Small cap dispara 109% antes de balanço, BB salta 6% e Petrobras sobe 5% com petróleo; veja mais

Confira os principais destaques de ações da Bovespa desta quinta-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – O petróleo guiou os mercados mundiais e ajudou a impulsionar o Ibovespa para o maior patamar de fechamento desde setembro de 2014. O índice subiu 2,41% nesta quinta-feira (11), indo a 58.293 pontos, puxado principalmente pelas ações ligadas a commodities, com Petrobras e Vale, além dos bancos, com destaque para o Banco do Brasil, que saltou 5% após o balanço do 2° trimestre. 

Na ponta positiva do índice, no entanto, figurou os papéis de menor peso da Rumo, que dispararam 11% depois do resultado. As ações da siderúrgica Gerdau também seguiram forte movimento de alta após balanço revelado na última quinta-feira de manhã. 

Fora do índice, chamou atenção a Anima, que afundou na Bolsa após balanço “preocupante”, e Lupatech, small cap que disparou mais de 90% nesta sessão antes de divulgação de resultado. Vale mencionar o movimento especulativo nesses papéis dias atrás, que puxou em apenas 6 pregões uma alta de 312% na Bolsa. 

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Confira os principais destaques de ações da Bovespa nesta sessão:

Vale (VALE3, R$ 18,41, +1,77%; VALE5, R$ 15,75, +2,27%)
As ações da Vale e Bradespar (BRAP4, R$ 10,85, +3,14%) – holding que detém participação na Vale – tiveram dia positivo após forte queda ontem, mas descoladas do movimento do minério de ferro, que fechou em queda de 2,01% no porto de Qingdao, na China, a US$ 59,36 a tonelada. 

As siderúrgicas também subiram hoje após queda na quarta-feira. Ontem, a única que se salvou do dia negativo foi a Gerdau (GGBR4, R$ 9,03, +5,00%), que viu suas ações subirem impulsionadas pelo balanço forte do 2° trimestre e programa de recompra de ações. Hoje, Usiminas (USIM5, R$ 3,78, +3,00%) e CSN (CSNA3, R$ 10,98, +4,57%) também fecharam em alta. 

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Em relatório divulgado nesta quinta-feira, o BTG Pactual comentou que o resultado superou as estimativas em 9%, confirmando a visão positiva no case, sendo a ação a melhor opção no setor. Após o balanço, o banco optou por elevar o preço-alvo da ação de R$ 7,00 para R$ 11,00, reiterando a recomendação de compra e o papel como seu top pick no setor. Segundo os analistas, os destaques no resultado ficaram para a desalavancagem (que atingiu 3,6 vezes a dívida líquida/Ebitda), forte geração de fluxo de caixa e expansão significativa de rentabilidade em mercados chaves.

“Achamos que esse resultado deve aumentar a confiança do mercado, de que a companhia vai entregar o Ebitda esperado de cerca de R$ 5 bilhões em 2017”, disseram os analistas. Eles destacaram também a teleconferência sobre o balanço, comentando que a gestão da siderúrgica adotou um tom bastante animador do ponto de vista da recuperação da demanda, enquanto a penetração de importados segue baixa. 

No radar da Vale, a mineradora afirmou na quarta-feira que não é verdadeira notícia de que a companhia avalia levantar até US$ 10 bilhões com a venda de até 3% de sua produção futura de minério de ferro, conforme publicou a Reuters na semana passada com base em informações de duas fontes com conhecimento direto do assunto.

Petrobras (PETR3, R$ 13,68, +3,95%PETR4, R$ 12,10, +4,67%) 
As ações da Petrobras subiram forte após tombo de quase 4% na véspera e antes de balanço do 2° trimestre, que está programado para ser revelado após o fechamento deste pregão (para conferir a prévia do resultado clique aqui). O movimento positivo dos papéis hoje acompanhou os preços do petróleo no mercado internacional. O contrato futuro do Brent registrava alta de 4,13%, a US$ 45,87 o barril, enquanto o WTI avançava 3,96%, a US$ 43,36 o barril. 

O Conselho de Administração da Petrobras elegeu Nelson Silva como diretor da diretoria de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão. Silva é ex-presidente da petroleira BG no Brasil e havia sido indicado para ocupar o posto. Ele já estava na Petrobras atuando como consultor sênior da Diretoria Executiva, com a atribuição de coordenar o processo de revisão estratégica da empresa.

Nesta manhã, a companhia divulgou sua produção de julho, totalizando 2,89 milhões de barris equivalentes, praticamente estável em relação aos 2,90 milhões registrados em junho.  Do total em julho, 2,70 milhões boed foram produzidos no Brasil e 190.000 boed no exterior. “Esse resultado se deve, principalmente, à entrada em operação, em 8 de julho, do sistema de produção de Lula Central, através do FPSO Cidade de Saquarema, e ao crescimento da produção de novos poços interligados aos FPSOs Cidade Maricá e Cidade de Itaguaí, também instalados no campo de Lula”. 

Banco do Brasil (BBAS3, R$ 22,05, +5,65%)
As ações do BB disparam após balanço do 2° trimestre. Segundo o BTG Pactual, o resultado veio fraco, mas dentro das expectativas (embora destaque que o lucro líquido tenha vindo 10% abaixo do consenso do mercado). O Safra, por sua vez, comentou que a qualidade do resultado melhorou, assim como as perspectivas para o banco.

“Apesar da carteira de crédito ter caído na comparação trimestral, a margem financeira continua tendo bom resultado (nesse trimestre ajudado por recuperação de credito). As taxas também aceleraram e foram destaque positivo, assim como custos. O lado negativo continua sendo qualidade dos ativos e capital”, destacam os analistas do BTG.

O lucro líquido do banco caiu 18% no segundo trimestre, para R$ 2,465 bilhões na comparação com o mesmo período de 2015. No primeiro semestre do ano, o lucro totalizou R$ 4,824 bilhões, 45,3% menor em relação ao mesmo período do ano anterior. Na base ajustada, o lucro do maior banco do país em ativos somou R$ 1,8 bilhão no período, queda de 40,8% sobre o segundo trimestre do ano passado. O índice de inadimplência das operações vencidas há mais de 90 dias foi 3,27% em junho, alta em relação aos 2,6% registrados no fim do primeiro trimestre. 

O BB cortou ainda a projeção para o crescimento de sua carteira de crédito ampliada neste ano para o intervalo de queda de 2% a alta de 1%, ante previsão de expansão entre 3 e 6%. A expectativa para a margem financeira bruta passou de 7% a 11% para 11 a 15%.

Marfrig (MRFG3, R$ 5,45, -0,73%) 
A Marfrig fechou em queda, mas mais amena do que a desvalorização de 5,65%, a R$ 5,18, registrada mais cedo, em meio à reação de balanço fraco no 2° trimestre, impactado pela performance fraca da divisão de carnes, enquanto a Keystone veio forte, ajudada pelo real mais forte em relação ao dólar, comentaram os analistas do BTG Pactual.  A companhia teve prejuízo líquido de R$ 131,9 milhões, piora ante o resultado negativo de R$ 6,5 milhões no mesmo período um ano antes. O resultado foi influenciado pelo cenário desafiador para a operação de bovinos e itens financeiros, informou nesta quinta-feira. Além disso, a empresa sofreu com a operação de bovinos devido ao menor preço no mercado internacional e, no Brasil, por conta da alta do preço de gado e apreciação do real.

A piora do resultado líquido também ocorreu por conta da base de comparação um pouco melhor do mesmo período do ano anterior e pela maior despesa financeira devido à recompra de bônus da companhia. O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 520 milhões, ante despesa financeira de R$ 390 milhões do mesmo período de 2015.

O Ebitda totalizou R$ 382,7 milhões, 17% menor na comparação anual, enquanto o Ebitda ajustado foi de R$ 414 milhões, alta de 0,9%. A receita líquida avançou 1,1%, a R$ 4,8 bilhões. A companhia informou ainda que está revendo o guidance de 2016 ao longo do terceiro trimestre em função do novo cenário brasileiro e de câmbio e informará eventual alteração.

Durante teleconferência sobre o balanço, Martin Secco Arias, presidente da Marfrig, disse que o negócio de carne ainda enfrenta condições desafiadoras, ressaltando que a menor disponibilidade de gado e preços de carne mais baixos têm comprimido as margens da unidade. Segundo ele, a perspectiva é de que o fornecimento de gado deve se tornar mais claro na segunda metade de 2017.  

PDG Realty (PDGR3, R$ 3,46, +12,34%)
A PDG Realty disparou após balanço e financiamento de R$ 200 milhões. A companhia informou ontem à noite que registrou prejuízo líquido de R$ 740 milhões no segundo trimestre, mais de três vezes superior à perda registrada no mesmo período do ano passado. A receita líquida teve queda de 75%, para R$ 119,83 milhões. No período, a companhia não fez lançamentos. As vendas líquidas aumentaram 8,5%, para R$ 77 milhões, apesar da queda de 33,4% nas vendas brutas, que ocorreu devido à redução de 40% dos distratos, na comparação anual.  

Além disso, a construtora conseguiu crédito de R$ 200 milhões e reestrutura R$ 4 bilhões em dívida. A companhia celebrou contratos com BB, Bradesco, Caixa e Itaú para financiar despesas gerais e administrativas, segundo comunicado ao mercado. O financiamento poderá chegar a aproximadamente R$ 200 milhões, a serem liberados periodicamente até maio de 2017. A empresa concluiu renegociação de sua dívida junto aos 4 bancos e o Banco Votorantim e renegociou R$ 2,9 bi em dívida corporativa, com prorrogação dos vencimentos de juros e principal a partir de julho de 2020. 

Time For Fun (SHOW3, R$ 6,50, +1,72%)
A companhia de eventos Time For Fun encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 3,2 milhões, uma alta de 47% sobre o mesmo período do ano passado. Já a receita líquida da companhia atingiu R$ 223,5 milhões, com um ganho de 116% sobre os R$ 103,7 milhões de um ano antes, enquanto o Ebitda avançou 40% e fechou o período em R$ 16,6 milhões.

A companhia destaca que apenas nos seis primeiros meses do ano já conseguiu entregar números próximos do acumulado do ano inteiro de 2015, sendo R$ 557,5 milhões de receita entre janeiro e junho deste ano contra R$ 551 milhões o ano passado inteiro.

A promoção de um maior número de shows em estádios mais que dobrou o público pagante ano contra ano, e aumentou em 76% o preço médio dos ingressos vendidos, passando de R$ 157 para R$ 277 no segundo trimestre. A receita com operações de bilheteria cresceu 21%, para R$ 31,2 milhões devido ao incremento do público pagante e consumo de bebidas e de alimentos. Os ganhos com patrocínio chegaram a R$ 20,6 milhões, resultado 18% superior ao do segundo trimestre de 2015.

Par Corretora (PARC3, R$ 13,10, +2,34%)
A Par Corretora registrou uma receita líquida de R$ 98,4 milhões no segundo trimestre, valor que corresponde a uma alta de 3,2% em comparação com o mesmo período do ano passado. O Ebitda da companhia entre abril e junho foi de R$ 54,5 milhões, em um crescimento de 8% no comparativo anual. Já o lucro líquido apresentado foi de R$ 40,2 milhões – 17,6% a mais que a cifra obtida no segundo trimestre de 2015.

Em mensagem aos investidores, a companhia diz que os números apresentados “reafirmam o potencial de geração de valor do ambiente de seguros da Caixa e demonstram uma evolução contínua”, com o encerramento do semestre mais desafiador de sua história. “Já no final deste trimestre, começamos a perceber uma recuperação da atividade econômica, principalmente no Crédito Habitacional, como pode ser observado pelo aumento do volume de contratações de financiamentos e na nossa produtividade de vendas novas no período”, dizia a noata.

Mahle Metal Leve (LEVE3, R$ 24,93, -2,24%) 
A Mahle Metal Leve apresentou uma receita líquida de vendas de R$ 583,5 milhões no segundo trimestre deste ano, o que corresponde a uma queda de 5,2% em comparação com o mesmo período do ano passado. O Ebitda entre abril e junho foi de R$ 90,2 milhões, em um recuo de 12,9%. Já o lucro líquido foi de R$ 42,9 milhões – 11,7% abaixo no comparativo anual.

CSU Cardsystem (CARD3, R$ 5,06, +3,48%) 
A CSU Cardsystem teve uma receita líquida de R$ 119,78 milhões no segundo trimestre, o que representa uma alta de 2,9% em comparação com o mesmo período do ano passado. O Ebitda, por sua vez, foi de R$ 24,07 milhões, em uma variação positiva de 42,7% no comparativo anual. Já o lucro líquido registrado entre abril e junho foi de R$ 8,34 milhões – 118,4% acima da cifra apresentada no mesmo período em 2015.

Cosan (CSAN3, R$ 34,05, -0,29%)
Forte, conforme o esperado, a ação da Cosan não mostrou ânimo após o balanço do 2° trimestre. Segundo o BTG Pactual, o mercado já aguardava por números robustos, mas ainda assim merece destaque a divisão de açúcar e etanol, que apresentou volumes de venda forte de açúçar e preço realizado mais alto de etanol no trimestre. 

A empresa de infraestrutura e energia reportou um lucro líquido de R$ 281,6 milhões no segundo trimestre do ano, ante R$ 16,4 milhões no mesmo período do ano passado. Já a receita líquida da companhia ficou em R$ 11,45 bilhões de abril a junho, alta de 13,4% no comparativo com o segundo trimestre de 2015. Por sua vez, o Ebitda ficou em R$ 1,289 bilhão, ante R$ 823,8 milhões no mesmo período de 2015. A companhia informou ainda que sua controlada a Raízen Combustíveis aumentou em 17% o Ebitda no período chegando a R$ 597 milhões.

Ultrapar (UGPA3, R$ 75,20, +3,91%)
Embora sem grandes surpresas no 2° trimestre, as ações da Ultrapar subiram forte após divulgação do balanço. Para o BTG Pactual, o resultado veio em linha com o esperado, com destaque positivo para Ipiranga, que mesmo com cenário macroeconômico desafiador apresentou Ebitda/m³ perto de R$ 121. Já o Credit Suisse comentou que o balanço da companhia veio um pouco acima do esperado, com um crescimento no Ebitda de 19%, lucro subindo 11% e uma queda de alavancagem de 1,4 vez para 1,3 vez.

“A nossa impressão é de que a Ultra está encontrando caminhos para atravessar um cenário econômico difícil e considerando o cenário de queda de volumes, a empresa foi muito competente ao conseguir melhorar as margens. Nossa percepção foi de que a importação de combustíveis foi uma das principais responsáveis por este ponto”, ressaltaram os analistas do Credit Suisse. 

A Ultrapar fechou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 367,1 milhões, o que representa uma alta de 11% sobre o mesmo período do ano passado. A empresa teve geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) de R$ 1 bilhão no período, avanço de 19% sobre o apurado no segundo trimestre de 2015. A receita líquida trimestral alcançou R$ 19,298 bilhões, com alta de 4% sobre o mesmo intervalo do ano anterior.

JBS (JBSS3, R$ 11,18, +0,27%) 
A JBS teve reação levemente positiva após o balanço do 2° trimestre, que, na visão de analistas do BTG Pactual, veio ligeiramente acima das expectativas, com Ebitda consolidado 4% superior ao estimado. O banco ressaltou ainda o resultado financeiro, melhor que o esperado, ajudado pelo hedge cambial que foi encerrado no trimestre, resultando em um forte lucro líquido que veio 40% acima do esperado. A alavancagem atingiu 4,1 vezes, com queima de caixa de R$ 1,5 bilhão por conta de uma variação bem negativa no capital de giro. “O grande destaque ficou para a divisão dos EUA que apresentou expansão de margem em bovinos e suínos e um resultado melhor que o esperado da PPC“, comentaram os analistas.

Analistas da Upside Investor, por sua vez, destacaram que o balanço veio “modesto”, com apenas algumas operações dos Estados Unidos ficando acima das expectativas. No lado operacional, os resultados estão vindo mais fracos do que os do ano passado, não indicando momento para comprar as ações da companhia olhando por esse ângulo. No entanto, eles ressaltam que o que deve definir o desempenho das ações no curto prazo é o sucesso da reestruturação operacional, principalmente em relação às operações internacionais, podendo trazer fôlego para o papel. Eles lembram, contudo, que as ações da JBS embutem fator de risco superior à média, sobretudo em relação a fatores subjetivos (relações governamentais), trazendo maior volatilidade para as ações.

No segundo trimestre, a companhia viu seu lucro líquido consolidado saltar 557% na comparação com o mesmo período de 2015, totalizando R$ 1,657 bilhão, apoiada na melhora de resultados financeiros. A receita financeira líquida foi de R$ 772,4 milhões, ante resultado negativo de R$ 2,3 bilhões na comparação anual, refletindo variação cambial. A receita líquida consolidada da JBS foi de R$ 43,67 bilhões, 12,3% superior na base de comparação anual, apoiado sobretudo por Seara e JBSUSA Carne Suína. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado, por sua vez, caiu 19,1%, para R$ 2,89 bilhões, enquanto a margem Ebitda caiu para 6,6%, ante 9,2% no segundo trimestre do ano passado. A alavancagem da empresa passou de 3,84 vezes para 4,1 vezes, enquanto a dívida líquida somou R$ 49,2 bilhões. O fluxo de caixa livre ficou negativo em R$ 1,585 bilhão.

Rumo (RUMO3, R$ 7,00, +9,55%)
As ações da Rumo dispararam até 11,74% nesta sessão, indo a R$ 7,14, após divulgação de balanço do 2° trimestre. Apesar da alta, o Itaú BBA cortou a recomendação dos papéis da companhia de outperform (desempenho acima da média) para market perform (desempenho em linha com a média), rolando o preço-alvo estimado para o fim de 2016 de R$ 6,50 para R$ 7,50 para o fim de 2017. Embora acreditem na sólida história de “turnaround”, o case da empresa ainda traz um risco de alavancagem, alto histórico de capex, o que requer uma confortável margem de erro versus as estimativas de longo prazo da empresa. 

No trimestre, a Rumo registrou prejuízo líquido de R$ 32,6 milhões no segundo trimestre, revertendo o lucro de R$ 33,2 milhões registrados entre abril e junho de 2016. As despesas financeiras do segundo trimestre tiveram alta de 22,5%, somando 406,6 milhões de reais. Já a a receita líquida cresceu 12,8% na mesma comparação, somando R$ 1,38 bilhão. O Ebitda consolidado do trimestre foi de R$ 593 milhões, alta de 1%. O endividamento bruto era de R$ 10,1 bilhões no final do trimestre, queda de 5,6%. A alavancagem recuou 19,7%, para 3,99 vezes o Ebitda.

Embraer (EMBR3, R$ 14,85, +0,54%)
Autoridades da República Dominicana prenderam um ex-ministro da Defesa e outras 3 pessoas por supostamente terem recebido suborno da Embraer, de acordo com um comunicado no site da procuradoria especializada no combate à corrupção administrativa. Foram presos sob ordem judicial de Santo Domingo: ex-ministro da Defesa, Pedro Rafael Peña Antonio; coronel da Força Aérea Carlos Piccini; empresário Daniel Aquino Mendez e seu filho Daniel Aquino Hernandez. A investigação decorre da compra pelo governo dominicano de oito aviões Super Tucano, fabricados pela Embraer. As autoridades alegam subornos pagos de US$ 3,5 milhões.  

Anima (ANIM3, R$ 12,47, -6,10%)
As ações da Anima afundaram até 6,55% nesta sessão, a R$ 12,41, após balanço do 2° trimestre. O Santander destacou que o resultado veio fraco, implicando em potencial risco de revisão para baixo nas suas projeções para a empresa. A redução da alavancagem operacional e o aumento em provisões para devedores duvidosos (PDDs) foram os principais responsáveis pelos resultados fracos. Os analistas ressaltaram que a principal preocupação continua sendo a redução da alavancagem operacional, acreditando que uma recuperação sustentável na captação de alunos – que não parece estar prestes a acontecer – é vital para interromper essa tendência.

O BTG Pactual também comentou que o balanço veio ruim, com aumento de provisões para devedores duvidosos e despesas corporativas levando o Ebitda 26% para baixo na comparação anual. Os analistas acreditam que no curto prazo o balanço da companhia deve seguir pressionado, com potenciais ciclos mais fracos de captação (principalmente por conta da exposição a praças mais competitivas, como São Paulo e Minas Gerais), pressionando a alavancagem operacional. 

A companhia de educação encerrou o 2° trimestre com prejuízo líquido de R$ 1 milhão, ante resultado negativo de R$ 24,2 milhões um ano antes. A receita líquida teve alta de 10,9%, passando de R$ 222,4 milhões entre abril e junho de 2015 para atuais R$ 246,8 milhões, enquanto o Ebitda ajustado recuou 25,8%, encerrando o período em R$ 32,4 milhões.

Queiroz Galvão (QGEP3, R$ 5,78, -4,78%)
As ações da QGEP desabaram após balanço abaixo do esperado, por conta de uma combinação de despesas mais altas e menor produção de gás, comentaram os analistas do Santander. Apesar do operacional fraco, eles ressaltaram que acreditam que o ambiente de preços de petróleo e o fluxo de notícias sobre potenciais “farm-outs” (venda parcial ou total) de blocos detidos pela QGEP continuarão a impulsionar a ação no curto prazo.

A empresa fechou o segundo trimestre com um prejuízo de R$ 7,73 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 38,95 milhões registrado no mesmo período do ano passado. Enquanto isso, as receitas da companhia totalizaram R$ 120,414 milhões, o que representa uma queda de 3,3% em um ano.

Em teleconferência, Lincoln Guardado, presidente da QGEP, disse que a companhia disse que pode analisar outros ativos da Petrobras que não Carcará, mas que não tem capacidade financeira para cobrir oferta pela área. 

Fras-Le (FRAS3, R$ 4,12, +5,91%)
As ações da Fras-Le dispararam até 6,17%, a R$ 4,13, nesta sessão, entre balanço e comunicado de que seu conselho de administração nomeou Daniel Raul Randon como presidente interino da empresa, após a exoneração de Pedro Ferro Neto da presidência.

Os analistas do Santander destacaram que o resultado da companhia veio acima do estimado, guiado pelas receitas externas (que cresceram 52% na comparação anual) e maturação dos resultados por conta dos esforços com eficiência. Como resultado, as despesas gerais e administrativas caíram 9% na comparação anual, resultando em um aumento de 3,7 pontos percentuais nas margens operacionais, comentaram. 

A companhia viu sua receita líquida subir 8% no 2° trimestre, para R$ 217,1 milhões, enquanto o lucro líquido saltou 36,8%, para R$ 19,1 milhões. O Ebitda somou R$ 44,4 milhões no período, crescimento de 62,8%, levando a margem Ebitda para 20,5%, avanço de 6,9 pontos percentuais quando comparado com o mesmo trimestre de 2015.

Natura (NATU3, R$ 31,76, +4,13%)
A Citi Corretora elevou a recomendação das ações da Natura para neutro, assim como aumentou o preço-alvo para R$ 31,00. A revisão, segundo analistas da corretora, deve-se à estabilização da produtividade das consultoras, embora continuem cautelosos com sua durabilidade no curto prazo e tendência de margem ainda fraca na comparação anual no segundo semestre deste ano. 

Lupatech (LUPA3, R$ 9,00, +109,30%)
Depois de sofrerem forte movimento especulativo no fim do mês passado (as ações subiram 312% em 6 pregões – do dia 22 de julho até 1° de agosto), as ações da Lupatech voltaram a chamar atenção dos investidores nesta quinta-feira, fechando na máxima do dia, com alta de 109,3% e forte volume financeiro, que atingiu hoje R$ 8,7 milhões, contra média diária de R$ 1,8 milhão dos últimos 21 pregões. No radar da companhia, apenas a expectativa pelo balanço do 2° trimestre, que será revelado na próxima sexta-feira (12). 

Positivo (POSI3, R$ 2,66, -11,63%)
As ações da small cap Positivo corrigiram disparada 36,8% ontem após 
balanço do 2° trimestre. A fabricante de computadores registrou lucro líquido de R$ 12,6 milhões no segundo trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 39,6 milhões no mesmo período do ano passado. Já a receita da companhia subiu 24,8%, para R$ 564,5 milhões, refletindo, principalmente o avanço de preços médios em todas as categorias de produtos.

Ajudou na evolução do balanço as vendas de telefones celulares, que atingiram volume de 747,5 mil, com alta de 146%. Porém, a companhia foi favorecida pela entrada no mercado de de Ruanda para venda de PCs. No total, as vendas de PCs somaram 302,9 mil unidades, ficando praticamente estável em relação ao período anterior. No Brasil, as vendas de computadores recuaram 16,4%, enquanto as da marca Positivo BHG na Argentina e em Ruanda cresceram 74,9% no trimestre.