Os 5 assuntos que vão agitar o mercado nesta quinta-feira

Veja o que de mais essencial você precisa saber antes de começar a operar nesta quinta

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O mercado brasileiro seguirá atento ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, que começará a fase final nesta quinta-feira (25). No exterior, o mercado segue na expectativa pelo discurso de Janet Yellen. Confira os destaques: 

1. Bolsas Mundiais 
Os mercados mundiais seguem em um movimento de cautela à espera do discurso da chairwoman do Federal Reserve Janet Yellen em Jackson Hole, que ocorrerá na sexta-feira às 11h (horário de Brasília), e dará mais indicações sobre os juros nos EUA. As bolsas europeias têm a primeira queda em 4 dias, enquanto as ações chinesas caem com receios de medidas do governo contra atividades especulativas no mercado. Entre os dados econômicos na Europa, a confiança empresarial da Alemanha se deteriorou acentuadamente em agosto, com a maior queda mensal desde o auge da crise da zona do euro, em 2012, mostrou uma pesquisa do instituto econômico Ifo, passando de 108,3 em julho para 106,2 em agosto. 

 Às 08h05, este era o desempenho dos principais índices:

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* FTSE 100 (Reino Unido) -0,31%

* CAC-40 (França) -0,81%

*DAX (Alemanha) -0,94%

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*Nikkei (Japão) 225 -0,25% (fechado)

*Xangai (China) -0,57% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) +0,03% (fechado)

*Dow Jones Futuro (EUA) -0,19%

*Petróleo brent -0,22%, a US$ 48,94 o barril

* Minério de ferro spot negociado em Qingdao com 62% de pureza; -0,42%, a US$ 61,44 a tonelada seca

2. Agenda econômica
O Senado aprovou na noite de quarta-feira (24) a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que prorroga até 2023 a permissão para que a União utilize livremente parte de sua arrecadação, a chamada DRU (Desvinculação de Receitas da União). Foram 54 votos a favor e 15 contra. O texto segue agora para promulgação. A PEC aumenta de 20% para 30% o percentual que pode ser remanejado da receita de todos os impostos e contribuições sociais federais. Com isso, o restante da arrecadação fica vinculado a despesas definidas no Orçamento. A proposta prevê ainda que esta medida seja aplicada de forma retroativa desde 1º de janeiro deste ano. O texto aprovado estende ainda o mecanismo para estados, municípios e ao Distrito Federal. Nesse caso, a proposta não alcança os recursos destinados à saúde, à educação e à transferências constitucionais de estados e municípios. Além disso, a desvinculação também não incidirá, pelo projeto, sobre fundos criados pelo Poder Judiciário, pelos tribunais de contas, pelo Ministério Público e pelas defensorias públicas, no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Os fundos constitucionais do Norte, Nordeste e Centro-Oeste também não poderão ter as receitas desvinculadas.

Já na agenda de indicadores, o Ministério do Trabalho divulga hoje, às 16h, os resultados de julho do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O mercado formal de trabalho, de trabalhadores com registro na carteira profissional, deve ter fechado de 147.200 a 81.400 vagas em julho comparativamente a junho, segundo as estimativas de 13 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast. A mediana das expectativas aponta para o fechamento de 90.200 vagas em julho. Se confirmada, as demissões do mês passado ficarão ligeiramente abaixo das 91.032 efetivadas em junho.

 Além disso, serão apresentados os dados de crédito. Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC, comenta o relatório em coletiva à imprensa às 11h. O BC mantém hoje a oferta de 10.000 contratos de swap reverso. Ainda sobre o dólar, destaque para matéria da Folha de que empresários da região Sul pediram na quarta-feira (24) ao presidente interino, Michel Temer, que o governo não deixe a cotação do dólar cair abaixo de R$ 3,20, para evitar prejuízos para as empresas exportadoras. Em resposta, Temer disse que sua equipe não irá permitir um “derretimento” do dólar que venha a desestimular as exportações brasileiras, mas não se comprometeu com um patamar determinado. 

3. Começa o julgamento do impeachment
O Plenário do Senado inicia, nesta quinta-feira, o julgamento da presidente afastada, Dilma Rousseff. A primeira parte será o interrogatório das testemunhas de acusação e defesa. Para apressar o processo, a base governista definiu que apenas os líderes dos partidos da base deverão fazer perguntas. O líder do PV, senador Alvaro Dias (PR), explicou que o acordo não impedirá que outros parlamentares favoráveis ao impeachment de Dilma participem do interrogatório. Já a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) confirmou que os 21 senadores aliados de Dilma vão interrogar todas as testemunhas. O InfoMoney fará a cobertura completa do julgamento a partir das 9h, com transmissão ao vivo do plenário do Senado.

4. Dados dos EUA
Destaque ainda para a agenda de indicadores dos Estados Unidos, com dados de pedido de seguro-desemprego, que serão apresentados às 9h30 e para os pedidos de bens duráveis de julho, a serem revelados no mesmo horário. 

5. Destaques corporativos
Entre os destaques do noticiário, os sindicatos paulistas dos Engenheiros (Seesp), das Secretárias e Secretários (Sinsesp) e dos Técnicos de Nível Médio (Sintec) aprovaram o Plano de Demissões Voluntárias proposto pela Embraer no início do mês, disse a companhia em resposta à Bloomberg. Já a JHSF informou que seu conselho de administração aprovou a contratação de empréstimo no valor de US$ 16 milhões com o fundo Advance Hedge Fund, localizado nas Ilhas Cayman. Por fim, o Hopi Hari entrou com um pedido de recuperação judicial. Para conferir mais detalhes, clique aqui.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.