Balanço “salva” Gerdau de dia vermelho na Bolsa e puxa small cap para alta de até 40%; veja mais 12 destaques

A siderúrgica chegou a saltar 5,6% nesta sessão, após resultado do 2° trimestre e anúncio do programa de recompra, enquanto seus pares na Bolsa - Usiminas e CSN - afundam na Bolsa

Paula Barra

Publicidade

SÃO PAULO – A temporada de balanços agitou mais um pregão da Bovespa nesta quarta-feira (10), com destaque para 14 empresas. O resultado do 2° trimestre aliado ao programa de recompra de ações “salvaram” as ações da Gerdau da sessão negativa para as ações ligadas a commodities. A siderúrgica chegou a saltar 5,6% hoje, enquanto seus pares na Bolsa – Usiminas e CSN – fecharam no negativo. Movimento de baixa também foi visto nas ações da Vale, Bradespar e Petrobras. 

A temporada de balanços também fez preço em ações de small caps. A Positivo disparou pelo 3° pregão seguido na Bolsa, renovando nesta sessão sua máxima desde janeiro de 2014, enquanto os papéis da Vanguarda Agro afundaram até 9% após balanço. 

Confira abaixo os principais destaques da temporada de balanços:

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Gerdau (GGBR4)
O resultado: a siderúrgica registrou lucro líquido de R$ 184 milhões no 2° trimestre, queda de 30,6% ante os R$ 265 milhões do mesmo período do ano passado. A receita líquida, por sua vez, teve queda de 4,7% na base de comparação anual, para R$ 10,249 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado subiu 0,8%, para R$ 1,2 bilhão, enquanto a margem Ebitda teve alta de 0,6 ponto percentual, para 11,7%. Em termos consolidados, a produção de aço bruto no segundo trimestre de 2016 apresentou redução em relação ao mesmo período de 2015, principalmente pela readequação dos níveis de estoques nas unidades de aços especiais no Brasil e pela alienação das unidades de aços especiais na Espanha. Em relação ao primeiro trimestre, a produção de aço bruto apresentou aumento devido a recomposição de estoques nas Operações de Negócio Brasil e América do Norte.

Análises: segundo Bank of America Merrill Lynch, os números vieram fortes no 2° trimestre, ressaltando o Ebitda de R$ 1,2 bilhão, 8% acima do projetado pelos analistas do banco, 29% maior do que o visto no trimestre anterior e 1,4% superior ao registrado no mesmo período de 2015. O Brasil foi o destaque positivo, com custos menores devido a volumes mais fortes, enquanto a América do Norte desapontou com o spread do metal mais baixo do que o estimado, comentou a equipe de análise do banco. Após o balanço, o BofA reiterou a recomendação da ação em neutra, mas elevou o preço-alvo de R$ 7,00 para R$ 8,40 por papel. Além do balanço, ponto positivo também para o anúncio na véspera do programa de recompra de até 10 milhões de ações no prazo de um mês (até dia 12 de setembro). O Credit Suisse destacou visão positiva para a operação. Embora a quantidade não seja muito significativa (representa apenas 1,13% das ações em circulação em mercado da companhia), a decisão é um bom indicador de que a gestão da empresa acredita que a ação esteja barata nos preços atuais, comentaram os analistas do banco suíço. O Credit ressaltou ainda que pareceu prudente a companhia não ter sido tão agressiva na recompra, dado seu nível de alavancagem de 4 vezes a dívida líquida/Ebitda. 

A reação: em resposta ao balanço e ao programa de recompra, as ações da companhia ficaram entre as maiores altas do Ibovespa nesta sessão. A alta foi de 3,12%, a R$ 8,60, mas atingiram na máxima do dia valorização de 5,64%, a R$ 8,81. Acompanharam o movimento os papéis da holding Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 3,07, +3,02%). Já as demais siderúrgicas da Bolsa, Usiminas (USIM5, R$ 3,67, -3,42%) e CSN (CSNA3, R$ 10,50, -4,02%), se afastavam do otimismo visto mais cedo e fecharam no negativo. 

Continua depois da publicidade

Guararapes (GUAR4)
O resultado: A Guararapes, controladora da Riachuelo, registrou lucro líquido de R$ 36,3 milhões no segundo trimestre, o que representa uma queda de 51,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a receita líquida consolidada da companhia ficou em R$ 1,46 bilhão, com alta de 10,3% na comparação anual. No critério “mesmas lojas” (unidades abertas há mais de 12 meses), houve um crescimento de 1,5% das vendas. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ficou em R$ 115,6 milhões, queda de 32,2% na comparação anual, enquanto a margem Ebitda ajustada sobre a receita líquida de mercadorias atingiu 12,5% no trimestre, queda de 5,8 pontos percentuais sobre igual período de de 2015.

A reação: as ações da varejista fecharam em queda nesta sessão, após balanço, com leve alta de 0,10%, a R$ 60,49.

Cyrela (CYRE3)
O resultado: a construtora viu seu lucro líquido cair 62,1% no segundo trimestre de 2016 quando comparado com 2015, para R$ 45 milhões. Já a receita líquida recuou 43,7%, para R$ 641 milhões, que aliada às contingências de R$ 33 milhões foram responsáveis pelo menor lucro do período. A margem bruta da companhia passou de 35,1% no segundo trimestre do ano passado, para atuais 39,6%.

Análises: segundo o BTG Pactual, a construtora registrou um ROE fraco, como esperado. De acordo com o BTG Pactual, apesar de avaliar que o momentum é desafiador para o setor, a Cyrela está entre as empresas que deve se beneficiar de uma melhora nas vendas do setor, ressaltando a forte gestão. A recomendação do BTG para os papéis segue neutra. Além disso, ela teve a recomendação reduzida para underperform (desempenho abaixo da média) pelo Bradesco BBI; o preço-alvo para os papéis é de R$ 10,00. 

A reação: as ações da construtora foram penalizadas hoje pelo balanço e caíram 3,88%, a R$ 10,65, fechando mais distante da mínima do dia, quando registraram desvalorização de 5,23%, a R$ 10,50. 

Comgás (CGAS5)
O resultado: a companhia viu seu lucro líquido subir 53,3% no segundo trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 330,4 milhões. Entre outros fatores, a melhora no balanço reflete a redução do custo dos bens ou serviços vendidos, que passou de R$ 1,09 bilhão para R$ 729,4 milhões, uma queda de 49,5%. Já a receita líquida caiu 10,6% no trimestre, para R$ 1,49 bilhão, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) somou R$ 641,2 milhões, alta de 35,4% na comparação anual. O volume total de vendas de gás pela companhia caiu 22,7%, para 1.020 milhões de metros cúbicos.

Análises: Analistas do Itaú BBA destacaram que os dados foram “robustos”, após a redução significativa nos custos do gás, enquanto o BTG Pactual ressaltou que os números confirmaram a forte qualidade do ativo. Em relatório, o BTG ainda comentou que o balanço, sem dúvida, ajuda (e muito) o consolidado da Cosan (CSAN3, R$ 33,68, -0,68%). O resultado de Cosan será divulgado hoje à noite e eles esperam que venha forte com destaque para o segmento de açúcar e etanol, que teve um aumento expressivo de volume de vendas. Eles esperam também um preço realizado melhor. Em distribuição de combustíveis, eles veem volumes fortes de Raízen, que deve seguir ganhando em participação de mercado. 

A reação: as ações fecharam em alta de 1,47% nesta sessão, sendo cotadas a R$ 51,19. Na máxima do dia, os papéis atingiram valorização de 3,27%, a R$ 52,10.

Iguatemi (IGTA3)
O resultado: a administradora de shopping center Iguatemi teve lucro líquido de R$ 34,4 milhões no segundo trimestre, queda de 27,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O balanço foi afetado pelo aumento das despesas, que somaram R$ 13,8 milhões e acabaram anulando o avanço de 4,1% nas receitas no trimestre, que chegaram a R$ 162,8 milhões. As vendas no conceito “mesmas lojas” – unidades abertas há pelo menos 12 meses – cresceram 3% no trimestre, com destaque para os segmentos de moda e saúde e beleza, que juntos representam 40% do total da receita. A companhia reiterou suas projeções para 2016, com crescimento previsto entre 5% e 10% na receita.

Análises: segundo o BTG Pactual, o resultado veio mais forte do que esperado, com receita em R$ 163 milhões por conta de adição de ABL (Área Bruta Locável) no trimestre. O Credit Suisse destacou “bons números”, com vendas no segmento “mesmas lojas” crescendo 3%, contra 1,8% no 1° trimestre – na maior melhora na comparação trimestral entre as empresas que divulgaram resultados até agora. Os analistas do banco suíço comentaram ainda que a Iguatemi continua enfrentando muito bem o momento ruim da economia, com redução de custo e mantendo o opex nominal estável na comparação trimestral. Com isso, eles ressaltaram que enxergam um potencial de alta para suas projeções e do consenso, o que deve dar sustenção ao bom momento das ações.

A reação: apesar do bom balanço, na visão dos analistas, as ações da companhia caíram hoje (-0,65%, a R$ 30,50), atingindo na mínima do dia desvalorização de 2,54%, a R$ 29,92.

Senior Solution (SNSL3)
O resultado: mesmo diante de um cenário econômico complicado, a companhia desenvolvedora de softwares conseguiu se manter em evolução no primeiro semestre deste ano, registrado entre abril e junho o terceiro trimestre seguido de alta em sua receita. A companhia encerrou o período com receita líquida recorde de R$ 20,5 milhões, uma alta de 7,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) teve avanço ainda mais expressivo, atingindo R$ 2,7 milhões, com evolução de 27,3% sobre o mesmo período do ano passado, enquanto a margem Ebitda ficou em 13,1%, uma expansão de 2,0 p.p.. Segundo a companhia, isto mostra um bom controle de custos e despesas, assim como um contínuo ganho de sinergias provenientes das duas aquisições realizadas em 2015.

A reação: as ações da small cap Senior Solution dispararam 4,69%, a R$ 14,97, nesta sessão, com forte volume financeiro, que atingiu R$ 1,29 milhão, contra média diária de R$ 395,4 mil dos últimos 21 pregões. Ontem, durante o programa Comprar ou Vender, que vai ao ar toda terça-feira na InfoMoneyTV, o head de mercado de capitais da Eleven Financial, Adeodato Volpi Netto, comentou que a empresa passa por um bom momento e que o cenário atual deve destravar um crescimento para a companhia via fusões e aquisições, o que poderia puxar uma alta de pelo menos 40% no papel (confira o programa completo clicando aqui).

Palavra do presidente: em entrevista ao InfoMoney, o presidente da companhia, Bernardo Gomes, ressaltou que este foi um ótimo trimestre, com melhora nos números mesmo com o aumento de 2,5 p.p. na alíquota de INSS desde dezembro de 2015 e o cenário macro mais complicado. Segundo ele, a alta de 12,9% no lucro bruto, para R$ 7,6 milhões, mostra um bom controle de custos e despesas, além do fato da companhia ainda estar capturando sinergias das aquisições feitas no fim do ano passado. Gomes ainda destacou as receitas recorrentes, que atingiram R$ 16,3 milhões, representando 79,2% do total das receitas, o que, segundo ele, “é um importante patamar que assegura a previsibilidade das receitas da companhia em um ambiente econômico instável”.

Daycoval (DAYC4)
O resultado: O lucro líquido contábil do Banco Daycoval caiu 16,9% no segundo trimestre de 2016, para R$ 69,2 milhões. Em termos ajustados, que desconsidera o efeito negativo de marcação a mercado do hedge de captações externas do banco, o lucro cresceu 8,9% na comparação anual, para R$ 87,8 milhões. Já o retorno sobre patrimônio líquido ajustado do banco recuou de 13,4% no primeiro trimestre para 12,3% no segundo, ficando praticamente estável ante os 12,2% do mesmo período do ano pasado.

A reação: as ações do banco Daycoval subiram após o balanço, fechando com ganhos de 2,31%, a R$ 8,85.

Positivo (POSI3)
O resultado: a fabricante de computadores registrou lucro líquido de R$ 12,6 milhões no segundo trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 39,6 milhões no mesmo período do ano passado. Já a receita da companhia subiu 24,8%, para R$ 564,5 milhões, refletindo, principalmente o avanço de preços médios em todas as categorias de produtos. Ajudou na evolução do balanço as vendas de telefones celulares, que atingiram volume de 747,5 mil, com alta de 146%. Porém, a companhia foi favorecida pela entrada no mercado de de Ruanda para venda de PCs. No total, as vendas de PCs somaram 302,9 mil unidades, ficando praticamente estável em relação ao período anterior. No Brasil, as vendas de computadores recuaram 16,4%, enquanto as da marca Positivo BHG na Argentina e em Ruanda cresceram 74,9% no trimestre.

A reação: as ações da companhia dispararam pelo 3° pregão seguido na Bovespa, acumulando no período alta de 55% (considerando o maior patamar alcançado hoje pelo papel), fechando com alta de 36,82%, a R$ 3,01. Na máxima do dia, a ação registrou valorização de 39,55%, a R$ 3,07, renovando seu maior patamar intradiário desde janeiro de 2014. Chamou atenção também o volume financeiro, que alcançou R$ 7,5 milhões, 15 vezes acima do giro médio diário de R$ 551,1 mil dos últimos 21 pregões. 

BTG Pactual (BBTG11
O resultado: o banco reportou uma receita de R$ 2,595 bilhões no segundo trimestre, resultado superior aos R$ 2,047 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior. A instituição financeira teve um lucro líquido de R$ 940 milhões entre abril e junho, sendo R$ 1,07 por unit. No ano passado, o banco havia tido lucro de R$ 1,023 bilhão. O ROAE (return on average equity) anualizado apresentado no último trimestre foi de 16,1%. No comunicado de demonstrativo de resultados, o BTG informou o mercado que encerrou tratativas envolvendo proposta não vinculante para potencial aquisição do Banif e outros ativos do grupo Banif Portugal e da Oitante “diante da não verificação de condições precedentes contidas na proposta”.

A reação: as ações do banco registraram leve queda nesta sessão, fechando com desvalorização de 0,40%, a R$ 17,45.

Banrisul (BRSR6
O resultado: o Banrisul registrou um lucro líquido consolidado de R$ 201,5 milhões no segundo trimestre, resultado superior aos R$ 192,9 milhões marcados no mesmo período do ano passado. A receita de serviços e tarifas bancárias apresentada pela companhia entra abril e junho foi de R$ 426,6 milhões, também acima dos R$ 351,1 milhões na comparação anual. Já a receita por intermediação financeira foi de R$ 2,459 bilhões, contra R$ 2,104 bilhões reportadas no segundo trimestre do ano passado.

Análises: Segundo o BTG Pactual, a primeira leitura é de um resultado melhor que o esperado. Apesar do lucro líquido não ter vindo muito acima dos R$ 190 milhões, como o consenso do mercado esperava, a qualidade dos números veio melhor, comentaram os analistas. A margem financeira e taxas performaram bem mais uma vez e qualidade do ativo melhorou depois da grande piora vista no trimestre passado, ressaltaram. Além do balanço, o banco também revisou o guidance para 2016. Com isso, o BTG espera agora um ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido) de 11% a 15%, contra 14% e 17% anteriormente. Apesar do forte rali no ano, eles reiteraram a recomendação de compra da ação. 

A reação: a ação do banco fechou em alta de 1,68%, a R$ 10,90, nesta sessão, mas atingiram na máxima do dia valorização de 3,36%, a R$ 11,08.

São Carlos (SCAR3
O resultado: a companhia registrou uma receita líquida de R$ 73,456 milhões no segundo trimestre, o que corresponde a uma queda de 1% na comparação com o mesmo período do ano passado. O Ebitda recorrente da companhia entre abril e junho foi de R$ 58,7 milhões, representando um recuo de 1,3% ante o segundo trimestre de 2015. A São Carlos também teve um prejuízo líquido de R$ 800 mil no segundo trimestre deste ano, deixando para trás o lucro de R$ 83 milhões do mesmo período do ano passado.

Análises: segundo o BTG Pactual, o resultado veio em linha com as estimativas, sem grandes surpresas. Além do resultado, os analistas do banco destacaram também o anúncio da empresa da conclusão da venda do Top Center por R$ 153 milhões. Eles mantiram recomendação de compra dos papéis. 

A reação: a ação registrou queda de 0,74%, a R$ 27,00, depois de ter subido 2,46% na máxima do dia, a R$ 27,87. 

Ouro Fino (OFSA3
O resultado: em meio à redução dos preços de vacinas contra febre aftosa e dos produtos voltados para aves e suínos, a Ouro Fino Saúde Animal fechou o segundo trimestre com queda de 76,4%, para R$ 4,454 milhões em comparação com os R$ 18,882 milhões registrados no mesmo período de 2015. A receita líquida, por sua vez, somou R$ 134,6 milhões, 1,4% superior aos R$ 132,7 milhões reportados entre abril e junho de 2015. O Ebitda ajustado, por sua vez, caiu 27,9% ao somar R$ 20,2 milhões. A margem Ebitda ajustada passou de 21% para 15%, queda de 6 pontos percentuais.

Análises: segundo o Itaú BBA, os números reportados pela companhia foram fracos, destacando o Ebitda, que foi 34% abaixo do esperado pelo banco e 23% abaixo das estimativas de consenso. Após o balanço, recomendação foi rebaixada de outperform para market perform, com o preço-alvo sendo reduzido de R$ 50,00 para R$ 42,00; ” a contração anual do topo à base em um trimestre sazonalmente relevante e as perspectivas incertas para o restante do ano nos levaram a rebaixar a ação”. 

A reação: as ações fecharam com valorização de 1,47% nesta sessão, cotadas a R$ 38,75. 

Vanguarda Agro (VAGR3
O resultado: a companhia teve prejuízo líquido de R$ 41,6 milhões no segundo trimestre de 2016, revertendo um lucro líquido de R$ 26 mil no segundo trimestre de 2015. A receita líquida da companhia caiu 17,7%, para R$ 213,9 milhões. O Ebitda ficou negativo em R$ 28,26 milhões, ante resultado positivo de R$ 14,26 milhões em igual período do ano passado. A margem Ebitda ficou negativa em 13,2%, ante margem Ebitda positiva de 5,5%. De acordo com a Vanguarda Agro, o resultado foi impactado pela redução da receita de venda de produtos agrícolas com a diminuição do plantio de soja em 2015/16 e pela devolução de arrendamentos em Mato Grosso, na Bahia e no Piauí. Além disso, os preços mais baixos, custos mais altos da soja e clima adverso também foram fatores negativos.

A reação: as ações da companhia desabaram na Bolsa, atingindo na mínima do dia queda de 10,67%, a R$ 14,40. No fim do dia, a queda foi de 8,25%, a R$ 14,79. Esse foi o sexto dia de baixa da ação em sete pregões, período em que acumula desvalorização de 24%. O volume financeiro movimentado com a ação hoje foi de R$ 4,27 milhões, contra média diária de R$ 789,4 mil dos últimos 21 pregões. 

Teleconferência: a companhia informou que prevê concluir renegociação da dívida em setembro. A conclusão do acordo anunciado em julho depende da aceitação de um último credor, detentor de aproximadamente 9% da dívida da empresa, afirmou o presidente Arlindo Moura em teleconferência com analistas e jornalistas. Segundo ele, as conversas com credores estão avançadas e devem ser concluídas em até 2 semanas. Em 1° de julho, a companhia anunciou que fechou acordo com Itaú e Bradesco para reestruturar dívida. 

Tegma (TGMA3)
O resultado: a Tegma reportou um prejuízo líquido de R$ 1 milhão no segundo trimestre e de R$ 3 milhões no primeiro semestre deste ano. A receita líquida da Tegma foi R$ 229 milhões, 17% inferior ao mesmo período do ano anterior. O Ebitda foi de R$ 17 milhões; já o endividamento líquido da companhia em 30 de junho de 2016 foi de R$ 123 milhões (1,4 vez Ebitda ajustado dos últimos 12 meses). 

Análises: segundo o BTG Pactual, o resultado veio em linha, destacando que, se ajustado por alguns efeitos não-recorrentes (de aproximadamente R$ 3 milhões), os números teriam sido melhores. Os analistas comentaram que o segmento de auto segue fraco, impactado por menores volumes e distância média menor, enquanto a logística integrada teve uma forte performance, com margens acima de 9% (excluindo os efeitos não-recorrentes). Os analistas esperam uma melhora nos resultados a partir do 2° semestre. Eles mantiveram recomendação de compra do papel.

A reação: apesar do resultado em linha com as estimativas, a ação fechou em queda de 2,11% nesta sessão, cotada a R$ 8,80. Na mínima do dia, os papéis recuaram 2,34%, a R$ 8,78.