Julgamento envolvendo BM&FBovespa é marcado para essa semana; veja mais 10 notícias no radar

Confira o que é destaque no noticiário corporativo desta segunda-feira (19)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Além da atenção voltada nesta semana para as reuniões de política monetária nos EUA e Japão, o noticiário desta segunda-feira é bastante movimentado, com destaque para reuniões na Petrobras, recomendações e um novo pedido de recuperação judicial, da construtora Viver. Confira os destaques desta segunda-feira (19): 

Marfrig (MRFG3
A Marfrig teve a sua recomendação cortada de overweight para neutra pelo JPMorgan, com o preço-alvo também sendo reduzido de R$ 8 para R$ 7.

Em comunicado na noite da véspera, a Marfrig ainda informou que a divisão Beef da Marfrig Global Foods embarcou o primeiro contêiner de carne bovina in natura para os Estados Unidos. A carne foi produzida nos dias 14 e 15 de setembro da unidade de Bataguassu, no Mato Grosso do Sul. Segundo a empresas, nas outras cinco unidades da empresas já autorizadas a exportar carne bovina in natura para os EUA, a produção começará de acordo com o programa produtivo da companhia.

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Petrobras (PETR3PETR4)
Ocorreu na sexta mais uma reunião da Petrobras com os sindicatos de petroleiros e a companhia propôs um aumento de até 4,97% nos rendimentos da categoria, além de redução no valor das horas extras e opção de corte da jornada de trabalho e do salário de empregados da área administrativa. A proposta foi classificada pela FUP (Federação Única dos Petroleiros) como “afronta aos trabalhadores”. Com isso, o Conselho Deliberativo da FUP terá reunião nesta segunda para discutir os próximos passos da companhia. 

No início do mês, a FUP entregou à Petrobras pedido de reajuste categoria pedia reposição da inflação (8,74% nos 12 meses até julho) mais 5% de ganho real. A FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) pediu aumento de 19%. Além disso, a Petrobras apresentou uma contraproposta de congelamento do salário-base sem reajuste, mas ofereceu um aumento na tabela que define um piso regional e por categoria, conhecido como RMNR (Remuneração Mínima por Nível e Regime), composto pelo salário mais adicionais.

Para empregados que ganham até R$ 9 mil, o reajuste seria de 4,97%. Para os demais, de R$ 447,30. A proposta prevê ainda redução no pagamento pela hora extra, dos atuais 100% do valor da hora trabalhada para 50%. Pela proposta, os empregados que se dispuserem a trabalhar 30 horas semanais terão desconto de 25% no salário. Porém, neste final de semana a Reuters informou que as federações que representam os funcionários da Petrobras rejeitaram fortemente na sexta-feira uma proposta feita pela companhia para um acordo salarial e de benefícios, em sua negociação anual, aumentando o risco de uma nova greve.

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Ainda no radar da estatal, a Petrobras apreciará o Plano Estratégico e de Negócios referente  aos anos de 2017-2021; os analistas esperam corte de investimentos no primeiro plano da estatal sob o comando de Pedro Parente.

Conta uma reportagem do jornal Valor Econômico que a estatal deve reduzir a meta de produção de petróleo no Brasil para 2020, no âmbito do novo plano de negócios. A meta atual da companhia é de extrair 2,7 milhões de barris diários de petróleo em campos nacionais. Os analistas ouvidos pelo jornal esperam uma redução pequena na meta, uma vez que boa parte dos projetos de produção para o petróleo já está contratada.

Itaú Unibanco (ITUB4)
O Itaú Unibanco vendeu seus negócios de seguro de vida em grupo para a Prudential, uma das maiores companhias de serviços financeiros do mundo. Segundo comunicado ao mercado, a companhia controlada pelo Itaú Unibanco, será cindida e as operações de seguros de vida em grupo serão vertidas para a IU Seguros S.A., cuja totalidade do capital será alienada à Prudential. A operação de seguros de vida em grupo contou com prêmios líquidos no valor aproximado de R$ 465 milhões em 2015 e mais de 1.900.000 vidas seguradas.

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BM&FBovespa (BVMF3)
O julgamento referente ao benefício fiscal da amortização do ágio de 2008/2009 entrou na pauta de julgamento para a próxima quarta-feira (21), às 14h. Em relatório a clientes, os analistas do BTG Pactual lembram que o valor ajustado apresentado no balanço do segundo trimestre deste ano era de R$ 1,14 bilhão e que, mesmo que a companhia perca a causa, o impacto no curto prazo deverá ser pequeno.

Viver (VIVR3
A construtora Viver entrou com pedido de recuperação judicial na última sexta-feira, num processo que envolve dívidas de cerca de R$ 1 bilhão. Dias antes, a construtora foi alvo de duas execuções judiciais, uma de R$ 15 milhões e outra de R$ 18,5 milhões, referentes a dívidas não pagas pela companhia.

“A companhia continuará focada na continuidade das suas atividades, atendimento a clientes, cumprimento de seus objetivos e confiante de que esta foi a melhor medida que poderia ter sido adotada neste momento”, afirmou a empresa em nota ao mercado na sexta-feira.

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Cemig (CMIG4)
A Cemig está em negociações avançadas com potenciais sócios com os quais passaria a compartilhar o controle da distribuidora de energia elétrica Light, disse o CEO da empresa Mauro Borges na sexta-feira.

Vários bancos que fazem parte de um veículo de investimento chamado Parati e outros controladores da Light exerceram uma opção de venda. Como resultado, a Cemig tem liderado as negociações para encontrar potenciais investidores dispostos a substituir os bancos, disse Borges.

“As negociações estão bem avançadas […] e estamos chegando a potenciais parceiros que não só têm força financeira, mas também a tecnologia para sustentar a Light”, disse ele. “A priori, o nosso interesse é manter uma participação direta e indireta na Light de cerca de 33%”.

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CSN (CSNA3)
Segundo o jornal O Globo, a CSN  negocia com a estatal chinesa CBSteel a venda de uma participação minoritária na Congonhas Minérios, braço da siderúrgica que reúne ativos de logística e mineração — como a mina Casa de Pedra. As negociações começaram há dois meses e marcam uma reviravolta na estratégia da empresa para reduzir sua dívida, de R$ 25,8 bilhões. Até agora, a CSN mantinha conversas apenas com interessados nos ativos não estratégicos, como o terminal de contêineres, em Itaguaí (RJ), e a fábrica de embalagens Metalic, vendida mês passado.

Contax (CTAX3)
A Contax informou que uma decisão judicial determinou a licença provisória do presidente Nelson Armbrust de suas funções na companhia. A decisão ocorre por conta de divergências com o antigo empregador do executivo, o Grupo Atento. A empresa comunicou ainda que as atividades de Armbrust serão assumidas interinamente pela diretora de finanças e relações com investidores, Cristiane Barreto Sales.

Oi (OIBR4)
Um relatório feito pelos administradores judiciais da Oi, a PwC e o escritório de advocacia Arnoldo Wald, foi entregue ao juiz da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro e mostrou que o prejuízo consolidado da companhia aumentou 30,8% entre junho e julho, passando de R$ 2,16 bilhões para R$ 2,83 bilhões. Os administradores judiciais das empresas têm a responsabilidade de enviar relatório mensal à Justiça sobre o desenvolvimento das atividades das recuperandas.

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A receita líquida da companhia somou R$ 13,63 bilhões em julho, uma alta de 16% em relação ao mês anterior, enquanto o resultado bruto avançou 17%, para R$ 4,65 bilhões. O resultado operacional ficou negativo em R$ 5,63 bilhões em julho, alta de 23,5% em um mês.

Log-in (LOGN3)
A Log-In informou na sexta-feira ter celebrado contrato para venda de ativos à Hidrovias do Brasil, pelo valor total de R$ 683,118 milhões. Os ativos a serem vendidos são duas embarcações chamadas de “Log-In Tambaqui” e “Log-In Tucunaré” e os direitos e obrigações de um contrato comercial entre a Log-In e a Alunorte.

Pelo acordo, a Hidrovias do Brasil pagará R$ 60 milhões à vista e R$ 140 milhões em 14 parcelas mensais, em forma de notas promissórias, a partir da data de fechamento da operação. Além disso, a Log-In transferirá para a Hidrovias certos contratos de financiamento firmados com o BNDES ( Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), cujos recursos serão direcionados a investimentos em embarcações. 

Embraer (EMBR3)
Segundo informações da coluna Radar Online, da Veja, a Embraer está perto de vender 10 aviões E 190 para a Royal Air Maroc. A companhia aérea já tem quatro aeronaves da empresa brasileira e pretende concluir a compra até o final do ano, diz a coluna. Também no noticiário da companhia destaque para a fala do CEO da Fastjet, que informou que a companhia trocará aviões Airbus por Embraer. Segundo ele, a companhia acertou condições para leasing de 3 Embraer 190.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.