Possível novo pedido de recuperação judicial alarma bancos; 14 resultados e mais no radar

Confira os destaques corporativos desta quarta-feira (10)

Lara Rizério

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Atualizado às 17h43 para acréscimo de posicionamento do Société Mondiale sobre a Oi

SÃO PAULO – Se o noticiário político é agitado, com a presidente afastada Dilma Rousseff se tornando ré no processo de impeachment e com a votação da renegociação da dívida dos estados na Câmara dos Deputados, o cenário corporativo também é movimentado. Confira os destaques desta quarta-feira (10). 

Gerdau
A Gerdau (GGBR4) divulgou o resultado do segundo trimestre, registrando um lucro líquido de R$ 184 milhões, queda de 30,6% ante os R$ 265 milhões do mesmo período do ano passado. A receita líquida, por sua vez, teve queda de 4,7% na base de comparação anual, para R$ 10,249 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado subiu 0,8%, para R$ 1,2 bilhão, enquanto a margem Ebitda teve alta de 0,6 ponto percentual, para 11,7%.

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Em termos consolidados, a produção de aço bruto no segundo trimestre de 2016 apresentou redução em relação ao mesmo período de 2015, principalmente pela readequação dos níveis de estoques nas unidades de aços especiais no Brasil e pela alienação das unidades de aços especiais na Espanha. Em relação ao primeiro trimestre, a produção de aço bruto apresentou aumento devido a recomposição de estoques nas Operações de Negócio Brasil e América do Norte.

A siderúrgica ainda informou na noite da véspera que aprovou a recompra de até 10 milhões de ações preferenciais ou ADRs (American Depositary Receipts), representando, no total, aproximadamente, 1,13% das suas ações preferenciais em circulação no mercado. O prazo para aquisição será de um mês, ou seja, 12 de setembro. As operações serão intermediadas pelas corretoras do Itaú Unibanco, Bradesco e Merryll Lynch. Vale mencionar que na manhã da próxima quarta-feira a siderúrgica irá reportar seu balanço do 2° trimestre. 

Petrobras
A derrocada da Sete Brasil, criada para gerenciar as sondas do pré-sal para a Petrobras (PETR3PETR4), as denúncias de corrupção e a escassez da demanda internacional por navios de exploração de petróleo deterioraram a situação financeira e operacional dos três estaleiros nacionais ligados a empreiteiras e que eram, até pouco tempo, símbolos da arrancada da indústria naval no País. Juntos, Enseada, Atlântico Sul e Rio Grande estão em processo de reestruturação e renegociam dívidas com bancos e fornecedores da ordem de R$ 8 bilhões. 

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Para alguns especialistas em renegociação, a situação mais crítica é a do estaleiro Enseada Indústria Naval, que pertence a Odebrecht, UTC, OAS e aos japoneses da Kawasaki Heavy Industries. A empresa construiu um estaleiro na Bahia exclusivamente para atender os contratos para fornecimento de sete navios sondas para a Sete. Desde início do ano passado, a Sete não paga os contratos, e a Petrobras não define se vai manter os contratos. O resultado é que a Enseada terminou o ano com passivo de curto prazo a descoberto de R$ 2 bilhões. Em outubro, ainda terá pela frente os primeiros vencimentos do empréstimo de R$ 1,1 bilhão que tem com os bancos do Brasil e Caixa, que repassaram recursos do Fundo de Marinha Mercante.

A empresa tenta renegociar prazos e ganhar tempo para encontrar uma solução que gere receita. O fluxo de caixa novo passará por essa renegociação e pela manutenção dos contratos com a Petrobras no âmbito da Sete. A empresa estuda buscar receitas com produção de torres e geradores eólicos.

Projeto ambicioso criado para revigorar a indústria naval brasileira, a Sete Brasil – envolta em denúncias de corrupção, que também atingiram os estaleiros – entrou em recuperação judicial neste ano. Desde o ano passado, a companhia vinha tentando um empréstimo de longo prazo que pudesse financiar pelo menos parte das sondas que estavam na sua carteira. A empresa chegou a tentar reduzir de 28 para 19 o total de sondas contratadas pela Petrobras para manter parcialmente a encomenda, mas não teve sucesso. Sem dinheiro, a estatal parou de pagar os estaleiros, que paralisaram as construções. O último balanço da Sete mostra que o calote com os cinco estaleiros com os quais tinha contratos (EAS, Enseada, ERG Jurong e Brasfels) foi de R$ 6 bilhões.

Vale destacar que, ontem, a agência Reuters destacou que a Petrobras pediu para que a Odebrecht Óleo e Gás (OOG) paralise quatro de seis sondas de perfuração que estão em atividade, um movimento da petroleira estatal que pode levar a fornecedora de equipamentos a pedir recuperação judicial, segundo duas fontes a par do assunto. Bancos e investidores da Odebrecht O&G acompanham a situação com preocupação, dado que as partes já tinham avançado num reescalonamento do calendário de pagamentos de juros da OOG desde que a Petrobras cancelou o contrato do navio-sonda ODN Tay IV, uma das quatro plataformas que garantem bônus da empresa, em setembro passado.

Ainda sobre a Petrobras, o Estadão informa que, encaminhada a questão da dívida dos Estados – independentemente das “revisões” impostas à proposta inicial – o governo agora tem pressa para votar o projeto de lei do pré-sal e já iniciou negociações para que ele vá ao plenário da Câmara ainda neste mês. A ideia, segundo o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, é votar o projeto logo após a definição sobre a renegociação das dívidas estaduais. O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), já mostrou que tentará manter este cronograma de votação.

Assim, o governo tenta acelerar votação do projeto de lei do pré-sal, tendo como objetivo aprovar o texto na Câmara até sexta-feira para evitar período de convenções partidárias municipais.

Cemig
A Cemig (CMIG4) contratou dois bancos para vender a fatia na Light (LIGT3), segundo fonte com conhecimento sobre o assunto disse à Reuters. A fonte, que pediu anonimato, disse que a Cemig autorizou unidades dos bancos de investimentos do Santander e Votorantim a conduzirem a venda de 39% de sua fatia direta e indireta na elétrica. 

Usiminas
A Usiminas (USIM5) informou nesta noite que trabalha para ter Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de no mínimo R$ 1,2 bilhão em 2017. A companhia também trabalha com Ebitda de R$ 2 bilhões a partir de 2019, informou o comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta noite. A meta foi definida a fim de ter condições de cobrir as necessidades financeiras relacionadas ao custo de suas dívidas e dos investimentos correntes em suas operações, disse a empresa.

Guararapes 
A Guararapes (GUAR3), controladora da Riachuelo, registrou lucro líquido de R$ 36,3 milhões no segundo trimestre, o que representa uma queda de 51,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a receita líquida consolidada da companhia ficou em R$ 1,46 bilhão, com alta de 10,3% na comparação anual. No critério “mesmas lojas” (unidades abertas há mais de 12 meses), houve um crescimento de 1,5% das vendas.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ficou em R$ 115,6 milhões, com queda de 32,2% na comparação anual, impactado pelo aumento de 11,5% nas despesas operacionais. Já a margem Ebitda ajustada sobre a receita líquida de mercadorias atingiu 12,5% no trimestre, queda de 5,8 pontos percentuais sobre igual período de de 2015.

Cyrela
A Cyrela (CYRE3) viu seu lucro líquido cair 62,1% no segundo trimestre em um ano, para R$ 45 milhões no segundo trimestre deste ano. Já a receita líquida caiu 43,7%, para R$ 641 milhões, que aliada às contingências de R$ 33 milhões foram responsáveis pelo menor lucro do período. A margem bruta da companhia passou de 35,1% no segundo trimestre do ano passado, para atuais 39,6%.

Segundo o BTG Pactual, a construtora registrou um ROE fraco, como esperado. De acordo com o BTG Pactual, apesar de avaliar que o momentum é desafiador para o setor, a Cyrela está entre as empresas que deve se beneficiar de uma melhora nas vendas do setor, ressaltando a forte gestão. A recomendação do BTG para os papéis segue neutra. Além disso, ela teve a recomendação reduzida para underperform pelo Bradesco BBI; o preço-alvo para os papéis é de R$ 10,00. 

Comgás 
A Comgás (CGAS5) viu seu lucro líquido subir 53,3% no segundo trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 330,4 milhões. Entre outros fatores, a melhora no balanço reflete a redução do custo dos bens ou serviços vendidos, que passou de R$ 1,09 bilhão para R$ 729,4 milhões, uma queda de 49,5%.

Já a receita líquida caiu 10,6% no trimestre, para R$ 1,49 bilhão, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) somou R$ 641,2 milhões, alta de 35,4% na comparação anual. O volume total de vendas de gás pela companhia caiu 22,7%, para 1.020 milhões de metros cúbicos.

A avaliação dos analistas do Itaú BBA foi de que os dados apresentados foram “robustos”, após a redução significativa nos custos do gás.

Iguatemi 
A administradora de shopping center Iguatemi (IGTA3) teve lucro líquido de R$ 34,4 milhões no segundo trimestre, uma queda de 27,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O balanço foi afetado pelo aumento das despesas, que somaram R$ 13,8 milhões e acabaram anulando o avanço de 4,1% nas receitas no trimestre, que chegaram a R$ 162,8 milhões.

As vendas no conceito “mesmas lojas” – unidades abertas há pelo menos 12 meses – cresceram 3% no trimestre, com destaque para os segmentos de moda e saúde e beleza, que juntos representam 40% do total da receita. A companhia reiterou suas projeções para 2016, com crescimento previsto entre 5% e 10% na receita.

Senior Solution 
Mesmo diante de um cenário econômico complicado, a companhia desenvolvedora de softwares Senior Solution (SNSL3) conseguiu se manter em evolução no primeiro semestre deste ano, registrado entre abril e junho o terceiro trimestre seguido de alta em sua receita. A companhia encerrou o período com receita líquida recorde de R$ 20,5 milhões, uma alta de 7,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) teve avanço ainda mais expressivo, atingindo R$ 2,7 milhões, com evolução de 27,3% sobre o mesmo período do ano passado, enquanto a margem Ebitda ficou em 13,1%, uma expansão de 2,0 p.p.. Segundo a companhia, isto mostra um bom controle de custos e despesas, assim como um contínuo ganho de sinergias provenientes das duas aquisições realizadas em 2015.

Em entrevista ao InfoMoney, o presidente da companhia, Bernardo Gomes, ressaltou que este foi um ótimo trimestre, com melhora nos números mesmo com o aumento de 2,5 p.p. na alíquota de INSS desde dezembro de 2015 e o cenário macro mais complicado. Segundo ele, a alta de 12,9% no lucro bruto, para R$ 7,6 milhões, mostra um bom controle de custos e despesas, além do fato da companhia ainda estar capturando sinergias das aquisições feitas no fim do ano passado.

Gomes ainda destacou as receitas recorrentes, que atingiram R$ 16,3 milhões, representando 79,2% do total das receitas, o que, segundo ele, “é um importante patamar que assegura a previsibilidade das receitas da companhia em um ambiente econômico instável”.

Daycoval 
O lucro líquido contábil do Banco Daycoval (DAYC4) caiu 16,9% no segundo trimestre de 2016, para R$ 69,2 milhões. Em termos ajustados, que desconsidera o efeito negativo de marcação a mercado do hedge de captações externas do banco, o lucro cresceu 8,9% na comparação anual, para R$ 87,8 milhões. Já o retorno sobre patrimônio líquido ajustado do banco recuou de 13,4% no primeiro trimestre para 12,3% no segundo, ficando praticamente estável ante os 12,2% do mesmo período do ano pasado.

Positivo 
A fabricante de computadores Positivo (POSI3) registrou lucro líquido de R$ 12,6 milhões no segundo trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 39,6 milhões no mesmo período do ano passado. Já a receita da companhia subiu 24,8%, para R$ 564,5 milhões, refletindo, principalmente o avanço de preços médios em todas as categorias de produtos.

Ajudou na evolução do balanço as vendas de telefones celulares, que atingiram volume de 747,5 mil, com alta de 146%. Porém, a companhia foi favorecida pela entrada no mercado de de Ruanda para venda de PCs. No total, as vendas de PCs somaram 302,9 mil unidades, ficando praticamente estável em relação ao período anterior. No Brasil, as vendas de computadores recuaram 16,4%, enquanto as da marca Positivo BHG na Argentina e em Ruanda cresceram 74,9% no trimestre.

Oi
A Oi (OIBR3; OIBR4) informou, na terça-feira (9), que a Corte de Amsterdã concedeu à Oi Brasil Holdings Coöperatief UA procedimento de suspensão de pagamentos, iniciado para compatibilizar no país o processo de recuperação judicial das empresas do grupo no Brasil. A operadora de telecomunicações informou em comunicado ainda que também houve a nomeação de um administrador judicial para o procedimento de suspensão de pagamentos de seu veículo financeiro na Holanda.

Segundo a Pharol, Nelson Tanure tenta tumultuar recuperação judicial da Oi. O juiz da recuperação judicial já proferiu decisão determinando que qualquer alteração de controle ou de conselheiros da Oi depende de sua prévia aprovação, o que não foi objeto de qualquer recurso, disse a maior acionista da companhia telefônica em comunicado sobre a convocação de assembleias por Nelson Tanure.

O Société Mondiale promoveu a publicação de editais “em desrespeito às decisões já proferidas”, sendo que a Pharol já se manifestou nos autos do processo de recuperação judicial sobre o assunto, disse a Pharol. A convocação de assembleia com o propósito de deliberar sobre assuntos que estão em análise do Poder Judiciário “é uma tentativa clara de tumultuar todo o processo em andamento”. 

De acordo com a Pharol, a recente proliferação de manobras judiciais e administrativas, promovidas por um grupo específico de acionistas, tem como única consequência trazer instabilidade para a companhia justamente no momento em que constrói seu plano de recuperação. “Por ser o maior investimento da Pharol, é de total interesse o sucesso do processo de recuperação judicial da Oi. Podem haver outros acionistas interessados na Oi, mas nenhum deles têm interesse maior na recuperação dessa companhia do que a própria Pharol”. O Société Mondiale convocou acionistas da Oi para assembleias 8 de setembro. 

Em nota, a assessoria do fundo comandado por Nelson Tanure rebateu as acusações da Pharol de que estaria tentando tumultuar o processo de recuperação judicial. “Pelo contrário, quem está tentando invocar a autoridade do Judiciário brasileiro, de forma torpe, para obter uma vantagem indevida, é a Pharol”, afirma o Société Mondiale. Segundo o Société, “o fundo nunca desrespeitou qualquer decisão do Juízo da Recuperação, simplesmente porque não existe qualquer deliberação que impeça o Fundo de exercer um legítimo direito seu de acionista com mais de 5% do capital votante de convocar a assembleia de acionistas da Oi”. 

BTG Pactual
O BTG Pactual (BBTG11) reportou uma receita de R$ 2,595 bilhões no segundo trimestre, resultado superior aos R$ 2,047 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior. A instituição financeira teve um lucro líquido de R$ 940 milhões entre abril e junho, sendo R$ 1,07 por unit. No ano passado, o banco havia tido lucro de R$ 1,023 bilhão. O ROAE (return on average equity) anualizado apresentado no último trimestre foi de 16,1%.

No comunicado de demonstrativo de resultados, o BTG informou o mercado que encerrou tratativas envolvendo proposta não vinculante para potencial aquisição do Banif e outros ativos do grupo Banif Portugal e da Oitante “diante da não verificação de condições precedentes contidas na proposta”.

Cemig
Conta a agência de notícias Reutes que a Cemig (CMIG4) concedeu mandatos aos bancos de investimento Santander e Votorantim para que promovam a venda de sua fatia de 39% na Light (LIGT3), em um movimento que faz parte dos planos da estatal mineira de energia para gerar caixa e reduzir dívidas, afirmou uma fonte com conhecimento do assunto nesta terça-feira. Segundo a fonte consultada, o processo será lançado ainda neste mês. Se a venda fosse feita aos atuais preços de mercado, a Cemig poderia levantar ao menos R$ 1,2 bilhão com o negócio.

Banrisul
O Banrisul (BRSR6) registrou um lucro líquido consolidado de R$ 201,5 milhões no segundo trimestre, resultado superior aos R$ 192,9 milhões marcados no mesmo período do ano passado. A receita de serviços e tarifas bancárias apresentada pela companhia entra abril e junho foi de R$ 426,6 milhões, também acima dos R$ 351,1 milhões na comparação anual. Já a receita por intermediação financeira foi de R$ 2,459 bilhões, contra R$ 2,104 bilhões reportadas no segundo trimestre do ano passado.

São Carlos
A São Carlos (SCAR3) registrou uma receita líquida de R$ 73,456 milhões no segundo trimestre, o que corresponde a uma queda de 1% na comparação com o mesmo período do ano passado. O Ebitda recorrente da companhia entre abril e junho foi de R$ 58,7 milhões, representando um recuo de 1,3% ante o segundo trimestre de 2015. A São Carlos também teve um prejuízo líquido de R$ 800 mil no segundo trimestre deste ano, deixando para trás o lucro de R$ 83 milhões do mesmo período do ano passado.

Fleury
O Bradesco BBI elevou a recomendação para as ações da Fleury (FLRY3) para outperform (desempenho acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 42,00 por ação.

O analista Luciano Campos destaca que, o valor de mercado do segmento de diagnósticos atingiu 10,4 bilhões em janeiro de 2011, com os investidores vendo potencial de crescimento do segmento com base em aumento da penetração dos seguros privados de saúde, envelhecimento da população e consolidação da indústria. Contudo, após o desempenho decepcionante da Dasa e fusão dos laboratórios Labs D’or, além de outros fatores, os investidores ficaram mais distantes. Porém,, o analista ressalta que o recente desempenho da Fleury sugere execução muito mais forte e disciplina financeira que pode estimular um novo ciclo de criação de valor.

JSL
O conselho de administração da JSL (JSLG3) aprovou a recompra de até 1,5 milhão de ações ordinárias emitidas pela companhia, o equivalente a cerca de 2,87% do total de 52.290.738 papéis que atualmente circulam no mercado, informou a empresa por meio de fato relevante enviado nesta terça-feira, 9, à CVM. 

O programa, conforme o documento, visa à maximização de valor ao acionista, sendo que as ações adquiridas podem ser mantidas em tesouraria, canceladas, alienadas ou utilizadas para remuneração. Ainda segundo o comunicado, a liquidação das operações de compra se dará em um prazo máximo de 18 meses a partir da aprovação do programa, isto é, entre 10 de agosto de 2016 e 10 de fevereiro de 2018.

Conforme a JSL, a aquisição poderá ser intermediada pelos seguintes agentes: Bradesco, Credit Suisse, HSBC, Santander Brasil e Votorantim.

Ouro Fino
Em meio à redução dos preços de vacinas contra febre aftosa e dos produtos voltados para aves e suínos, a Ouro Fino Saúde Animal (OFSA3) fechou o segundo trimestre com queda de 76,4%, para R$ 4,454 milhões em comparação com os R$ 18,882 milhões registrados no mesmo período de 2015. A receita líquida, por sua vez, somou R$ 134,6 milhões, 1,4% superior aos R$ 132,7 milhões reportados entre abril e junho de 2015.

O Ebitda ajustado, por sua vez, caiu 27,9% ao somar R$ 20,2 milhões. A margem Ebitda ajustada passou de 21% para 15%, queda de 6 pontos percentuais.

Segundo o Itaú BBA, os números reportados pela companhia foram fracos, destacando o Ebitda, que foi 34% abaixo do esperado pelo banco e 23% abaixo das estimativas de consenso. Após o balanço, recomendação foi rebaixada de outperform para market perform, com o preço-alvo sendo reduzido de R$ 50,00 para R$ 42,00; ” a contração anual do topo à base em um trimestre sazonalmente relevante e as perspectivas incertas para o restante do ano nos levaram a rebaixar a ação”. 

Vanguarda Agro
A Vanguarda Agro (VAGR3) teve prejuízo líquido de R$ 41,6 milhões no segundo trimestre de 2016, revertendo um lucro líquido de R$ 26 mil no segundo trimestre de 2015. A receita líquida da companhia caiu 17,7%, para R$ 213,9 milhões.

O Ebitda ficou negativo em R$ 28,26 milhões, ante resultado positivo de R$ 14,26 milhões em igual período do ano passado. A margem Ebitda ficou negativa em 13,2%, ante margem Ebitda positiva de 5,5%.

De acordo com a Vanguarda Agro, o resultado foi impactado pela redução da receita de venda de produtos agrícolas com a diminuição do plantio de soja em 2015/16 e pela devolução de arrendamentos em Mato Grosso, na Bahia e no Piauí. Além disso, os preços mais baixos, custos mais altos da soja e clima adverso também foram fatores negativos.

Tegma
A Tegma (TGMA3) reportou um prejuízo líquido de R$ 1 milhão no segundo trimestre e de R$ 3 milhões no primeiro semestre deste ano. A receita líquida da Tegma foi R$ 229 milhões, 17% inferior ao mesmo período do ano anterior. O Ebitda foi de R$ 17 milhões; já o endividamento líquido da companhia em 30 de junho de 2016 foi de R$ 123 milhões (1,4 vez Ebitda ajustado dos últimos 12 meses). 

(Com Bloomberg e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.