BB pode levantar R$ 4,3 bi com venda do Patagonia; 7 resultados e mais notícias no radar

Confira os destaques corporativos desta sexta-feira (5)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Enquanto os mercados estão de olho nos dados do emprego nos EUA, o noticiário corporativo brasileiro segue bastante movimentado, com destaque para a temporada de resultados. Confira os destaques desta sexta-feira (5):

Banco do Brasil
Segundo o Valor Econômico, o Banco do Brasil (BBAS3) pode obter R$ 4,3 bilhões com a venda da participação no argentino Banco Patagonia. O cálculo tem como base o valor de mercado da instituição, que possui ações listadas na Bolsa de Buenos Aires. 

Na última quinta, a Bloomberg informou que o BB contratou o JPMorgan para vender fatia no banco. JPMorgan e BB não quiseram comentar.  

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AES Tietê 
A AES Tietê (TIET11) viu seu lucro líquido cair 14,1%, atingindo R$ 103,1 milhões no segundo trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Já a receita líquida, recuou 34,2%, para R$ 465,5 milhões, enquanto o Ebitda caiu 10%, fechando o período em R$ 241,1 milhões.

Segundo a companhia, “os resultados do segundo trimestre foram influenciados de maneira positiva pela redução do mecanismo de redução de alocação de garantia física no MRE, efeito conhecido como GSF na comparação trimestral”. Este fator resultou em um menor volume de compra de energia que, junto ao menor preço spot médio verificado no Sudeste, foram os responsáveis pela queda dos custos com energia no mercado de curto prazo em R$ 214,1 milhões em relação ao mesmo período do ano anterior.

Além disso, a companhia informou que distribuirá 100% deste lucro em dividendos, o que corresponde a R$ 0,062248844 para cada ação ordinária e preferencial, e equivalente a R$ 0,311244220 por unit, totalizando R$ 118.662.946,07. O pagamento será realizado em 27 de setembro de 2016, com os papéis ficando “ex-dividendos” em 10 de agosto. De acordo com o BTG Pactual, os resultados foram em linha com o esperado. 

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Eletropaulo
A Eletropaulo (ELPL4) registrou lucro de R$ 3,45 milhões no segundo trimestre, queda de 92,9% na comparação com um ano antes. Já a receita líquida da companhia caiu 19,3% no período, para R$ 2,8 bilhões, refletindo a queda de 0,3% na energia total distribuída pela companhia no trimestre, para 11 mil gigawatts-hora. Enquanto isso, o Ebitda caiu 27,4% no trimestre, para R$ 228 milhões.

A dívida líquida da Eletropaulo caiu 2,6% no trimestre, para R$ 3,71 bilhões. Com isso, a relação entre dívida líquida e Ebitda chegou a 3,02 vezes, ligeiramente acima da registrada em junho do ano passado, de 2,96 vezes.

A companhia ainda publicou um fato relevante revisando suas projeções para o nível de sobrecontratação e impacto financeiro associado para o ano de 2016. O nível de sobrecontratação estimado passou de 116% para 114%, enquanto o impacto financeiro associado foi revisado de R$ 320 milhões a R$ 375 milhões para R$ 60 milhões a R$ 165 milhões.

Segundo e Eletropaulo, essa reavaliação deriva de uma expectativa de melhora na performance da carga na área de concessão da companhia, ao longo de 2016, de uma retração do mercado de 4% para uma retração entre 3,1% e 3,4% na comparação com o ano de 2015.

Além disso, a companhia revisou o cenário de preços do mercado de curto prazo (PLD), com viés de alta, em função da redução do nível dos reservatórios do Brasil em função da menor afluência que tem sido verificada em 2016 e de recentes revisões da carga pelo Operador Nacional do Sistema (ONS)

Cetip 
A Cetip (CTIP3) viu seu lucro crescer 18,2% no segundo trimestre, apoiado em maiores receitas da unidade de títulos, que se sobrepôs à estagnação na divisão de financiamentos que lida com gravames de veículos. A companhia teve lucro de R$ 140,3 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) foi 18,6% maior na comparação ano a ano, para R$ 220,7 milhões. A Cetip, que em abril anunciou a união de suas operações com a BM&FBovespa, viu sua receita líquida crescer 16,3% ano a ano, para R$ 318,2 milhões. Em termos brutos, a unidade de títulos, que presta serviços de custódia, registro e transações de papéis como debêntures, teve receita 22,3% maior.

Vale 
A mineradora Vale (VALE3;VALE5) comunicou que Clovis Torres assumirá o cargo de Diretor Executivo de Recursos Humanos, Saúde & Segurança, Sustentabilidade e Energia, com efeito imediato. O executivo acumulará também as funções anteriores de Consultor-geral, Diretor de Integridade Corporativa, Fusões e Aquisições e Governança. Vania Somavilla, que ocupava o cargo previamente, está deixando a companhia.

Ainda no radar da empresa, a Vale tem aval a testes em 2º berço de terminal Ponta da Madeira. A autorização da Antaq é para realização de testes de comissionamento no berço do Pier IV do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís. O Píer IV do Terminal de Ponta da Madeira vai permitir carregar dois navios Valemax simultaneamente, com capacidade de até 400.000 toneladas, segundo website da Vale. A “obra do Píer IV é um dos projetos do S11D Logística e é considerada a maior do mundo em infraestrutura portuária”, segundo a companhia.

Petrobras
A Assembleia Geral Extraordinária de Acionistas da Petrobras (PETR3; PETR4) aprovou nesta quinta mudanças no Estatuto Social da empresa. Foi aprovada a criação da nova Diretoria Executiva de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão. Segundo a companhia, caberá ao novo diretor propor as bases, diretrizes e coordenar a elaboração do Plano Estratégico e dos programas anuais e Planos Plurianuais. A nova diretoria também terá a responsabilidade de coordenar a elaboração do Plano Básico de Organização, com a estrutura dos órgãos da companhia e suas normas de funcionamento.

Ainda no noticiário da estatal, a companhia entrou com recurso colegiado da CVM por BR Distribuidora. A área técnica da CVM negou o pedido da Petrobras sobre a inaplicabilidade do artigo 253 da Lei das S.A. na alienação de ações da BR Distribuidora. A Petrobras apresentou recurso ao colegiado e aguarda o julgamento da questão. Ainda não é possível avaliar eventual impacto da decisão na operação, disse a Petrobras. A cVM questionou a Petrobras sobre reportagem do Valor com título: “Petrobras pode ter que dar preferência à minoritário na BR”. 

Light
Segundo o Valor, a Light (LIGT3) estuda a venda de seus ativos de geração para a Aliança Energia, empresa de 1.158 megawatts (MW) em capacidade total instalada que tem como sócios a a Vale e a Cemig (CEMIG4). A transação reduziria o nível de alavancagem da Light, além de transformá-la em uma empresa focada na distribuição de energia. 

Marisa 
A Lojas Marisa (AMAR3) viu seu prejuízo reduzir em 9,2%, caindo de R$ 20,3 milhões um ano atrás para R$ 18,4 milhões no segundo trimestre deste ano. A receita líquida da companhia teve leve avanço de 1,8%, atingindo R$ 624,1 milhões no fim de junho. Já o Ebitda Varejo da companhia recuou 25,7%, encerrando o período em R$ 30,1 milhões.

Segundo a empresa, “o ambiente macroeconômico permaneceu desfavorável e, por consequência, a retomada no crescimento de vendas neste trimestre não ocorreu na velocidade esperada”. 

De acordo com o BTG Pactual, os resultados foram mistos, como esperado, mas com alguns sinais positivos. Eles destacam o forte crescimento em vendas nas mesmas lojas de 3,2% na comparação anual, após sete trimestres consecutivos em terreno negativo. A principal razão para o forte desempenho foi o início do período de promoção. “Estamos agora à espera de uma recuperação do crescimento sustentável de receita e Ebitda antes de nos tornarmos mais positivos sobre a ação”, afirmam os analistas. 

Ser Educacional
A Ser Educacional (SEER3) viu sua receita líquida encerrar o segundo trimestre em R$ 289,60 milhões, o que corresponde a uma alta de 6% em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo balanço divulgado pela companhia na manhã desta sexta-feira (5), crescimento também foi visto no lucro líquido, que fechou o período atingindo a cifra de R$ 63,76 milhões – 4% acima no comparativo anual. Já o Ebitda ajustado foi de R$ 91 milhões entre abril e junho, o que corresponde a uma alta de 16%. A companhia fechou o segundo trimestre de 2016 com uma margem Ebitda (Ebitda/receita líquida) de 31,4% e uma margem líquida (lucro líquido/receita líquida) de 22%.

Tupy
Outra a prestar contas com os investidores foi a Tupy (TUPY3), que viu suas receitas encerrarem o segundo trimestre marcando R$ 850,68 milhões, cifra 6,6% inferior à registrada no mesmo período do ano passado. O Ebitda ajustado entre abril e junho foi de R$ 97,39 milhões, o que corresponde a uma queda de 47,1% no mesmo comparativo. A companhia também registrou prejuízo líquido de 28,78 milhões, ante lucro de R$ 61,41 milhões no mesmo período do ano anterior.

Iochpe-Maxion (MYPK3)
A companhia registrou prejuízo de R$ 7,19 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 70,24 milhões de um ano antes. Já a receita líquida fechou o segundo trimestre em R$ 1,76 bilhão, uma leve alta de 5,7% ante um ano antes, enquanto o Ebit caiu 41,1% no mesmo período, para R$ 101,12 milhões.

Oi
Segundo informações do jornal O Globo, o governo do presidente interino, Michel Temer, já definiu sua proposta para reforma da Lei Geral de Telecomunicações (LGT), de 1997. O texto prevê que os contratos de concessão poderão ser transformados em autorizações. Também deixa claro como serão feitos os cálculos do saldo remanescente dos contratos a ser usado em novos investimentos em banda larga, os chamados bens reversíveis. Na prática, o texto abre espaço para a Oi (OIBR4) reverter mais de R$ 7 bilhões em investimentos para expansão da banda larga, o que aliviaria a situação financeira da companhia. 

Ainda no noticiário da empresa, o Valor informa que a Anatel recorreu à Justiça numa tentativa de impedir que a Oi participe de licitações públicas e, também, para tentar cobrar créditos devidos pela operadora.

Energisa
A Energisa (ENGI11) teve a cobertura iniciada pelo BTG Pactual com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 24,00.

“De todos os nomes que cobrem a indústria, a Energisa tem a maior oportunidade de crescer em base de ativos. Os R$ 1,5 bilhão levantados em oferta de ações no final do mês passado vai financiar o forte plano de investimento da empresa, a maior parte dos quais terão que ser pré-aprovados pela Aneel”.

Santander
O Santander Brasil (SANB11) informou que não houve celebração de compromisso com Citi. “Não houve, até o momento, a celebração de qualquer compromisso vinculante a respeito do tema, razão pela qual entendemos não haver fato relevante a ser divulgado ao mercado neste momento”, disse o banco em resposta a pedido de esclarecimento da CVM sobre reportagem da Agência Estado dizendo que Santander havia apresentado proposta vinculante pelo Varejo do Citi.

O Santander “analisa oportunidades de investimento sempre que estejam em consonância com a sua estratégia de negócios, como a mencionada na notícia”. O Valor Econômico disse nesta sexta-feira que ao menos o Santander Brasil apresentou proposta vinculante pela operação de varejo do Citi no Brasil, citando uma fonte não identificada a par do assunto. 

Par Corretora
A Par Corretora (PARC3) indicou Alexandre Monteiro Siqueira para presidente do conselho, elege João Francisco da Silveira Neto para presidente da companhia, de acordo com comunicado ao mercado.

(Com Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.