O que último dia da temporada de balanços reservou para a Bovespa? Confira análises

Grandes bancos como Credit Suisse, Itaú BBA e BB Investimentos comentaram resultados da CSN, Gol, entre outras companhias

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A temporada de resultados do segundo trimestre de 2016 chegou ao fim, com destaque para os balanços que vem impactando o pregão da Bovespa na sessão desta terça-feira (16). Grandes bancos como Credit Suisse, Itaú BBA e BB Investimentos comentaram resultados da CSN, Gol, entre outras companhias. Confira abaixo: 

CSN (CSNA3): resultado fraco
BTG Pactual: empresa mostrou Ebitda 12% abaixo do esperado, por conta do preço realizado de minério mais fraco, base de custos mais alta em aço e volumes de aço menores. Apesar da alavancagem da companhia ter parado de piorar, caindo de 8,7 vezes para 8,3 vezes, número ainda é muito alto, e companhia  queimou caixa mais uma vez. “Com o papel tendo subido mais de 200% no ano, e com números ainda fracos, achamos que papel deveria realizar”, afirmam os analistas do banco.
Credit Suisse: resultado reforça a necessidade de venda de ativos para gerar caixa e desalavancar.
Bank of America Merrill Lynch: segue com recomendação underperform (similar a venda) para a ação, esperando melhores ganhos nos próximos trimestres, apoiado por uma normalização dos custos do aço e os recentes aumentos do preço da commodity.

Gol (GOLL4): resultado fraco, mas perspectivas positivas
BTG Pactual: resultado fraco, mas que pode ser ofuscado pelas perspectivas mais positivas. Mais importante foi a desalavancagem vista no trimestre de novo, caindo de 8.3 vezes para 7,6 vezes, por conta da apreciação do real. Já do lado negativo, a queima de caixa continuou forte. “A recomendação neutra está mantida, mas reiteramos visão mais construtiva na ação (racionalização da indústria e câmbio)”, apontam os analistas.
Itaú BBA: também ressalta que o resultado foi fraco, mas há uma perspectiva mais positiva para a empresa com a revisão do guidance para cima e com a apreciação do real. A recomendação dos analistas para a ação segue outperform, com preço-alvo de R$ 5,50.
BB Investimentos: Após o balanço, o BB Investimentos elevou a recomendação para as ações para outperform.

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Transmissão Paulista (TRPL4): resultado positivo
BTG Pactual: o resultado da Transmissão Paulista foi considerado positivo, que ressaltou a receita 5% acima do esperado e um Ebitda quase R$ 30 milhões superior à expectativa, totalizando R$ 136 milhões, como fruto de maiores receitas e controle de custos. “Olhando para frente, esperamos melhora de dividendos, além da companhia participar de leilões de transmissão (com bons retornos)”.
Votorantim: resultados positivos, com destaque para a melhor margem Ebitda. De acordo com o banco, a ação da empresa de energia está sendo negociada a múltiplos atrativos e, por isso, a recomendação segue outperform.
Goldman Sachs: o banco elevou o preço-alvo para os ativos de R$ 62,50 para R$ 62,70 após o balanço, com recomendação neutra.

LPS Brasil (LSPS3): resultado fraco
BTG Pactual: segue com recomendação neutra para as ações da LPS Brasil após o resultado fraco e em linha com o esperado. Os analistas ressaltam que o o bom controle de custos não foi suficiente para ofuscar a piora de vendas. “Com o cenário macroeconômico ainda complicado e estoques altos, seguimos cautelosos com recuperação do setor e consequentemente do papel”.
Itaú BBA: o banco também destacou os dados fracos da LPS Brasil, seguindo com recomendação underperform para os papéis, mantendo as estimativas sob revisão.

IMC (MEAL3): balanço em linha
BTG Pactual:  o resultado da IMC veio em linha impactado por um tráfego menor nos aeroportos e rodovias por conta do cenário macroeconômico brasileiro. A operação no Caribe foi destaque positivo com crescimento nas vendas nas mesmas lojas e melhora de margens. “Seguimos reiterando visão positiva no case, sugerindo que os investidores coloquem o papel no radar dada as mudanças recentes de gestão e estratégia”, afirma o banco

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Biosev (BSEV3): abaixo da expectativa, mas case positivo
Credit Suisse: para o banco, a Biosev entregou um trimestre abaixo da expectativa, impactado principalmente pelas maiores despesas de vendas – alta de 49% na base anual – e uma aceleração em custos. O balanço da empresa continua apertado e a alavancagem cresceu, mesmo em um ambiente de apreciação do real. Entre os pontos positivos, o trimestre contou com aumento na quantidade de cana moída de 5,4% na base anual e uma redução nas despesas gerais e administrativas de 17%. “Gostamos do case de virada da Biosev mas, caso o nível de custo permaneça elevado, veríamos revisões para baixo e uma demora maior pra desalavancagem. A empresa devera rolar algumas dívidas programadas para este ano”.
BTG Pactual: a recomendação de compra permanece; apesar dos desafios que a companhia deve enfrentar durante o restante do ano, o ciclo deve beneficiá-la.


Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.