Os 5 assuntos que vão agitar o mercado nesta quarta-feira

Veja o que de mais essencial você precisa saber antes de começar a operar nesta quarta

Paula Barra

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SÃO PAULO – O mercado segue tenso sobre os próximos eventos, principalmente o julgamento do impeachment e a fala de Janet Yellen na sexta-feira. Com isso, o Ibovespa, que na última sessão chegou a subir 1,5%, não conseguiu sustentar os ganhos e fechou com alta de apenas 0,4%. Nesta quarta-feira (24), destaque para a divulgação do IPCA-15, dado importante de inflação, enquanto nos EUA, novos indicadores do mercado imobiliário serão apresentados. Aqui no Brasil, a agenda política é intensa, com ministros participando de audiência na Câmara sobre teto de gastos e deputados aprovando a LDO de 2017. Confira:

1. Bolsas Mundiais 
Os mercados mundiais seguem na expectativa pela fala em Jackson Hole da chairwoman do Federal Reserve, Janet Yellen, que pode dar mais alguns sinais sobre os juros nos EUA. Com isso, o dia é de poucas variações para os principais índices mundiais, enquanto os mercados emergentes registram queda mais expressiva seguindo a baixa das commodities. O MSCI de ações de emergentes tem maior queda em três semanas após mercado fechar ontem apontando 54% de chances de alta dos juros pelo Fed até dezembro. O petróleo tem novo dia de baixa com dados da API apontando alta dos estoques nos EUA, enquanto cobre e níquel recuam em Londres. Os dados de estoques de petróleo nos EUA sairão no final da manhã. Já na Ásia, destaque para a fala do presidente o país, Xi Jinping. Segundo a agência de notícias oficial Xinhua, ele afirmou que a China vai manter um crescimento econômico saudável e a reforma do lado da oferta será prioridade para o desenvolvimento econômico. 

 Às 08h05, este era o desempenho dos principais índices:

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* FTSE 100 (Reino Unido) -0,20%

* CAC-40 (França) +0,57%

*DAX (Alemanha) +0,39%

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*Nikkei (Japão) 225 +0,61% (fechado)

*Xangai (China) -0,13% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) -0,77% (fechado)

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*Dow Jones Futuro (EUA) +0,05%

*Petróleo brent -0,94%, a US$ 49,49 o barril

* Minério de ferro spot negociado em Qingdao com 62% de pureza; -0,08%, a US$ 61,70 a tonelada seca

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2. Agenda brasileira
Na agenda brasileira, destaque para o IPCA-15 do mês de agosto, que será revelado às 9h (horário de Brasília) pelo IBGE. A expectativa é de uma desaceleração dos preços em relação a julho, com alta de 0,39% na comparação mensal, ante valor de 0,54% registrado no mês anterior. Destaque ainda para a Nota do Mercado Aberto divulgada pelo BC, a ser revelada às 10h30 e para o fluxo cambial semanal, que será divulgado às 12h30. 

Já na agenda política, após uma sessão que durou 12 horas, o Congresso Nacional aprovou na madrugada de hoje o texto-base do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017. A proposta autoriza o governo federal a fechar o ano com um déficit primário de R$ 143,1 bilhões e prevê um crescimento de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB). Dos 14 destaques, três foram votados e reprovados, alguns cairam ou foram retirado e faltaram dois que serão analisadas na próxima sessão do Congresso, que ainda não tem data marcada. A sessão começou às 11h30 e terminou às 2h30 por falta de quórum. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que o projeto da DRU deve ser votado hoje na Casa. Também hoje, a Comissão da Câmara faz audiência pública com a presença do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, sobre PEC 241/16, que limita despesas primárias da União aos gastos do ano anterior corrigidos pela inflação oficial.

Ainda no campo da política, a presidente afastada Dilma Rousseff participou na última terça-feira do “Encontro em Defesa dos Direitos e contra o Golpe”, na Casa de Portugal, centro da capital paulista, e pediu: “Vamos todos nós, juntos, resistir. Eu começo por essa palavra, que é uma palavra forte, de luta: vamos resistir”. Na noite da véspera, o  presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do processo de impeachment, Ricardo Lewandowski, rejeitou recurso da defesa da presidente afastada para anular a votação da fase de pronúncia da denúncia por crime de responsabilidade, no Senado. Por fim, a Polícia Federal deflagrou a Operação Decantação, que cumpriu mandado de prisão contra  Afrênio Gonçalves Leite, presidente do PSDB em Goiás, e faz busca na sede do partido no estado. A ação  investiga uma organização suspeita de desvio de cerca de R$ 4,5 milhões em recursos da Saneago para campanhas políticos. 

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3. Agenda dos EUA
Nos Estados Unidos, destaque para o FHFA House Price Index, que mensura o preço cobrado pelas hipotecas às famílias norte-americanas baseando-se pelos dados divulgados pelas agências Fannie Mae e Freddie Mac e será revelado às 10h. O Existing Home Sales de julho, que mede as vendas de imóveis usados nos EUA , será revelado às 11h. Já os estoques de petróleo, importante indicador para os preços da commodity, serão divulgados às 11h30. A expectativa é de uma queda de 2,51 milhões de barris de petróleo no estoque na comparação anual. 

4. Arena do Investidor
Hoje ocorrerá o último dia de trasmissão da Arena do Investidor na InfoMoneyTV – um ambiente virtual onde clientes da XP Investimentos podem tirar dúvidas e trocar experiências e conhecimentos sobre estratégias para operar no mercado. A cobertura AO VIVO será feita das 9h45 às 17h (horário de Brasília). Para quem perdeu o primeiro dia de transmissão, pode acessar o conteúdo através deste link. Além de operações com minicontratos do Ibovespa e dólar, analistas indicaram 3 ações que podem dar compra e uma venda para “swing trade”, que podem acionar o gatilho amanhã.

5. Destaques corporativos
Entre os destaques do noticiário, a Cesp decidiu recomendar ao governo do Estado de São Paulo que retome os trabalhos e estudos necessários à privatização da empresa. Enquanto isso, a CSN confirmou a venda da fabricante de latas de aço Companhia Metalic Nordeste para a Can-Pack em um negócio de US$ 98 milhões, a serem pagos em reais, em negócio que deve ser fechado dia 30 de setembro. Já a Vale, após a notícia Petros cobra R$ 843 mi da Vale Fertilizantes”, do Estadão, disse que, até o momento, não foi citada em ação movida pela Petros para discutir o equacionamento do déficit do Plano Petros Ultrafértil, nem foi intimada. Para conferir mais detalhes, clique aqui.

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