Credit eleva Brasil, vê Bolsa a 60.000 pontos, mas dá 3 motivos para ainda não estar muito otimista

Em relatório, o banco suíço reviu sua alocação na América Latina, elevando recomendação dos ativos brasileiros de underweight para market weight

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Credit Suisse atualizou sua recomendação para alocação na América Latina nesta segunda-feira (1). A principal mudança foi a elevação da projeção do Ibovespa, de 50.000 pontos para 60.000 pontos, e recomendação, que passou de underweight (desempenho abaixo da média) para market weight (desempenho em linha com a média). 

Apesar da revisão para cima, os analistas do banco ressaltaram que ainda não conseguem “ficar mais otimistas” com o País e deram 3 motivos para isso. São eles: visão mais cautelosa do que o consenso para o fiscal, inflação, corte de juros e câmbio para 2017; uma perspectiva negativa para o minério de ferro, que tradicionalmente tem alta correlação com a Bovespa; e valuation ainda “mixed”, com projeção de LPA (Lucro Por Ação) negociando com prêmio em relação à média histórica, mesmo assumindo uma recuperação nos lucros para o próximo ano. 

No relatório, eles destacaram que a visão mais positiva para o Brasil é consequência, principalmente, de uma redução do CDS (Credit Default Swap) – espécie de seguro contra calote do País – de 10 anos de 400 pontos-base para 350 pontos-base. Segundo eles, a mesma razão que está fazendo com que o analistas também revisem o custo de capital próprio das empresas – de 17% para 15%. Além disso, eles ressaltaram que estão mais animados com o desempenho melhor do que esperado do minério de ferro, percepção de risco menor de contagio da China, condições mais favoráveis de liquidez global, e aumento das evidências de que a economia e as estimativas de lucros estão no fundo. 

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Com base nessa perspectiva, os estrategistas do banco montaram algumas cestas de ações, destacando as empresas que poderiam se beneficiar dos cenários abaixo:

1) Ações que ganham com a apreciação do real: Gol (GOLL4), Hypermarcas (HYPE3), Lojas Renner (LREN3), Multiplus (MPLU3), Natura (NATU3), Oi (OIBR4), Petrobras (PETR3; PETR4), Sabesp (SBSP3), Smiles (SMLE3), TIM (TIMP3) e Telefônica Brasil (VIVT4). 

2) Ações que ganham com a recuperação econômica: Aliansce (ALSC3), Lojas Marisa (AMAR3), BR Malls (BRML3), CPFL Energia (CPFE3), Copel (CPLE6), CSN (CSNA3), Cyrela (CYRE3), Direcional (DIRR3), Eletropaulo (ELPL4), Energias do Brasil (ENBR3), Even (EVEN3), Eztec (EZTC3), Gerdau (GGBR4), Light (LIGT3), Mills (MILS3), OdontoPrev (ODVP3), Porto Seguro (PSSA3), Randon (RAPT4), Sabesp (SBSP3), Sonae Sierra (SSBR3), Totvs (TOTS3), Ultrapar (UGPA3), Usiminas (USIM5) e ViaVarejo (VVAR11).

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3) Beneficiadas pela queda da Selic: BR Malls (BRML3), BR Properties (BRPR3), B2W (BTOW3), Cemig (CMIG4), CPFL Energia (CPFE3), Copel (CPLE6), Cosan (CSAN3), CSN (CSNA3), Eletropaulo (ELPL4), Energia do Brasil (ENBR3), Iguatemi (IGTA3), Lojas Americanas (LAME4), Light (LIGT3), Localiza (RENT3), Sabesp (SBSP3), Ultrapar (UGPA3) e Usiminas (USIM5).

4) Candidatas a ganhar com ambiente de fusões e aquisições no País: BR Properties (BRPR3), Banrisul (BRSR6), CCR (CCRO3), Cielo (CIEL3), CPFL Energia (CPFE3), Engie (EGIE3), Equatorial (EQTL3), Gol (GOLL4), Hypermarcas (HYPE3), JBS (JBSS3), Kroton (KROT3), Linx (LINX3), Oi (OIBR4), Petrobras (PETR3; PETR4), Ser Educacional (SEER3), TIM (TIMP3) e Ultrapar (UGPA3).