Abreu e Lima, da Petrobras, bate novo recorde; Vale capta US$ 1 bi e mais 8 notícias no radar

Confira os principais destaques corporativos desta sexta-feira (16)

Lara Rizério

(Divulgação)

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta sexta-feira (16) é movimentado, com destaque para a notícia da mineradora Vale de que ela conseguiu um acordo para a captação de US$ 1 bilhão mediante a exportação de minério para a Glencore. Além disso, agitam o noticiário o pagamento de dividendos da OdontoPrev e emissão de debêntures da CPFL Renováveis, confira os destaques:

Vale
A Vale (VALE3; VALE5) fez uma captação de US$ 1 bilhão junto a um grupo de bancos, garantindo o empréstimo com embarques de minério de ferro para a Glencore, informou a Bloomberg citando pessoas com conhecimento do assunto. A maior mineradora do mundo assinou um contrato de “financiamento de pré-exportação”, que tem um prazo de dois anos e meio, em junho, disseram as fontes.

Para a Vale, que enfrentou uma crise de crédito no início deste ano com os preços das commodities despencando, o acordo de pré-exportação foi a fonte mais barata de financiamento disponível, disseram duas pessoas familiarizadas com o negócio. O rendimento dos títulos da Vale com vencimento em 2022 subiu para 12% em fevereiro, o maior desde que as notas foram emitidas no início de 2012. Desde então, o rendimento se recuperou para 5,3%.

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Ainda no noticiário da companhia, o TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região ordenou que a Vale deposite mensalmente R$ 3 milhões para as três aldeias Xikrin afetadas pelo empreendimento Onça Puma, de níquel, no sudeste do Pará, disse o MPF do Pará em comunicado por e-mail. 

A Vale terá que depositar mensalmente R$ 1 milhão para cada uma das aldeias Xikrin afetadas pela Onça Puma a partir de 19 de setembro, de acordo com a decisão do desembargador Antonio Souza Prudente. Os valores deverão ser repassados até que a Vale cumpra as obrigações de compensação ambiental relativas ao empreendimento. 

Petrobras
A Petrobras (PETR3;PETR4) informou em comunicado que a Refinaria Abreu e Lima bateu, pelo quarto mês consecutivo, seu recorde de processamento de petróleo. Em agosto, a refinaria alcançou a marca de 3,09 milhões de barris, o equivalente a 99,77 mil barris de petróleo por dia, 0,6% superior ao mês de julho.  

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Oi
O prejuízo das sete empresas incluídas no processo de recuperação judicial da Oi (OIBR4) somou R$ 2,828 bilhões em julho, alta de 31% na comparação com o mês anterior, aponta relatório apresentado pelo administrador judicial à 7.ª Vara Empresarial do Rio, onde corre o processo da companhia. Em junho, a perda tinha sido de R$ 2,161 bilhões. Não são todas as empresas do grupo Oi que estão em recuperação judicial. Fazem parte do processo Oi S.A., Telemar Norte Leste, Oi Móvel, Copart 4 Participações, Copart 5 Participações, Portugal Telecom International Finance B.V, Oi Brasil Holdings Coöperatief.

O demonstrativo aponta que a receita líquida de venda de bens e serviços das empresas aumentou 16% entre junho e julho, de R$ 11,724 bilhões para R$ 13,627 bilhões. O resultado bruto passou de R$ 3,969 bilhões para R$ 4,649 bilhões, na mesma comparação. Já o resultado operacional ficou negativo em R$ 5,629 bilhões em julho, enquanto era negativo em R$ 4,557 bilhões no mês anterior. O resultado financeiro negativo foi de R$ 857,7 milhões em julho, contra resultado também negativo de R$ 337,6 milhões em junho.

Além disso, em função do processo de recuperação judicial e da expectativa de renegociação de dívidas, a Oi encerrou as operações de hedge que utilizavam derivativos (contratos de swap) para proteção contra riscos cambiais ao longo do trimestre, mostra relatório apresentado pelos administradores judiciais. O motivo foi que os passivos relacionados a essas proteções foram “congelados” como efeito do pedido de recuperação judicial, feito em 20 de junho.

Por fim, a Associação dos Investidores Minoritários (Aidmin) divulgou nota ontem em que condena os termos do acordo oficializado na terça-feira entre a Pharol (maior acionista individual da Oi, por meio da subsidiária Bratel) e o fundo Société Mondiale (ligado ao empresário Nelson Tanure). O compromisso garantiu a Nelson Tanure o direito de indicar os nomes de dois membros titulares e quatro suplentes no conselho da Oi. 

Para a Aidmin, o plano de recuperação da Oi “é absolutamente inviável e jamais será acolhido pelo consórcio de credores”. “É um plano que, mais uma vez, visa proteger o maior culpado por toda esta situação: a Pharol SGPS. Um plano viável tem que trazer, em seu bojo,  a perspectiva  de recuperação dos bilhões de dólares desviados da empresa. Assim será possível não só manter valor para os acionistas, mas ainda atender os anseios, justos, dos credores. E o maior ganhador com isto será, não os ao minoritários, não os credores, mas a economia do país, em grave crise, que verá soerguer uma de suas maiores empresas, que gera dezenas de milhares de empregos diretos e impacta indiretamente toda a economia nacional”.

Kroton e Estácio
De acordo com o Valor, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) pediu à Estácio (ESTC3) e à Kroton (KROT3) esclarecimentos sobre demissões promovidas na Estácio. Na sexta-feira passada, o grupo de ensino dispensou 73 funcionários, sendo uma boa parte de colaborares de nível gerencial. No primeiro escalão, a instituição de passa por fortes mudanças e já está em seu quarto presidente em apenas três meses. 

A Estácio esclareceu que “o desligamento de colaboradores ocorrido na semana passada é consequência de uma decisão independente, sem qualquer interferência da Kroton, e está em linha com a estratégia da empresa de reduzir custos e aumentar eficiência”. Já a Kroton disse que as companhias seguem operando de forma independente até a devida verificação e aprovação do Cade. Em relação à denúncia de demissões na Estácio, a Kroton preferiu não comentar o “assunto tendo em vista que não tem nenhuma participação ou responsabilidade nessa decisão.”

Cemig
O jornal Valor Econômico informa que o governo federal pode negociar diretamente com a Cemig (CMIG4) a renovação do contrato de três hidrelétricas da estatal mineira cuja concessão venceu ou está próxima do vencimento. A proposta partiu da própria companhia, mas só ocorrerá se houver respaldo na lei. 

“Desde que se prove legalmente viável, e evidentemente que o Estado [União] receba o que lhe é de direito, a gente pode tentar uma negociação com o Estado de Minas Gerais. Mas preciso de um respaldo jurídico, que hoje ainda não enxergo”, disse o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, após participar de reunião do conselho empresarial de energia elétrica da Firjan, ontem no Rio. “O que não abrimos mão é que o governo possa ter a receita [da outorga das usinas]”, completou ele.

OdontoPrev
A OdontoPrev (ODPV3)  informou que seu conselho aprovou a distribuição de juros sobre o capital próprio no valor total de R$ 11.336.136,30, o que corresponde a R$ 0,021356434 por ação. Farão jus ao JCP os detentores de ações da companhia em 20 de setembro, com os papéis passando a ser negociados “ex-JCP” no dia 21 de setembro.

CPFL Renováveis
A CPFL Energias Renováveis (CPRE3) informou que fará uma nova emissão de debêntures simples. A Emissão será composta por 40 Debêntures, sendo 20 Debêntures da primeira série e 20 Debêntures da segunda série. O valor nominal unitário das Debêntures será de R$ 10 milhões, totalizando R$ 400 milhões.

As Debêntures terão prazo de vigência de cinco anos contados da sua data de emissão e contarão com garantia fidejussória na forma de fiança a ser prestada pela CPFL Energia. Os recursos oriundos da captação por meio da Emissão das Debêntures serão destinados ao capital de giro e outras atividades usuais da Companhia.

Eternit
A Eternit (ETER3) informou a renúncia de Luis Terepins ao seu cargo como membro do conselho de administração da companhia. Com isso, foi eleito Luiz Barsi Filho foi eleito o novo presidente do conselho da companhia, que passa a ser composto por apenas seis membros.

Qualicorp
José Seripieri Filho, membro do conselho de administração e diretor Presidente da Qualicorp (QUAL3), vendeu o equivalente a 0,14% do capital entre 1º e 5 de setembro, passando a deter 19,93%, segundo comunicado ao mercado.

“Essa venda teve como propósito readequar o portfólio de investimentos pessoais de José Seripieri Filho, de forma que a totalidade dos seus investimentos na Companhia passem a ser exclusivamente feitos por meio do fundo L2 Participações Fundo de Investimento em Participações”, destaca o comunicado.

Banrisul
A agência de risco Moody’s rebaixou a classificação de risco do Banrisul (BRSR6) de ‘Ba2’ para ‘Ba3’. De acordo com a Moody’s, o  rebaixamento reflete a deterioração no perfil financeiro do Banrisul após a compra da folha de pagamento do Estado do Rio Grande do Sul do governo gaúcho, principal acionista do banco, por R$ 1,251 bilhão. 

Além disso, informou a agência, “embora a inadimplência tenha caído levemente no segundo trimestre, as baixas e renegociações continuaram a aumentar, indicando uma futura deterioração na qualidade dos ativos”.

(Com Bloomberg e Agência Estado) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.