Que Deutsche Bank? Ibovespa Futuro sobe e se descola totalmente do exterior

Crise bancária na Europa é "esquecida" pelos investidores brasileiros e pré-market mostra ganhos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta sexta-feira (30), descolando-se totalmente das bolsas mundiais, que caem com os riscos relacionados à saúde financeira dos principais bancos europeus voltando à tona após 10 hedge funds reduzirem suas exposições ao Deutsche Bank. Na agenda do dia, uma série de indicadores norte-americanos e chineses fazem preço, enquanto o Brasil teve dados de desemprego da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domílio) e mais tarde terá o resultado consolidado das contas públicas. 

Às 9h23 (horário de Brasília), o contrato futuro do índice para outubro subia 0,12%, a 58.500 pontos. Já o dólar futuro para o mesmo mês tem leve queda de 0,08% a R$ 3,257. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2018 cai 1 ponto-base a 12,22%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 opera estável a 11,65%. 

Cenário externo
Os mercados mundiais seguem a queda da véspera com a aversão ao risco predominando em meio ao receio de que alguns clientes estejam reduzindo exposição ao Deutsche Bank, enquanto o ouro tem a primeira alta em quatro dias na busca por ativos mais seguros. Na tarde da última quinta-feira, as bolsas mundiais passaram a registrar forte baixa após a Bloomberg noticiar que alguns hedge funds têm reduzido exposição ao maior banco alemão; logo no início da sessão de hoje, os papéis do banco alemão voltam a ter novos recordes de baixa com queda de 7% e levam as ações globais para baixo. O grande temor é que uma eventual quebra do Deutsche cause uma nova crise sistêmica nos mercados, mas ainda há muitas discussões sobre se há um paralelo entre a crise atual e a de 2008, que teve como um dos símbolos o Lehman Brothers (para ver a análise sobre o assunto, clique aqui).

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Entre os dados da Europa, a taxa de desemprego na zona do euro ficou inalterada em 10,1% pelo quinto mês consecutivo em agosto, permanecendo no menor patamar desde julho de 2011, segundo dados publicados hoje pela Eurostat, a agência oficial de estatísticas da União Europeia. O resultado veio em linha com a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 0,4% em setembro ante igual mês do ano passado, ganhando força em relação à alta anual de 0,2% verificada em agosto, segundo números preliminares divulgados hoje pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. A prévia de setembro veio em linha com a expectativa de analistas.

Agenda externa
Os Estados Unidos terão uma bateria de dados. Às 9h30 sai o núcleo do PCE, indicador de inflação mais levado em conta pelo Federal Reserve em suas decisões de política monetária. A expectativa do mercado é de alta de 0,2% no índice em agosto, contra 0,1% de avanço em setembro. Já às 11h será divulgado o índice de confiança de Michigan, para o qual espera-se um aumento de 89,8 pontos da prévia de setembro para 90 pontos nesta que é a versão final do dado para o mês.

Do outro lado do mundo, às 22h saem os PMIs (Índices Gerentes de Compras) da China da indústria e de serviços. No caso do PMI industrial, o mais relevante para o Brasil, a expectativa mediana dos economistas é de aumento de 50,4 pontos para 50,5 pontos, lembrando que no PMI números acima de 50 pontos mostram expansão da atividade econômica e números abaixo de 50 pontos denotam retração.

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Dados domésticos
A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) Contínua do IBGE mostrou um avanço do desemprego em agosto de 11,6% para 11,8%, acima das expectativas dos economistas, que esperavam uma oscilação do desemprego de 11,6% para 11,66% no último mês.

Já às 10h30 sairá o resultado das contas públicas em agosto, que será importante para acompanhar se o governo conseguirá cumprir a meta fiscal de 2016, que prevê um déficit de R$ 170 bilhões. A expectativa mediana dos economistas é de déficit de R$ 22,2 bilhões no mês passado, contra R$ 12,8 bilhões de déficit registrados em julho.

Agenda do governo
Em destaque na agenda brasileira, o presidente Michel Temer e o ministro da Fazenda Henrique Meirelles falarão no 8º Fórum Exame às 9h (horário de Brasília) e às 16h40, em São Paulo. O InfoMoney acompanhará o evento. Meirelles também se reúne hoje com o ex-embaixador dos EUA no Brasil, Clifford Sobel, às 9h45, e com Michael Gomez, chefe de mercados emergentes da Pimco, 11h ambos no gabinete ministerial de São Paulo.

Já o presidente do Banco Central Ilan Goldfajn reúne-se com Arlindo Raggio Vergaças Junior, diretor executivo da JGP Gestão de Recursos; também participa de reunião com grupo de investidores liderados pelo Morgan Stanley, com executivos da Pimco e com Gabriel Srour, sócio da Gávea Investimentos, todos no Rio de Janeiro.

Noticiário corporativo
O Itaú comunicou que fará um aumento de capital no valor de R$ 12 bilhões, com bonificação de ações na razão de 10%. Enquanto isso, a Vale informou que Eduardo de Salles Bartolomeo foi eleito membro do conselho de administração da companhia após a renúncia de Luciano Galvão Coutinho. Já a construtora Viver informou que o juíz da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca da Capital do Estado de São Paulo deferiu hoje o processamento do pedido de recuperação judicial da companhia. Para conferir estas e mais notícias, clique aqui.

O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.

Assista ao vivo à programação da InfoMoney TV: 

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