Ibovespa Futuro acompanha exterior e abre em queda de olho nos juros nos EUA

Os mercados mundiais registram um dia de leves perdas com os olhos voltados para o encontro de Jackson Hole, que terá como destaque para achairwoman do Federal Reserve Janet Yellen na próxima terça

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Após uma alta acumulada de 1,37% para o principal índice acionário brasileiro registrada na semana que passou, o Ibovespa Futuro abriu em queda nesta segunda-feira (22), acompanhando o desempenho das principais bolsas mundiais. Às 09h02 (horário de Brasília), o índice acumulava queda de 0,65%, a 59.900 pontos, na esteira da volta das preocupações do mercado com uma possível alta nos juros americanos após as falas de líderes do Federal Reserve. No mesmo horário, o dólar acumulava leves ganhos de 0,03%, a R$ 3,2138. O dia contará com nova oferta de 10 mil contratos de swap reverso.

Os mercados mundiais registram um dia de leves perdas com os olhos voltados para o encontro de Jackson Hole, que terá como destaque para a chairwoman do Federal Reserve Janet Yellen na próxima terça, que dará pistas sobre os próximos passos da autoridade monetária. Neste domingo, o vice-chair do Fed, Stanley Fischer, afirmou que a autoridade monetária está próximo de atingir meta de emprego e inflação. Fischer fez uma avaliação geral otimista da força atual da economia, dizendo que o mercado de trabalho estava perto do pleno emprego e ainda melhorando.

Destaque ainda para as commodities: o petróleo brent cai novamente abaixo de US$ 50 o barril na segunda-feira com os analistas destacando ceticismo com o resultado de conversas entre produtores para frear o excesso de oferta. As crescentes exportações de produtos refinados da China também pressionaram os preços. O barril tipo brent recuava 2,69%, a US$ 49,51, ao passo que o WTI caía 2,37%, a US$ 47,37. Já o minério de ferro spot (à vista), negociado no porto de Qingdao com 62% de pureza, fechou em alta de 0,46%, a US$ 61,23 a tonelada.

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Na agenda doméstica, o otimismo do mercado com a retomada da economia brasileira segue crescendo aos poucos. Conforme mostra o relatório Focus desta semana, as projeções para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2017 subiram de 1,1% para 1,2%, ao passo que as expectativas para o mesmo indicador ao final deste ano se mantiveram em queda de 3,20%. Do lado da inflação, as apostas se mantiveram as da semana anterior: 7,31% de alta no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para o acumulado de 2016. Para o ano seguinte, a mediana das projeções dos economistas consultados pelo Banco Central minguou de 5,14% para 5,12%.

Na média do top-5 de especialistas, destaque para a mudança das perspectivas para a Selic a médio prazo. Na semana passada, as projeções para os juros ao final deste ano eram de 13,75%, mas agora subiram para 14,25%, o que indica que a mediana desses 5 economistas não indica queda na Selic em 2016.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.