Itaú BBA eleva ações brasileiras; confira mais 10 notícias no radar

Confira os principais destaques corporativos desta terça-feira (4)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta terça-feira (4) é movimentado. Chamam atenção no noticiário a suspensão de pagamentos da Oi na Holanda, o corte de rating do Pão de Açúcar e a aquisição feita pela Anima, além do Itaú BBA, que elevou as ações brasileiras. Confira os principais destaques:

Ações overweight
O Itaú BBA elevou as ações do Brasil de equalweight para overweight. O banco cita três fatores específicos para a visão “mais otimista” sobre Brasil: o bom impulso inicial para a reforma, a visão mais positiva fora de consenso sobre a recuperação macroeconômica esperada e maior número de ações atrativas, segundo relatório de analistas.

“Há também um fator relativo: estamos menos entusiasmados com as perspectivas para as ações mexicanas e nosso ‘call’ é baseado em uma perspectiva LatAm”, afirmam os estrategistas.

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“Ainda acreditamos que o rali desde o início do ano no Brasil está em estágio avançado. No entanto, agora vemos condições favoráveis para retomar nossa postura overweight nas ações brasileiras”, embora a próxima etapa de alta possa levar mais tempo e provavelmente será menos pronunciada do que o que ocorreu das mínimas deste ano’’

O banco mantém recomendação overweight para Petrobras (PETR3;PETR4), Bradesco (BBDC4), Smiles (SMLE3) e São Martinho (SMTO3) e introduz novas ações em overweight: Banco do Brasil (BBAS3), Randon (RAPT4), Suzano (SUZB5), Telefônica Brasil (VIVT4) e Energias do Brasil (ENBR3). As ações removidas de overweight são Ultrapar (UGPA3), BB Seguridade (BBSE3) e Klabin (KLBN11) e rebaixa Ambev (ABEV3) de equalweight para underweight. O Itaú BBA elevou Vale (VALE3;VALE5) de underweight para equalweight. 

Itaúsa (ITSA4)
A Itaúsa, holding de investimento das famílias Setubal e Vilella, e a Cambuhy Investimentos, empresa de private equity da família Moreira Salles, pretendem fazer uma oferta pela BR Distribuidora, disse a Bloomberg citando duas pessoas com conhecimento direto do assunto.

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Além deles, a Vitol e as empresas de private equity GP Investimentos e Advent International também estudam fazer uma proposta, diz a agência de notícias. Segundo as informações, a operação pode envolver US$ 6 bilhões. Alguns dos investidores avaliam criar um consórcio, disseram as fontes.

Procuradas pela Bloomberg, Itaúsa, Cambuhy, Advent, Vitol e GP não quiseram comentar, assim como a Petrobras. Nesta segunda-feira (3), a petrolífera informou que deu início ao envio de prospecto sobre a BR Distribuidora a potenciais parceiros.

Oi (OIBR4)
O noticiário sobre a companhia é movimentado. A Oi informou que o Tribunal de Amsterdã, na Holanda, concedeu, a pedido da PTIF (Telecom International Finance) – veículo financeiro da Oi que atua na Holanda –, o procedimento de suspensão de pagamentos. A decisão impede, temporariamente, que os credores da PTIF executem a dívida, dando tempo para a subsidiária reestruturar suas obrigações.

A mesma medida havia sido concedida em agosto para outra controlada da Oi no país, a Oi Brasil Holdings Cooperatief (Oi Coop). A Justiça holandesa ainda nomeou um administrador judicial para supervisionar processo no país e os interesses dos credores da PTIF.

Já o Valor Econômico destaca que quase um mês após a Oi entregar seu plano de recuperação à Justiça, as negociações com detentores de títulos permanecem na estaca zero, o que tem levado intranquilidade a estes credores, citando fonte que acompanha o processo desde antes do pedido de recuperação judicial.

Dificilmente haverá qualquer avanço nas conversas, diz o jornal. Por fim, O Globo disse nesta terça-feira que governo vê com bons olhos interesse do fundo “abutre” Elliott na Oi.

Braskem (BRKM5)
Segundo o Valor, ao mesmo tempo em que a Braskem negocia um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e com a SEC (Securities and Exchange Commission), a companhia segue ré em uma ação coletiva movida por investidores americanos e pede o indeferimento de todas as acusações. Uma audiência presencial deve decidir sobre a questão na quinta-feira da semana que vem, dia 20, em Nova York. A Braskem é acusada de violar as leis do mercado de capitais dos Estados Unidos ao se envolver em um esquema de pagamento de propina para obter preços mais favoráveis no contrato de nafta com a Petrobras. Na legislação americana, é considerado crime fazer comunicados falsos ao mercado, acusação também presente no processo. 

Pão de Açúcar (PCAR4)
A agência de classificação de risco Fitch cortou o rating nacional de longo prazo do Grupo Pão de Açúcar de “AA+” para “AA”, com perspectiva estável. Segundo a agência, o rebaixamento reflete o enfraquecimento do modelo de negócios da companhia, com perda material da rentabilidade em todas as suas áreas, por diversos trimestres seguidos.

Por outro lado, a perspectiva estável segue a expectativa de uma melhora gradual das margens consolidadas e das métricas de crédito para o ano de 2017, mais próximas às reportadas em 2015.

“No período de 12 meses encerrado em junho de 2016, a divisão alimentar da companhia se mostrou menos resiliente, enquanto o negócio de bens de consumo duráveis mostrou-se significativamente mais frágil, em relação ao que a Fitch incorporava na avaliação”, justifica a agência.

Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras informou que deu início ao envio de prospecto sobre a oportunidade para potenciais parceiros na venda da BR Distribuidora. A seleção de empresas que receberam o chamado Teaser foi, segundo a estatal, “realizada com base em critérios objetivos, em conjunto com a instituição financeira especializada em fusões e aquisições e contratada para assessorar o processo de venda”.

A petrolífera lembrou que iniciou um novo processo competitivo visando ao compartilhamento de controle, em uma estrutura societária que visa a assegurar à Petrobras a maioria do capital total da BR, mantendo 49% do capital votante. “Esse novo modelo de venda atrai maior interesse do mercado e tem como objetivo maximizar o valor do negócio de distribuição de combustíveis, atender aos objetivos estratégicos da Petrobras e manter a operação integrada na cadeia do petróleo”, disse a estatal.

Anima (ANIM3)
A Anima Educação anunciou a compra de instituições mantenedoras de escolas politécnicas em Minas Gerais e Goiás, por R$ 24 milhões. A companhia comprou a Eurolatino Participações, controladora da Faculdade Politécnica de Uberlândia (MG) e o Instituto Politécnico, mantenedor da Faculdade Politécnica de Goiás.

O pagamento prevê parcela de R$ 4,5 milhões ajustável dependendo de dívida e caixa líquido dos ativos comprados e o restante será quitado em 74 prestações mensais, corrigidas à taxa de 12% ao ano mais TR.

O Santander espera reação “marginalmente positiva” ao ver a aquisição como “estrategicamente positiva, já que complementa a presença do Anima no interior do estado de Minas Gerais (principal mercado da empresa)”. 

Usiminas (USIM5)
Segundo o Valor Econômico, está prevista para quarta-feira a retomada do julgamento, em audiência no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, de uma ação da Nippon Steel & Sumitomo que pede a anulação da eleição do presidente da Usiminas, Sérgio Leite de Andrade, feita em 25 de maio. A siderúrgica japonesa impetrou logo após a decisão do conselho de administração da siderúrgica com um agravo de instrumento na Justiça mineira.

Saraiva (SLED4)
A gestora GWI, fundada pelo coreano Mu Hak You, deve sair da rede de livrarias Saraiva, apurou o Valor Econômico. A ideia é reduzir a zero sua posição acionária na empresa, após embate público entre a família Saraiva, fundadora da varejista, e o comando da gestora. A GWI se tornou sócia da Saraiva em 2015 e a redução deve ocorrer aos poucos. 

Cyrela (CYRE3)
A Cyrela aprovou a emissão privada de R$ 150 milhões em debêntures. Os papéis da 7ª emissão de debêntures simples terão prazo de 795 dias, com vencimento em 4 de dezembro de 2018.

 Eneva (ENEV3)
A Eneva informou que foi concluído o aumento de capital privado aprovado na AGE (Assembleia Geral Extraordinária) em 2 de agosto. A subscrição e integralização do aumento de capital foram realizadas: (i) parte em dinheiro, totalizando a quantia de R$ 14,6 milhões; e (ii) parte por meio da contribuição dos ativos PGN, totalizando o montante de R$ 1,145 bilhão. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.