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SÃO PAULO – Após dias de indefinição para os mercados globais, o principal vetor para os investidores na semana ocorrerá na manhã desta sexta-feira (26) com a fala da chairwoman do Federal Reserve, Janet Yellen, em Jackson Hole, alimentando expectativas sobre novas sinalizações quanto aos rumos da política monetária americana. Às 9h27 (horário de Brasília), o Ibovespa Futuro abriu em alta de 0,2%, a 58.780 pontos. No cenário doméstico, destaque para o segundo dia do julgamento final da presidente afastada Dilma Rousseff, com as oitivas de testemunhas de defesa. No mesmo horário, o dólar comercial caía 0,18%, cotado a R$ 3,2258 na venda.
Os mercados mundiais voltam os seus olhos para o principal evento da semana: a fala da chairwoman do Fed, Janet Yellen, marcada para as 11h, o que leva a poucas variações nos principais índices da Europa e Ásia. O mercado vê um terço de chance de alta dos juros em setembro nos EUA — probabilidade duas vezes maior que duas semanas atrás. A chance de alta em dezembro é de 57%. O destaque ficou para o japonês Nikkei, que caiu mais de 1% após os dados de inflação do país caírem mais do que o esperado, com baixa de 0,5% na base de comparação anual, ante expectativa mediana de queda de 0,4%.
No velho continente, o mercado ainda digere os dados econômicos, com o PIB da França ficando estagnado no segundo trimestre ante o primeiro e registrando expansão anual de 1,4%, em linha com as estimativas. Já a economia do Reino Unido cresceu 0,6% no segundo trimestre ante o primeiro e teve expansão anual de 2,2%, também em linha com o esperado. Por fim, o índice de confiança do consumidor da Alemanha subiu para 10,2 na pesquisa de setembro do instituto GfK, de 10,0 na leitura de agosto. O resultado surpreendeu analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam estabilidade do indicador, a 10,0.
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Ainda do lado dos indicadores econômicos, também merecem atenção os dados do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA para o segundo trimestre, a ser divulgado às 9h30. Outro dado que será monitorado de perto pelo mercado é a segunda estimativa do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos para o segundo trimestre de 2016. A expectativa mediana dos economistas é de que a maior economia do mundo cresça 1,1%, ante 1,2% registrados anteriormente.
O dia também é de baixa para as commodities. O petróleo WTI se mantém no patamar de US$ 47, enquanto o brent está na casa dos US$ 49, apesar da Arábia Saudita dizer que o congelamento da produção poderia ser positivo. O dia é de forte queda para o minério de ferro negociado em Qingdao, na China, com baixa de quase 4%.
Agenda doméstica
Do lado brasileiro, atenções para o segundo dia do julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff no processo de impeachment. No primeiro dia, o procurador do TCU (Tribunal de Contas da União) Júlio Marcelo de Oliveira foi ouvido como informante da acusação e o dia terminou com o depoimento do auditor do TCU Antônio Carlos Costa D’Ávila Carvalho Júnior como testemunha. Nesta data, os depoimentos de testemunhas continuarão, podendo se estender até sábado.
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A acusação e a defesa, nessa sequência, terão dez minutos cada para formular suas perguntas diretamente às testemunhas, divididos em seis minutos iniciais e quatro para esclarecimentos complementares. As testemunhas terão o mesmo tempo e sistemática para as respostas. Conforme o rito estabelecido, não serão admitidas por Lewandowski perguntas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou repitam outras já respondidas, ainda que sejam utilizadas palavras diferentes.
Ainda na agenda brasileira, destaque para a nota de política monetária e operações de crédito de julho, a serem reveladas pelo Banco Central às 10h30. Será revelado ainda o resultado primário do governo central referente ao mês de julho.
Por fim, Carlos Hamilton, secretário de Política Econômica da Fazenda, e Jeferson Bittencourt, secretário-adjunto de Política Fiscal e Tributária, participam do 1º encontro com instituições que fazem previsões para o Prisma Fiscal, 11h, em São Paulo. O objetivo é discutir cenário econômico do país e a intenção do ministério é manter permanente interlocução com agentes econômicos, segundo a Fazenda.
O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.
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