevereiro de 2018, informou a empresa em fato relevante. A oferta é destinada a investidores qualificados. Segundo a companhia, os recursos serão usados para pagar notas promissórias que vencem em 18 de novembro.  

Helbor (HBOR3)
A Helbor anunciou vendas contratadas totais de R$ 145,7 milhões no 3° trimestre, representando uma queda de 36% na comparação anual. A empresa não realizou lançamentos no trimestre “para melhor administração do estoque e da demanda atuais do mercado imobiliário”, disse a companhia.  

Paranapanema (PMAM3)
A Paranapanema informou na noite de ontem que prorrogou o prazo do acordo “standstill” para 9 de dezembro de 2016, que determina que os credores da companhia por aquele prazo suspendem as obrigações financeiras que irão vencer, incluindo juros e o principal. Em 13 de outubro, a Folha de S. Paulo apurou que a companhia tinha contratado a RK Partners para reestruturar sua dívida. 

Itaú Unibanco (ITUB4)
O Cade aprovou a venda das operações com seguro de vida do Itaú Unibanco para a subsidiária brasileira da Prudential. A venda foi anunciada em setembro. 

Unipar Carbocloro (UNIP6)
O Cade declarou complexo processo de aquisição Solvay Indupa pela Unipar Carbocloro e determinou diligências complementares.

(Com Reuters)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.