Vale é elevada pelo Morgan e mais 7 recomendações; 10 balanços, empréstimo da Odebrecht e mais

Confira os destaques do noticiário corporativo desta terça-feira (9)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário desta terça-feira (9) é movimentado. Além da expectativa pela votação da nova etapa do impeachment no Senado e da renegociação da dívida dos estados na Câmara, o mercado segue de olho nas diversas revisões de recomendações e na bateria de resultados. Confira os destaques desta terça-feira (9): 

Vale
A Vale (VALE3;VALE5) teve a sua recomendação elevada de underweight para equalweight pelo Morgan Stanley; o preço-alvo do ADR (American Depositary Receipt) foi elevado de US$ 4,80 para US$ 6 por papel.

Duratex
A Duratex (DTEX3) teve a recomendação rebaixada de overweight (exposição acima da média) para neutra pelo JPMorgan. O preço-alvo é de R$ 10,50 por ação.

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Weg
A Weg (WEGE3) teve a sua recomendação elevada para outperform pelo Itaú BBA, com preço-alvo de R$ 18,50 para 2017.

“O potencial de recuperação no Brasil pode ter um grande impacto sobre a WEG, levando a margens mais altas e menores recebíveis. Vemos a WEG como um nome que irá beneficiar de uma melhoria da economia e, mesmo se as coisas não acontecerem da maneira que esperamos, sofrerá menos do que outras empresas que são expostas apenas em Brasil”.

Setor de saúde
O Santander revisou as suas recomendações para o setor de saúde, mantendo recomendação de compra para a Qualicorp (QUAL3), manutenção para a Fleury (FLRY3) e rebaixando a OdontoPrev (ODPV3) para underperform. Segundo os analistas do Santander, apesar de avaliarem que a OdontoPrev deve ser negociada com um prêmio, as ações já estão precificadas. Já a ação da Qualicorp segue com um valuation atrativo, enquanto a companhia deve continuar se beneficiando de resiliência. 

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SLC
A SLC Agrícola (SLCE3) teve sua recomendação elevada para outperform pelo Itaú BBA, com preço-alvo de R$ 20,00 para 2016 e de R$ 23,00 para 2017.

Os analistas destacam que, após um 2016 desafiador, as perspectivas são mais positivas para 2017, em meio a custos mais baixos, recuperação da produtividade e aumento de preços de algodão pela primeira vez desde 2011. De acordo com o banco, a ação da SLC está barata e as perspectivas são positivas. 

Magazine Luiza
O BTG Pactual elevou a recomendação para as ações do Magazine Luiza (MGLU3) para compra. “Quando os investidores pensam em Magazine Luiza alguns tópicos recorrentes surgem: (i) a alavancagem; (ii) As preocupações sobre as finanças do consumidor; e (iii) um pobre história de lucro e perspectiva de rentabilidade. Acreditamos que a Magazine Luiza está resolvendo os dois primeiros pontos, e as perspectivas de alavancagem são muito mais brilhantes”, afirma.

Embraer
A Embraer (EMBR3) anunciou na segunda-feira que vai adotar um plano de desligamento voluntário (PDV) para funcionários das unidades do Brasil, como uma das medidas que visam à redução de custos, informou a empresa. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, os trabalhadores das fábricas foram informados hoje do plano, mas sem detalhes, o que devem questionar em reunião na próxima quarta-feira (10).

“Em razão do cenário desafiador observado no mercado aeroespacial global, a Embraer reduziu suas estimativas de entrega de aeronaves e de resultados para o ano, conforme foi informado na divulgação de resultados do segundo trimestre, no último dia 29 de julho”, diz nota divulgada pela empresa, que adotará outras medidas para reduzir custos em todas “suas unidades e negócios globalmente”.

Segundo a Embraer, todas as definições sobre o PDV ainda estão em estudo e serão divulgadas ao término do processo, que deve durar algumas semanas. “A companhia entende que o PDV dá a oportunidade de decisão ao funcionário”.

Para o sindicato, o total que a empresa pretende economizar está relacionado ao valor de possível multa referente à investigação de propina denunciada em 2010 pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O sindicato diz que a Embraer quer economizar US$ 200 milhões, valor idêntico ao que consta como provisionado no balanço do segundo trimestre deste ano.

“O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos ressalta que não apoia o PDV ou qualquer outra medida que penalize os trabalhadores”, afirma, em nota, o sindicato. “A Embraer não pode jogar a conta desse caso de corrupção nas costas dos trabalhadores. É preciso que a denúncia seja minuciosamente investigada e que, se o crime for comprovado, os responsáveis sejam punidos e os prejuízos, ressarcidos”, diz nota assinada pelo vice-presidente licenciado do Sindicato dos Metalúrgicos, Herbert Claros da Silva.

Sobre essa relação, a Embraer informou que pretende economizar US$ 200 milhões ao ano, com o PDV e outras reduções de custo, devido à conjuntura econômica, até que a situação financeira da empresa se estabilize. Essa economia deve se estender pelos próximos anos. Além disso, a empresa sustenta que o valor não tem relação com o provisionamento em seu balanço, o qual está previsto para pagamento de um possível acordo com a Justiça norte-americana, sendo somente uma parcela de US$ 200 milhões.

Banco do Brasil e Bradesco
De acordo com informações da colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o Banco do Brasil (BBAS3) e o Bradesco (BBDC4) devem emprestar R$ 500 milhões para a empreiteira Odebrecht. 

O empréstimo-ponte é parte da renegociação do endividamento da Odebrecht Óleo e Gás, diz a colunista. Segundo executivo que acompanha as tratativas, o dinheiro servirá para a empreiteira “respirar” e ganhar tempo para seguir na tentativa de vender ativos.

A empresa confirmou as tratativas. “As negociações da Odebrecht Óleo e Gás se dão no âmbito da companhia. O BB e o Bradesco são credores da OOG e, assim como os bondholders, estão negociando a reestruturação desse endividamento”, afirmou, por meio de nota. 

Via Varejo
A Via Varejo  (VVAR11) e a Cnova anunciaram um acordo para combinação de seus negócios no Brasil, em uma operação que deve gerar milhões de reais em economias de custos logísticos e que acontece meses após a descoberta de fraudes na operação brasileira da Cnova. 

As empresas já tinham anunciado em maio intenção de combinarem suas operações no Brasil para simplificarem estrutura de governança e relações comerciais entre ambas, além da geração de sinergias.

Segundo a Via Varejo, que é controlada pelo Grupo Pão de Açúcar e opera lojas de móveis e eletrodomésticos pelo país, a combinação com as Cnova no Brasil, focada em comércio eletrônico, vai gerar sinergias recorrentes de R$ 245 milhões por ano a partir de 2017. Além disso, há expectativa de geração de economias de R$ 325 milhões até o final deste ano.

Vale destacar que a ação da Cnova dispara após o Casino formalizar oferta de US$ 5,50 por ação, com ganhos de até 9,8%, na maior alta desde maio. 

 Oi
A Société Mondiale convocou uma assembleia geral extraordinária de acionistas da Oi (OIBR4)  para o dia 8 de setembro. A dona de ações equivalentes 6,18% do capital da operadora de telecomunicações, que está em recuperação judicial, propõe que os acionistas da companhia destituam do Conselho de Administração da Oi os membros: Rafael Luís Mora Funes, João Manuel Pisco de Castro, Luís Maria Viana Palha da Silva, Pedro Zañartu Gubert Morais Leitão e Marcos Grodetzky, além dos respectivos suplentes.

Com isso, a Société quer que sejam eleitos para essas posições Helio Costa, ex-ministro das Comunicações, Demian Fiocca, Durval Soledade Santos, Pedro Grossi Junior, José Vicente dos Santos, Leo Julian Simpson, Jonathan Dann e Marcelo Itagiba.

A Société Mondiale defende ainda que a AGE anule a decisão de outra assembleia realizada em março do ano passado, que aprovou um acordo da Oi com a Portugal Telecom SGPS (atual Pharol), além de ações de responsabilidade contra executivos, avaliadores e acionistas que possam ter provocado prejuízos à companhia.

Smiles 
A companhia de programa de milhagens Smiles (SMLE3) viu seu lucro líquido subir 38,2% em um ano passando de R$ 89,4 milhões para R$ 123,6 milhões no segundo trimestre de 2016. Já a receita líquida subiu 27%, fechando o período em R$ 349,8 milhões, enquanto o lucro operacional da empresa ficou em R$ 128,1 milhões, um avanço de 37,7% sobre o mesmo período do ano passado.

A Smiles viu um acúmulo 0,9% maior de milhas, que subiram de 13,1 bilhões entre abril e junho de 2015 para atuais 13,2 bilhões. Enquanto isso, o resgate destas milhas passou de 9,5 bilhões para 10,2 bilhões, o que representa uma alta de 7,9%. 

O Bradesco BBI ressalta: “vemos resultados do Smiles mais uma vez pelo lado positivo, principalmente porque as vendas a parceiros financeiros cresceram anualmente e os preços permaneceram em um nível adequado”. O Itaú BBA espera reação “um pouco” positiva a “outro bom trimestre em termos gerais”.

Aliansce
A Aliansce (ALSC3) teve lucro líquido atribuído a sócios da empresa controladora de R$ 1,6 milhão no segundo trimestre, 59% menor em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro atribuído a sócios não controladores foi de R$ 2,3 milhões no segundo trimestre, queda de 30%, enquanto o lucro consolidado somou R$ 3,9 milhões, queda de 46%. A receita líquida da companhia teve baixa de 1,3%, para R$ 118,3 milhões.

Marcopolo 
A Marcopolo (POMO4encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 43,3 milhões, uma alta de 16,7% ante os R$ 37,1 milhões do mesmo período do ano passado. Já a receita operacional líquida da companhia recuou 2,6%, para R$ 619,7 milhões, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês), caiu 6,1%, em R$ 46,1 milhões. A margem Ebitda foi de 7,4%, diminuição de 0,3 ponto porcentual ante o segundo trimestre do ano passado.

“O destaque do trimestre foi a receita das exportações a partir do Brasil, que cresceu 78,4% e 22,7% respectivamente no segundo trimestre e no primeiro semestre do ano. Esse crescimento é reflexo do aumento das vendas físicas ao exterior em 63,4% no segundo trimestre de 2016 e 32,0% no primeiro semestre e da desvalorização do real em relação ao dólar americano”, informou a empresa no demonstrativo dos resultados.

O resultado financeiro líquido do trimestre foi positivo em R$ 32,5 milhões, ante os R$ 2,5 milhões também positivos registrados de abril a junho do ano passado. “Esse resultado é em grande parte oriundo da receita de variação cambial do real frente ao dólar americano, que somou R$ 23,0 milhões, e de rendimentos das aplicações financeiras”, destacou a companhia.

O Itaú BBA espera reação neutra; a companhia teve resultados operacionais melhores que esperado e lucro em linha. 

Linx 
A Linx (LINX3encerrou o segundo trimestre com receita operacional líquida de R$ 122,4 milhões, o que representa um crescimento de 12,5% em comparação aos R$ 108,8 milhões de um ano antes. Já o lucro líquido da companhia ficou em R$ 17,50 milhões, um ganho de 12% sobre o mesmo período do ano passado.

No segundo trimestre, a receita recorrente atingiu R$ 117,8 milhões, com crescimento de 19,2% sobre o ano anterior, e equivalente a 83% da receita bruta. A companhia destacou que os rendimentos com soluções em nuvem já representam quase 50% da receita recorrente e seguem crescendo acima da média. O Ebitda da empresa foi de R$ 32 milhões, 7,9% acima do valor obtido no segundo trimestre de 2015, enquanto a margem Ebitda de abril a junho ficou em 26,1%.

O Itaú BBA espera reação neutra ao resultado, destacando que o “crescimento de receita recorrente permanece robusto e os custos sob controle”. O Santander também ressalta que o resultado foi “em linha”, “apesar de dados sólidos, continuamos a ver desaceleração das receitas recorrentes como consequência do ambiente macro”.

Direcional
A Direcional (DIRR3) registrou uma queda de 20,1% no lucro líquido, para R$ 22,2 milhões na base de comparação anual. Já a receita líquida teve pequena queda de 0,97%, para R$ 383 milhões, enquanto a margem bruta caiu de 22,4% no segundo trimestre do ano passado para 19,2% no mesmo período de 2016. A margem bruta ajustada foi de 22,9%, ante 24,8% de um ano antes. O Ebitda ajustado foi de R$ 52,8 milhões, ante estimativa de R$ 51,3 milhões. 

Taesa
A Taesa (TAEE11) teve queda de 13,8% no lucro líquido no segundo trimestre, para R$ 207,2 milhões. O resultado da Taesa foi prejudicado por efeitos inflacionários sobre o ativo financeiro, que foi menor neste trimestre em relação ao mesmo de 2015, devido às quedas do IGP-M e IPCA. A receita da companhia teve baixa de 17,5%, para R$ 323,3 milhões. O Ebitda teve baixa de 21,7%, totalizando R$ 268,1 milhões.

JSL
A JSL (JSLG3) informou ao mercado que sua receita líquida cresceu 13,8% no segundo trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2015, ao encerrar o período marcando R$ 1,709 bilhão. O Ebitda registrado entre abril e junho foi de R$ 295,5 milhões, o que corresponde a uma alta de 13,5% na comparação anual. Apesar disso, o balanço da companhia foi de um lucro líquido de R$ 10,5 milhões no segundo trimestre do ano passado para um prejuízo de R$ 16,9 milhões agora.

 Itaúsa
A Itaúsa (ITSA4) fechou o segundo trimestre com lucro líquido consolidado de R$ 2,23 bilhões, alta de 18% na comparação anual. O resultado de equivalência patrimonial recorrente foi de R$ 2,226 bilhões, 1,8% acima do mesmo período de 2015.

Banco Pine
Outra empresa a prestar contas com o mercado foi o Banco Pine (PINE4), cujas receitas de intermediação financeira marcaram R$ 71 milhões no segundo trimestre, contra R$ 180 milhões registrados no mesmo período do ano anterior. O resultado antes da tributação sobre lucro e participações foi de R$ 6 milhões negativos entre abril e junho de 2015 para R$ 23 milhões negativos. A companhia também registrou um prejuízo líquido de R$ 7 milhões no segundo trimestre deste ano, contra R$ 10 milhões de lucro no ano passado.

São Martinho
A São Martinho (SMTO3) registrou uma receita líquida de R$ 554,7 milhões no segundo trimestre, cifra que corresponde a um crescimento de 51,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O Ebitda ajustado da companhia totalizou R$ 333,8 milhões entre abril e junho, representando uma alta de 48,3% no comparativo anual. Já o lucro líquido no período foi de R$ 39,7 milhões, 26,1% acima do montante registrado no segundo trimestre do ano passado.

O Itaú BBA destacou que o Ebitda ficou acima do esperado; “nossa leitura positiva baseia-se no aumento de 230 pontos base anual da margem Ebitda, excluindo perdas não-recorrentes prováveis, e na atual posição de hedge de açúcar”.

 BTG Pactual
O Cade (conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou sem restrições a compra pelo grupo BTG Pactual (BBTG11) de ativos florestais em Santa Catarina da Iguaçu Celulose. Com o negócio, o BTG passa a deter 100% dos ativos localizados nos municípios de Campos Novos e Abdon Batista, incluindo florestas de pinus, eucalipto e araucária.

CPFL
A CPFL (CPFE3) faz AGE para votar pela aquisição da AES Sul às 10h (horário de Brasília). Ontem, a companhia teve aval do Cade para aquisição da AES Sul. O negócio é aprovado sem restrição, segundo decisão publicada em despacho no Diário Oficial. A AES Sul é detida pela AES Guaíba, do Grupo AES.

(Com Bloomberg e Agência Brasil)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.