1.000 pontos em 3h30: os 2 fatores que mudaram o rumo da Bolsa hoje; veja a reação em imagens

Mercado vive turbulência entre possível acordo entre membros da Opep e fala da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen; para completar, dados de estoques de petróleo nos EUA e fala de presidente do Fed de Chicago ajudaram a dar um 'tempero extra' à volatilidade

Paula Barra

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SÃO PAULO – O mercado vive dia turbulento nesta quarta-feira (28). Após fala da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, jogar um balde d’água fria nos ânimos dos investidores ao aumentar as chances de alta de juros nos Estados Unidos ainda este ano, rumores de que membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) chegaram a um acordo para limitar a produção a partir de novembro fizeram disparar os ativos de risco do mercado nesta tarde. 

Da mínima do dia, atingida por volta das 12h (horário de Brasília), até o fechamento, o Ibovespa subiu 1.000 pontos, com boa parte dessa alta “nas costas” da Petrobras, que figurava entre as maiores altas do índice. O movimento foi acompanhado pelos preços do petróleo: enquanto o contrato futuro do Brent subiu 5,14%, a US$ 48,91 o barril, o WTI (West Texas Intermediate) avançou 4,66%, a US$ 46,75 o barril. 

Na conta dessa arrancada dos ativos, uma notícia da agência Reuters de que a Opep conseguiu alcançar um acordo para limitar produção para 32,5 milhões de barris — 740 mil abaixo dos atuais níveis. Os detalhes da negociação não foram informados.

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Com os países-membros reunidos na Argélia para o Fórum Internacional de Energia, a Opep poderia anunciar um congelamento na produção nesta quarta-feira, afirmaram duas fontes dentro da organização à Reuters sob a condição de anonimato pelo fato de a decisão ainda não ter sido fechada. A reunião durou mais de duas horas.

O Ibovespa terminou essa sessão com alta de 1,67%, a 59.356 pontos, enquanto as ações ordinárias da Petrobras subiram 4,64%, a R$ 15,33, e as preferenciais avançavam 5,56%, a R$ 13,85. 

A volatilidade vista hoje na Bolsa, no entanto, não ficou restrita apenas a essas notícias. Mais cedo, dados divulgados pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos também ajudaram a puxar o ânimo dos investidores. Os estoques norte-americanos de petróleo bruto caíram 1,88 milhão de barris na semana encerrada em 23 de setembro, para 502,716 milhões de barris. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam aumento de 3,1 milhões de barris nos estoques. Por outro lado, os estoques de gasolina tiveram um crescimento de 2,027 milhões de barris, para 163,077 milhões de barris, ante previsão de aumento de 100 mil barris.

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Além disso, o mercado reagiu também nesta sessão a comentários feitos por membros do Federal Reserve. Nesta tarde, o presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, disse que “provavelmente” os Estados Unidos terão “juros baixos por algum tempo”, contrapondo-se ao discurso da presidente do Fed, Janet Yellen, que falou que algumas “acomodações devem ser removidas” falando da política monetária norte-americana. A fala de Yellen levou mais cedo o Ibovespa para o terreno positivo, enquanto puxou o dólar para cima, com o mercado vendo maiores as chances de alta de juros por lá ainda este ano. 

Confira a reação do mercado em imagens: 

– Ibovespa

– Petrobras