Gestor faz “acusação” sobre bilionário pró-Herbalife e dispara: “ele sabe que a empresa está acabada”

Bill Ackman, que acusa a empresa de nutrição de trabalhar em esquema de pirâmide, afirma que Carl Icahn ofereceu uma fatia de suas ações para que ele cubrisse sua posição vendida; ações caíram forte

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O caso Herbalife pode ter sofrido uma (nova) reviravolta. Se em meados de julho, o gestor bilionário e anti-Herbalife Bill Ackman viu seu patrimônio ter forte queda após um acordo entre a empresa e a Comissão Federal de Comércio dos EUA, desta vez o jogo parece ter virado. 

As ações da Herbalife registraram queda de cerca de 5% na sessão desta sexta-feira (26), após Ackman dizer para o portal CNBC e ao mundo que foi procurado indiretamente pelo também bilionário Carl Icahn (um grande defensor da Herbalife) para que Ackman comprasse uma fatia na companhia. A oferta teria sido feito através do banco de investimentos Jefferies Group e se trataria de uma proposta para cobrir a “posição vendida” do gestor. Ackman chegou a ter uma posição vendida de US$  1 bilhão em ações da empresa de nutrição, apostando que ela é uma “pirâmide”. 

Ao ser perguntado porque Icahn gostaria de vender a sua fatia na Herbalife, Ackman respondeu algo como: “ele sabe que a companhia está em ruínas ou acabada (“i think he knows this a toast”). Já Icahn afirmou que não iria comentar o assunto; o bilionário detém 17 milhões de ações na Herbalife, estimadas em US$ 1 bilhão. 

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“Este é um jogo de confiança. Carl é que cria confiança na empresa. Se Carl vende [a ação], ele pode acelerar o desaparecimento da empresa”, disse Ackman. “Com a saída de Carl, a coisa acontecerá mais rapidamente”, destacou Ackman, que também teceu elogios sobre Icahn. “Ele é um grande investidor”. 

Vale ressaltar que, em julho, após o FTC fazer um acordo com a Herbalife, Icahn informou que adquiriu o direito de aumentar a sua participação acionária na Herbalife para 34,99%, ante um teto de 25%. Na época, Icahn afirmou que a empresa tinha fortes fundamentos e que tinha total confiança no CEO (Chief Executive Officer) Michael Johnson e em toda a sua equipe, que superou as adversidades, “incluindo a campanha contrária de Ackman”. Pelo que parece, a polêmica envolvendo a Herbalife está longe de acabar. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.