Via Varejo une negócios com Cnova; convocação na Oi para destituir conselho e resultados no radar

Confira os principais destaques corporativos da noite desta segunda-feira (8)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A semana começa agitada, com destaque para a temporada de resultados do segundo trimestre, que entra em seus últimos dias. Entre as companhais que apresentaram seus números na noite desta segunda-feira (8) estão a Smiles, Marcopolo e a Linx. Chama atenção ainda o noticiário envolvendo a Oi e a Via Varejo. Confira os destaques:

Via Varejo (VVAR11)
A Via Varejo e a Cnova anunciaram um acordo para combinação de seus negócios no Brasil, em uma operação que deve gerar milhões de reais em economias de custos logísticos e que acontece meses após a descoberta de fraudes na operação brasileira da Cnova. 

As empresas já tinham anunciado em maio intenção de combinarem suas operações no Brasil para simplificarem estrutura de governança e relações comerciais entre ambas, além da geração de sinergias.

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Segundo a Via Varejo, que é controlada pelo Grupo Pão de Açúcar e opera lojas de móveis e eletrodomésticos pelo país, a combinação com as Cnova no Brasil, focada em comércio eletrônico, vai gerar sinergias recorrentes de R$ 245 milhões por ano a partir de 2017. Além disso, há expectativa de geração de economias de R$ 325 milhões até o final deste ano.

Oi (OIBR4)
A Société Mondiale convocou uma assembleia geral extraordinária de acionistas da Oi para o dia 8 de setembro. A dona de ações equivalentes 6,18% do capital da operadora de telecomunicações, que está em recuperação judicial, propõe que os acionistas da companhia destituam do Conselho de Administração da Oi os membros: Rafael Luís Mora Funes, João Manuel Pisco de Castro, Luís Maria Viana Palha da Silva, Pedro Zañartu Gubert Morais Leitão e Marcos Grodetzky, além dos respectivos suplentes.

Com isso, a Société quer que sejam eleitos para essas posições Helio Costa, ex-ministro das Comunicações, Demian Fiocca, Durval Soledade Santos, Pedro Grossi Junior, José Vicente dos Santos, Leo Julian Simpson, Jonathan Dann e Marcelo Itagiba.

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A Société Mondiale defende ainda que a AGE anule a decisão de outra assembleia realizada em março do ano passado, que aprovou um acordo da Oi com a Portugal Telecom SGPS (atual Pharol), além de ações de responsabilidade contra executivos, avaliadores e acionistas que possam ter provocado prejuízos à companhia.

Smiles (SMLE3)
A companhia de programa de milhagens viu seu lucro líquido subir 38,2% em um ano passando de R$ 89,4 milhões para R$ 123,6 milhões no segundo trimestre de 2016. Já a receita líquida subiu 27%, fechando o período em R$ 349,8 milhões, enquanto o lucro operacional da empresa ficou em R$ 128,1 milhões, um avanço de 37,7% sobre o mesmo período do ano passado.

A Smiles viu um acúmulo 0,9% maior de milhas, que subiram de 13,1 bilhões entre abril e junho de 2015 para atuais 13,2 bilhões. Enquanto isso, o resgate destas milhas passou de 9,5 bilhões para 10,2 bilhões, o que representa uma alta de 7,9%. 

Marcopolo (POMO4)
A Marcopolo encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 43,3 milhões, uma alta de 16,7% ante os R$ 37,1 milhões do mesmo período do ano passado. Já a receita operacional líquida da companhia recuou 2,6%, para R$ 619,7 milhões, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês), caiu 6,1%, em R$ 46,1 milhões. A margem Ebitda foi de 7,4%, diminuição de 0,3 ponto porcentual ante o segundo trimestre do ano passado.

“O destaque do trimestre foi a receita das exportações a partir do Brasil, que cresceu 78,4% e 22,7% respectivamente no segundo trimestre e no primeiro semestre do ano. Esse crescimento é reflexo do aumento das vendas físicas ao exterior em 63,4% no segundo trimestre de 2016 e 32,0% no primeiro semestre e da desvalorização do real em relação ao dólar americano”, informou a empresa no demonstrativo dos resultados.

O resultado financeiro líquido do trimestre foi positivo em R$ 32,5 milhões, ante os R$ 2,5 milhões também positivos registrados de abril a junho do ano passado. “Esse resultado é em grande parte oriundo da receita de variação cambial do real frente ao dólar americano, que somou R$ 23,0 milhões, e de rendimentos das aplicações financeiras”, destacou a companhia.

Linx (LINX3)
A Linx encerrou o segundo trimestre com receita operacional líquida de R$ 122,4 milhões, o que representa um crescimento de 12,5% em comparação aos R$ 108,8 milhões de um ano antes. Já o lucro líquido da companhia ficou em R$ 17,50 milhões, um ganho de 12% sobre o mesmo período do ano passado.

No segundo trimestre, a receita recorrente atingiu R$ 117,8 milhões, com crescimento de 19,2% sobre o ano anterior, e equivalente a 83% da receita bruta. A companhia destacou que os rendimentos com soluções em nuvem já representam quase 50% da receita recorrente e seguem crescendo acima da média. O Ebitda da empresa foi de R$ 32 milhões, 7,9% acima do valor obtido no segundo trimestre de 2015, enquanto a margem Ebitda de abril a junho ficou em 26,1%.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.