Ações do “mundo X” disparam até 18% em meio à enxurrada de boas notícias

Na radar das companhias, divulgação de balanços do 2° trimestre e possível acordo comercial

Paula Barra

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SÃO PAULO – As ações do “mundo X”, que fazem parte das empresas fundadas por Eike Batista e que tem em comum a letra “X” no nome, disparam na Bolsa nesta segunda-feira, entre balanços do 2° trimestre e possível acordo comercial. 

Às 11h41 (horário de Brasília), as ações da MMX Mineração e ex-OGX Petróleo disparavam 10,51% e 7,95%, respectivamente, a R$ 6,10 e R$ 6,65, depois de balanços. Na máxima do dia, esses papéis subiram 14,13% e 15,10%, indo a R$ 6,30 e R$ 7,09. Já a CCX subia 3,48%, a R$ 2,97, depois de atingir valorização de 18,47%, a R$ 3,40, com notícia sobre possível acordo comercial. 

No radar das companhias, a MMX registrou lucro líquido de R$ 5,1 milhões no segundo trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 50,1 milhões no mesmo período do ano passado. A companhia, que está em recuperação judicial, está com as operações de extração de minério suspensas no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais devido às complicadas condições financeiras da empresa e do mercado.

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O lucro da mineradora veio principalmente das receitas financeiras de R$ 19,3 milhões no trimestre, 56,6% maiores que os R$ 12,3 milhões do segundo trimestre do ano passado. Enquanto isso, as despesas financeiras caíram 49,3%, passando de R$ 23,4 milhões no segundo trimestre do ano passado para R$ 11,8 milhões entre abril e junho deste ano. 

Já a ex-OGX Petróleo, atual OGPar, informou um lucro líquido de R$ 127,4 milhões no segundo trimestre de 2016, revertendo um prejuízo de R$ 251,3 milhões registrados no mesmo período do ano passado. No primeiro semestre, o lucro foi de R$ 62,015 milhões, revertendo prejuízo de R$ 319,773 milhões dos primeiros seis meses de 2015.

De acordo com a OGPar, o lucro apurado no primeiro semestre é reflexo substancialmente da (i) receita de variação cambial, basicamente, não realizada de R$ 98,2 milhões; (ii) o efeito positivo de R$ 123,1 milhões da provisão referente à apuração de PIS e COFINS diferidos incidentes sobre receitas de variação cambial não realizada e (iii) reconhecimento de créditos de PIS e COFINS extemporâneos no valor de R$ 162,7 milhões. “Entretanto, esses efeitos foram parcialmente compensados pela (i) margem bruta negativa de R$ 66,1 milhões no Campo de Tubarão Martelo, em decorrência das menores cotações internacionais do petróleo em janeiro e fevereiro de 2016; (ii) custos operacionais de R$ 149,9 milhões do Campo de Tubarão Martelo durante o período de interrupção da produção; (iii) juros provisionados sobre o financiamento DIP e o incremental facility de R$ 60,1 milhões; (iv) custos de reestruturação e despesas gerais e administrativas de R$ 44,2 milhões”, afirma. A receita líquida de vendas somou R$ 54 milhões no primeiro semestre. 

O Ebitda da operação nos primeiros seis meses de 2016 foi negativo em R$ 102,4 milhões, comparado ao Ebitda negativo de R$ 83,6 milhões para o mesmo período do exercício anterior, devido principalmente à queda acentuada do preço do petróleo entre os períodos analisados e a interrupção da produção no Campo de Tubarão Martelo, informou a empresa. A OGPar ainda divulgou os dados de produção de julho, registrando uma produção de 284,7 mil barris no mês em Tubarão Martelo.  

Por sua vez, o Conselho da CCX autorizou a diretoria a concluir negociações com a Yildirim. Os membros do conselho orientaram para que fossem intensificados esforços para convergir em um potencial acordo comercial com a YCCX Colômbia, subsidiária da Yildirim Holding, segundo comunicado divulgado na noite de 12 de agosto. A CCX “pretende terminar as controvérsias existentes com a Yildirim, prevenindo litígios e encerrando a arbitragem entre a CCX Colômbia e a Yildirim com relação à operação de venda dos ativos referentes aos projetos de mineração a céu aberto de Cañaverales e Papayal e do projeto de mineração subterrânea de San Juan, conforme previstos no Asset Purchase Agreement celebrado entre a CCX Colômbia e YCCX, inclusive evitando que a delicada situação econômico-financeira da companhia venha a se agravar ainda mais”, disse a empresaa. A companhia “não dispõe de recursos suficientes para custear a arbitragem, sendo este inclusive um dos motivos pelos quais a arbitragem foi suspensa por 60 dias”, “ bem como arcar com os altos custos de manutenção dos ativos negociados” no Asset Purchase Agreement. A intenção da CCX é, “o quanto antes possível (e dentro do prazo estabelecido acima), encontrar uma solução consensual comercial para encerrar a Arbitragem e finalizar a operação, ainda que em novos termos e condições jurídicas e comerciais”.