Gerdau elevada e Ambev rebaixada pelo Morgan; as 7 recomendações que agitaram o mercado

O noticiário corporativo foi movimentado com diversas revisões de recomendações; confira o que foi destaque

Lara Rizério

(shutterstock)

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SÃO PAULO – A quinta-feira foi movimentada para a Bovespa, com destaque para as diversas revisões de recomendações de ações por grandes bancos e corretoras e que, inclusive, mexeram com os papéis (confira clicando aqui). Veja abaixo as principais recomendações desta data: 

Gerdau
As ações da Gerdau (GGBR4) tiveram a recomendação elevada para overweight (exposição acima da média do mercado) pelo Morgan Stanley. O preço-alvo foi elevado de R$ 7,10 para R$ 12,20 por ação. Já a CSN (CSNA3) segue com recomendação underweight (exposição abaixo da média), com preço-alvo sendo elevado de R$ 3,20 para R$ 5,60.

Para o Morgan Stanley, a companhia teve o balanço mais forte entre as siderúrgicas brasileiras, com um valuation ainda muito atraente com propostas de chineses por ativos que deixam o cenário ainda melhor. Segundo os analistas Carlos de Alba, Lulica Rocha e Jens Spiess, a forte geração de fluxo de caixa da empresa, combinada com a sólida posição de caixa, deve permitir que ela consiga atender confortavelmente os vencimentos de dívida nos próximos anos.

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Apesar do recente desempenho superior das ações ante seus pares, para eles os papéis ainda estão atraentes quando comparados com o mercado brasileiros. Segundo os analistas, ainda há uma chance de reformas no lado de oferta da China no segmento de aços longos, o que pode se tornar mais um fator de alta para ações da companhia.

Telefônica Brasil
A Telefônica Brasil (VIVT4) foi elevada de “market perform” para “Outperform” (equivalente a desempenho acima do mercado) pelo Itaú BBA, que manteve o preço-alvo para as ações em R$ 54,50.

Ambev
A Ambev (ABEV3) teve a sua recomendação cortada pelo Morgan Stanley para equal-weight(exposição em linha com o mercado), enquanto o preço-alvo do ADR (American Depositary Receipt) foi elevado de US$ 6 para US$ 6,40.

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Gafisa
A Gafisa (GFSA3) teve a sua recomendação elevada pelo Bradesco BBI para outperform (desempenho acima da média do mercado). O analista Luiz Mauricio Garcia destaca que a ação deve começar a se destacar com os investidores à procura de ações que podem se beneficiar da recuperação econômica do Brasil. A Gafisa é uma boa opção nesse cenário guiada pelo setor voltado para renda mais baixa na construção civil, através da Tenda. O preço-alvo para os papéis é de R$ 3,00.

BM&FBovespa e Cetip
A BM&FBovespa (BVMF3) teve a recomendação cortada de neutra para underweight (exposição abaixo da média do mercado) pelo JPMorgan. O preço-alvo é de R$ 17,00 por ação. Segundo os analistas, apesar da boa iniciativa de fusão com a Cetip (CTIP3), um forte valor e um modelo de negócios diversificado, eles não conseguem encontrar motivos para um upside das ações.

Os analistas explicam que, dado o preço atual das ações, para conseguir chegar em um valor justo de R$ 22,00 e mantendo a margem Ebitda estável em 69%, o volume da companhia teria que crescer 16% por ano até 2024. Porém, nos últimos cinco anos a companhia entregou um aumento de volume de 3% em derivados e apenas 1% em ações.

Já o Safra elevou a recomendação para as ações da Cetip (CTIP3) para outperform, enquanto manteve a recomendação neutra para a BM&FBovespa, elevando o preço-alvo para as ações BVMF3 para R$ 20,60, já levando em consideração a aquisição da Cetip por parte da bolsa. A instituição financeira comenta que o negócio deve ser bom para aBbolsa, uma vez que ela consegue ganhar tanto com sinergias quanto com o baixo preço pago pela Cetip. O acordo entre as duas companhias ainda rebaixará o perfil de risco da BM&FBovespa e aumentará seus mercados. Os analistas acreditam que a ação da Cetip compensa mesmo sabendo que ela provavelmente está prestes a ser “extinta” do mercado com o negócio, uma vez que o preço dos papéis atualmente é inferior ao oferecido pela bolsa. No pior cenário, caso a aquisição e união das duas empresas não seja concluída, os analistas acreditam em um potencial de cerca de 20% para a Cetip.

Valid
O BTG Pactual destacou que, apesar do resultado fraco do segundo trimestre, agora é hora de comprar as ações da Valid (VLID3). O banco possui um preço-alvo de R$ 42,00 as ações da companhia para os próximos doze meses, totalizando um potencial de alta de 29,23% em relação ao fechamento do dia 12 de agosto de 2016. Apostamos que o segundo semestre de 2016 será um ponto de inflexão operacional para a companhia, por conta de: i) melhora de volumes e margens na divisão de meios de pagamento em dólares; ii) melhora de margens na divisão de IDs no Brasil (com repasse de inflação); iii) resultado forte na divisão de telecom; iv) recuperação de margens na divisão de meios de pagamento em América Latina.

O Citi também atualizou os números o modelo da Valid após o segundo trimestre, considerado sólido, a queda do spread soberano no Brasil e taxas de câmbio atualizadas. “Após uma perda de 63% nos preços das ações versus o índice Bovespa no acumulado do ano, a Valid agora negocia a um múltiplo EV/Ebitda de 7,4x vezes e a um P/L de 17,7 vezes, respectivamente.  Acreditamos que a melhora na margem será claramente visível no terceiro trimestre de 2016, então mantemos nossa recomendação de compra, por acreditarmos no potencial de crescimento de longo prazo da Valid”, afirmam os analistas do banco.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.