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SÃO PAULO – Na última sessão em que se espera Dilma Rousseff como presidente afastada, o contrato do Ibovespa Futuro com vencimento em outubro registra ganhos de 0,24%, a 59.700 pontos, de acordo com cotação das 09h10 (horário de Brasília). Já o dólar com vencimento em setembro registra queda de 0,26%, a R$ 3,224.
A expectativa de analistas de mercado e também da equipe do presidente interino Michel Temer é de que haja 60 votos pró-impeachment, sendo necessários 54 votos para que Dilma saia do poder – a expectativa é que a votação comece durante a noite e termine de madrugada. Ontem, em fala ao Senado, a presidente afastada rebateu as acusações e teve discurso bem avaliado até por quem não a apoia, mas a avaliação é de que ela tem poucas chances de reverter o resultado.
A sessão do impeachment começa às 10h de hoje, com os debates entre acusação e defesa no processo de Dilma. Os advogados Janaína Paschoal e José Eduardo Cardozo, respectivamente, terão uma hora e meia cada para fazer suas alegações e depois mais uma hora para réplica e uma hora para tréplica. Os debates podem, portanto, durar até cinco horas.
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Lá fora, o dia é de cautela para os mercados, com as atenções voltadas para a fala de Stanley Fischer, vice do Fed, para a Bloomberg TV. Fischer afirmou que os EUA são afortunados por não terem taxas negativas e que o “Fed não está planejando fazer qualquer coisa neste sentido”.
As bolsas mundiais oscilam entre leves ganhos e perdas nesta sessão; em Wall Street, o Nasdaq futuro registra leve queda, com todos os olhos voltados para a Apple. A Comissão Europeia determinou que a Apple deve pagar 13 bilhões de euros, cerca de R$ 47 bilhões, em taxas para o governo da Irlanda. A Comissão decidiu que o esquema montado pela companhia para direcionar os lucros das operações internacionais para o país foi considerado ilegal. Esta é multa mais alta já aplicada a um processo deste gênero na Europa. No pré-market da Nasdaq, as ações da Apple registravam queda de 1,70% às 7h41 (horário de Brasília), cotadas a US$ 105,00.
Na Europa, o dia é de leve alta, mesmo após a confiança econômica nos 19 países da zona do euro ter caído em agosto para o menor patamar desde março, mostraram dados da Comissão Europeia, em mais uma indicação de enfraquecimento do humor após a decisão britânica de deixar a União Europeia (UE). O indicador de confiança econômica caiu para 103,5 em agosto, ante 104,5 em julho, seu menor patamar desde março e abaixo da expectativa. Já na Ásia, dados divulgados antes da abertura do mercado mostraram que os gastos das famílias do Japão caíram 0,5% no ano, em julho, menor do que os 0,9% esperados, assim como a queda das vendas no varejo foi menor do que a esperada. Contudo, mesmo com os dados melhores do que o esperado, o Nikkei fechou praticamente estável.
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Já no noticiário corporativo local, o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, disse que o Brasil viverá um choque de capitalismo nos próximos dois anos com a definição do impeachment no Senado nesta semana. Para ele, isso vai propiciar a retomada do mercado de capitais brasileiro e a volta do investidor estrangeiro. Enquanto isso, a Aneel manteve multas aplicadas à Petrobras, à CPFL Energia e à Light, em recursos administrativos apresentados pelas empresas para contestar autos de infração. Já a Prumo iniciou ontem sua primeira operação de transbordo de petróleo. Para conferir mais detalhes, clique aqui.
Na agenda econômica local, destaque para o primeiro dia da reunião do Copom; já às 15h30 sai o Resultado Primário do Governo Central, entidade formada por Banco Central, Previdência e Tesouro Nacional, de julho. A estimativa mediana dos economistas é de que tenha sido registrado um déficit primário de R$ 19,30 bilhões no período. Em junho, o governo central teve um déficit de R$ 8,80 bilhões.