Os 5 assuntos que vão agitar o mercado nesta quinta-feira

Veja o que de mais essencial você precisa saber antes de começar a operar nesta quinta

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – Nesta quinta-feira (4), o mercado voltou todas as atenções para a decisão de juros do banco central da Inglaterra que, como o esperado, cortou a taxa de juros pela primeira vez em sete anos, a 0,25% ao ano, para fazer frente aos riscos pós-“Brexit”. Com isso, as bolsas europeias ganharam forças nesta manhã. Por aqui, os investidores continuam de olho no Congresso, aguardando pela votação do parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG), recomendando continuidade do processo de impedimento da presidente afastada Dilma Rousseff na Comissão Especial de Impeachment. Confira o que é destaque nesta quinta:

1. Bolsas mundiais
Grande evento desta quinta-feira, a decisão do Bank of England foi como o esperado pelos mercados: a
autoridade monetária cortou a taxa de juros pela primeira vez em sete anos, para 0,25% ao ano, chegando a uma mínima histórica, além de ampliar o plano de flexibilização monetária. Com essa decisão, as bolsas europeias ganharam forças; porém, o grande destaque ficou para a libra, que passou a cair mais de 1% ante o dólar após a decisão. Já o petróleo recua cerca de 1%, após subir 3% na véspera. 

Na Ásia, os mercados fecharam antes da decisão do BoE. A maior variação ficou para o índice Nikkei, que subiu mais de 1% com o enfraquecimento do iene. Vale destacar que o  vice-presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Kikuo Iwata, disse nesta quinta-feira que o BC japonês não tem uma agenda predeterminada para a ampla reavaliação que pretende fazer de sua política na reunião de setembro. “Permita-me deixar claro que não temos nenhuma diretriz futura específica de política monetária no momento”, declarou Iwata, durante discurso a líderes empresariais em Yokohama. As bolsas chinesas avançam, enquanto o índice Hang Seng, em Hong Kong, recupera-se após maior perda em 5 semanas. Entre os dados econômicos, a China registrou superávit em conta corrente de US$ 59,4 bilhões no segundo trimestre, mas o resultado foi contrabalançado por um déficit de mesmo valor na conta capital e financeira, segundo dados preliminares da Administração Estatal de Câmbio (Safe, na sigla em inglês).

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

 Às 08h21, este era o desempenho dos principais índices:

* FTSE 100 (Reino Unido) +0,86%

* CAC-40 (França) +0,70%

Continua depois da publicidade

*DAX (Alemanha) +0,92%

* Nikkei (Japão) 225 +1,07% (fechado)

*Xangai (China) +0,14% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) +0,43% (fechado)

*Dow Jones Futuro (EUA)+0,01%

*Petróleo brent -0,81%, a US$ 42,75 o barril

2. Comissão do impeachment
A votação do relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que recomendou a continuidade do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff pela Comissão Especial de Impeachment no Senado será realizada hoje às 9h. O horário foi antecipado por conta dos jogos de futebol que ocorrerão na Olimpíada e que estão programados para ocorrer nesta quinta em Brasília.  

3. Agenda política e econômica
Nesta quinta, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se encontra com grupo de investidores às 10h30, segundo sua agenda oficial, que não cita nomes. À tarde, será a vez do presidente do BC, Ilan Goldfajn, que também se reúne com presidente da Petrobras, Pedro Parente. No cenário político-econômico, destaque ainda para as divergências entre o presidente interino Michel Temer e o PSDB em meio à proposta de renegociação da dívida dos estados. Segundo o jornal Estadão, o PSDB está pressionando Temer para deixar de praticar “bondades”. A irritação dos tucanos, no entanto, não é motivada apenas pelo zelo do partido pelas contas públicas. Parte é alimentada pelos movimentos em prol da reeleição do presidente-interino Michel Temer, expostos pela entrevista do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Além disso, destaque para a Operação Lava Jato: o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, deve falar hoje à força-tarefa da operação. 

4. De olho no InfoMoney
Nesta quinta, o destaque do InfoMoney é a entrevista com o economista Bernard Appy, ex-secretário de Política Econômica e de Reformas Econômico Fiscais do ministério da Fazenda. Ele afirmou que será muito difícil enfrentar a crise fiscal no curto prazo sem aumento temporário de impostos. De todo modo, o especialista acredita que o maior desafio está no longo prazo e terá que passar necessariamente por uma reforma na Previdência que discuta idade mínima, desindexações e equalização dos diversos regimes. Confira clicando aqui. 

5. Destaques corporativos
A noite de quarta-feira foi bastante agitada com destaque para a notícia da Reuters de que a Cemig estuda vender uma fatia de 6,5% da sua participação de 43,36% na Taesa por um valor de R$ 500 milhões. Entre os resultados, a Magazine Luiza viu seu lucro disparar 243%, para R$ 10,4 milhões, enquanto a Multiplus teve alta de 25% no lucro, a R$ 136,5 milhões. Já a Mills, viu seu prejuízo disparar 156%, atingindo R$ 20,9 milhões. Divulgaram balanços ainda a Totvs, Sanepar e mais 2 empresas. Para conferir os detalhes, clique aqui.

Agenda InfoMoneyTV para quinta-feira:

Leia também

Lagarde diz que inflação deve continuar a cair, mas que há riscos para ambos os lados

Ao reforçar em discurso que o BCE não se compromete previamente com uma determinada trajetória de juros, Lagarde citou as tensões geopolíticas como um dos fatores de risco

Relutância em corte de juros pelo Fed preocupa pares globais nas reuniões do FMI

Autoridades monetárias dos outros países insistem que tomam decisões independentemente do Fed e baseadas nas condições locais, mas a mudança do cenário nos EUA interfere em variáveis mundo afora

Tópicos relacionados

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.