Credit eleva recomendação de Petrobras e Gol, OPA na Bolsa, CSN fala sobre Usiminas e mais 9 notícias

Confira as principais notícias corporativas desta sexta-feira (26)

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – Enquanto os investidores aguardam o principal evento da semana (a fala da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, amanhã à tarde), e o julgamento do impeachment de Dilma Rousseff ocorre no Senado, o noticiário corporativo continua agitado, com novidades envolvendo a saída da Tereos da Bolsa, além de novo integrante na diretoria da Embraer, esclarecimento sobre cisão na Usiminas e novidades sobre o pré-sal. Confira os destaques desta sexta-feira (26):

Petrobras
Em destaque, o Credit Suisse elevou a recomendação para os ADRs da Petrobras (PETR3PETR4) de underperform (desempenho abaixo da média do mercado) para neutro; o preço-alvo para os papéis PBR.A, equivalente aos preferencias, passou de US$ 2 para US$ 8,60. 

Os analistas ressaltam que, desde o início da cobertura no ano passado, eram bastante cautelosos com a Petrobras devido os diversos riscos envolvidos no papel e uma importante dependência que o valor da empresa tem do preço de petróleo e câmbio. Os riscos ainda existem mas, após analisar doze cenários, eles ressaltam que, apesar de ainda não enxergarem um risco-retorno atrativo no nível de preço atual, entendem que o mercado pode cada vez precificar os cenários mais otimistas. “Existe espaço para a valorização significativa da ação se os investidores esperarem recuperação no petróleo, mas teríamos que aumentar a probabilidade do cenário bull para justificar um upside significativo nos níveis de preço atual. Dado o grande intervalo que o valuation pode atingir ao variarmos as premissas e a agressividade de premissas que é necessário para justificar o preço atual de tela, entendemos que o risco-retorno não é atrativo”, afirmam os analistas. 

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

No noticiário da companhia, a estatal já teve até agora cerca de 6.100 adesões ao seu plano de desligamento voluntário lançado em abril e tem a expectativa de que o número aumente ainda mais até o fim deste mês, quando termina o prazo de inscrições, afirmou a Reuters citando uma fonte com conhecimento do assunto.

O programa de cortes de pessoal abrange o universo de empregados com condições de se aposentar, ou um total de 12 mil funcionários, o que equivale a cerca de 21% do quadro da estatal. Quando lançou o plano, a petrolífera explicou em nota que, em um cenário em que todos se inscrevessem, a empresa teria um custo de R$ 4,4 bilhões com demissões e uma economia de R$ 33 bilhões até 2020.

Ainda no noticiário da companhia, o projeto que muda as regras de exploração de petróleo no pré-sal deve começar a ser votado na Câmara na próxima semana, informa a Agência Estado. E promete ser o símbolo da guinada do governo nesse setor. Com o iminente afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff, o governo do presidente em exercício Michel Temer vai abandonar duas das principais premissas defendidas pelas gestões petistas: a presença obrigatória da Petrobras na exploração de todas as áreas do pré-sal e a exigência de conteúdo local na fabricação dos equipamentos. 

Continua depois da publicidade

Gol
As ações da Gol (GOLL4) também tiveram a recomendação elevada pelo Credit Suisse de underperform para neutro, com preço-alvo de R$ 7,00, uma vez que a recente valorização do real reduziu significativamente a alavancagem. Os analistas destacam enxergar uma melhora operacional para os próximos trimestres. “No entanto, a baixa liquidez é um problema, fazendo com que nossa estimativa de uma margem ebit de 8% em 2017 não seja suficiente para que a empresa reverta o prejuízo e passe a reportar lucro”. 

Usiminas
Em comunicado esclarecendo notícia divulgada pelo Valor Econômico nesta semana, a Usiminas (USIM5) afirmou que seus controladores não têm informações sobre eventual cisão da siderúrgica, após solicitar a eles que se manifestassem sobre notícia envolvendo eventual plano de cisão da empresa. 

Previdência Usiminas: “Nenhuma proposta de divisão da companhia foi submetida à apreciação desta acionista até a presente data”; Nippon Steel: “Neste momento não há nenhuma informação relevante relacionada com os assuntos relatados que necessitem ou devam ser divulgados publicamente”; Ternium-Techint: “Não há uma decisão ou fato relevante que requeira divulgação”.

No noticiário de hoje sobre a companhia, o mesmo jornal Valor noticia que a CSN (CSNA3) prepara estudo para mostrar os malefícios da divisão da Usiminas. Os resultados preliminares do estudos mostram que há potencial de perdas econômicas, comerciais, industriais e empresariais, além de não fazer sentido para o mercado de capitais. Segundo a siderúrgica, o único sentido seria “egoístico” para resolver o conflito entre os controladores, Nippon Steel & Sumitomo Metal e Ternium-Techint. 

Oi
A Agência Estado informa que o fundo americano PointState Capital vai votar a favor das mudanças propostas por Nelson Tanure na Oi (OIBR4). Com isso, o empresário, por meio do fundo Société Mondiale, ganha força na disputa com a Pharol (antiga Portugal Telecom), maior acionista da tele. Na pauta das assembleias de acionistas, marcadas para 8 de setembro, está a destituição de membros do conselho de administração ligados à Pharol e a eleição dos indicados de Tanure. O posicionamento favorável às mudanças sugeridas pelo empresário foi feito em documento entregue à Securities and Exchange Commission (SEC), que regula o mercado de capitais dos EUA.

O Société Generale e o Point State têm fatias de 8,32% e 6,32% na tele, respectivamente, mas os porcentuais podem subir nos próximos dias, apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real da Grupo Estado. A Pharol é dona de 22,24% do capital social da Oi. Juntos, os fundos têm hoje quase o mesmo poder de decisão em assembleias que os portugueses, pois todos os acionistas estão limitados a um poder de voto de 15%. O Broadcast apurou que Tanure já teria o apoio de ao menos outros oito fundos. Além disso, irá elevar a sua fatia na tele até a assembleia, caso ela ocorra.

No documento enviado à SEC, o PointState disse ter mandado carta ao agente fiduciário BNY Mellon, em 17 de agosto, pedindo que o seu voto em assembleia fosse computado a favor da proposta do Société Mondiale. O fundo americano informou possuir, por meio de fundos afiliados, 8,65 milhões de American Depositary Shares (ADS), representando 43,25 milhões de ações ordinárias. Procurada, a Oi informa que vem adotando a prática de estender o direito de voto aos titulares de ADS nas assembleias realizadas pela companhia.

Tereos
Ocorreu na quinta o leilão da OPA (Oferta Pública de Aquisição) da Tereos  (TERI3). Segundo informou a BM&FBovespa, 4,39 milhões de ações da companhia foram habilitadas em leilão de OPA. Há um mês, a companhia publicou o edital da oferta pública de aquisição para cancelamento de registro e saída do Novo Mercado. O preço da oferta ficou definido em R$ 65,00, valor acima do laudo de avaliação pelo Bradesco BBI, que ficava entre R$56,01 e R$ 61,60. Amanhã, as ações da companhia deixarão de ser negociadas no Novo Mercado da BM&FBovespa. 

Embraer
O conselho de administração da Embraer (EMBR3) elegeu John Stephen Slattery como vice-presidente-executivo do negócio de aviação comercial da companhia. A eleição vale a partir de hoje e o término do mandato deve ocorrer junto com os dos demais membros da diretoria, na primeira reunião do conselho que se realizar após a assembleia geral ordinária que aprovar as demonstrações financeiras do exercício de 2016.

Imobiliárias
A Cyrela (CYRE3) informou que subscreveu R$ 73,3 milhões no aumento de capital realizado pela Tecnisa (TCSA3), o que corresponde a 13,41% do total das ações ordinárias da companhia. Além disso, a empresa afirmou que solicitará a subscrição de uma quantidade adicional máxima de 13,3 milhões de ações ordinárias, podendo atingir 19,34% do capital da Tecnisa, caso haja uma rodada de sobras. Com isso, as duas companhias fizeram um acordo para organizar algumas questões sobre governança e transferência das ações da Tecnisa.

Gol
O Conselho de Administração da Gol (GOLL4) aprovou a anuência da subsidiária VRG Linhas Aéreas para que GE Commercial Aviation Services (GECAS) ceda seus direitos e obrigações de arrendadora para Delta Airlines, sendo condicionada à confirmação pela Delta da aquisição de 4 aeronaves Boeing 737-700, segundo comunicado. O Conselho aprovou também rescisão antecipada de 4 contratos de arrendamento celebrados entre VRG e GECAS, referentes a 4 aeronaves Boeing 737-800.

O Conselho aprovou ainda operação de subarrendamento a ser celebrada entre a VRG, como subarrendadora, e a Delta, como subarrendatária, referente a motores de 4 aeronaves, na qual a GECAS é a arrendadora, segundo comunicado.

CPFL Renováveis
O Conselho de Administração da CPFL Renováveis (CPRE3) aprovou a emissão de R$ 100 milhões em notas promissórias. A oferta com esforços restritos de colocação, segundo comunicado. Os “recursos serão destinados ao reforço do capital de giro da companhia às necessidades de investimentos em bens de capital pela emissora (Capex) para implementação dos projetos de geração de energia de suas controladas”. 

Cemig
A Cemig Telecom informou que terá 19,6% da Ativas após negócio com Sonda. O grupo chileno passará a ter 60% da Ativas Data Center após um aumento de capital de R$ 114 mi, diz Cemig Telecomunicações em fato relevante. A Ativas Participações terá 20,4% do capital social da Ativas Data Center. O fechamento da transação está sujeito ao cumprimento de condições precendentes e normas para este tipo de operação.

(Com Bloomberg e Agência Estado) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.