Siderúrgicas disparam até 8%, Vale sobe 3% e Embraer cai em meio à enxurrada de más notícias

Confira os principais destaques de ações da Bovespa nesta segunda-feira

Paula Barra

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10h50: Qualicorp (QUAL3, R$ 21,53, +0,14%)
As ações da Qualicorp têm leve alta antes da divulgação de resultado – hoje após o fechamento do pregão. Segundo o BTG Pactual, o cenário macroeconômico continua pesando, com o mercado de trabalho ainda em queda, o que deve afetar o crescimento de base neste trimestre. Para os analistas, a margem Ebitda (Ebitda/Receita Líquida) da companhia deve seguir contraindo, 1,3 ponto percentual neste trimestre, para 39,7%, com Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) indo para R$ 181,6 milhões (alta de 9% na comparação anual) e 8,5% a frente do consenso. 

10h42: Cielo (CIEL3, R$ 37,14, +1,06%)
As ações da Cielo sobem antes da divulgação do balanço do 2° trimestre, que ocorrerá após o fechamento deste pregão. Para o BTG Pactual, a companhia deve mostrar mais um bom trimestre, com volumes e yields desacelerando um pouco ante o 1° trimestre, mas com pré-pagamentos ainda forte (penetração de 20%) e ambiente competitivo saudável. O lucro líquido esperado pelo banco para a Cielo é de R$ 989 milhões no período, representando uma alta de 14% na comparação com o trimestre anterior. 

10h41: Embraer (EMBR3, R$ 14,68, -1,01%)
As ações da Embraer abriram em alta, mas em poucos minutos perderam força e viraram para queda, em meio à maré de más notícias. A companhia teve hoje sua recomendação rebaixada de compra para manutenção pelo HSBC. A revisão ocorre após as ações da companhia fecharam em queda de 15,45% na última sexta-feira, com resultado e também com informações sobre propinas pagas a uma autoridade na República Dominicana. 

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Segundo reportagem de A Folha de S. Paulo, um delator afirmou ao Ministério Público que a cúpula da companhia autorizou pagamento de suborno a uma autoridade na República Dominicana durante negociações para venda de oito aviões Super Tucano, entre 2008 e 2009. O jornal cita que a empresa pagou US$ 3,5 milhões de propina ao coronel aposentado da Força Áerea Carlos Piccini Nunez, que dirigia a área de projetos especiais do Exército dominicano na época. O caso foi descoberto pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que informou a empresa e as autoridades brasileiras sobre os delitos em 2010.

10h37: Hypermarcas (HYPE3, R$ 27,05, -1,46%)
A Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) propôs que a operação de venda do negócio de preservativos da Hypermarcas para a Reckitt Benckiser (RB) seja impugnada. A transação, envolvendo a Nances Holdings, subsidiária da Hypermarcas, e a RB, foi anunciada em janeiro deste ano e está avaliada em R$ 675 milhões. Para sustentar tal parecer, a área técnica do Cade alega problemas de concentração no mercado de lubrificantes íntimos, além de uma forte relação entre as marcas deste segmento com os produtos vendidos no mercado de preservativos masculinos. 

10h21: Vale e siderúrgicas 
As ações da Vale (VALE3, R$ 19,02, +2,81%; VALE5, R$ 15,36, +2,33%) e Bradespar (BRAP4, R$ 11,06, +2,41%) – holding que detém participação na Vale – sobem forte hoje, com os contratos futuros do minério de ferro, que seguiam em alta após rali de 7,6% na última semana. 

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Os papéis das siderúrgicas também acompanhavam o bom humor e subiam forte, com Usiminas (USIM5, R$ 4,06, +8,27%), Gerdau (GGBR4, R$ 7,98, +3,10%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 2,82, +3,68%) e CSN (CSNA3, R$ 11,28, +1,90%). 

No radar, a Samarco, joint venture entre a Vale e a BHP Billiton, estuda a reutilização do Vale do Fundão – área de Mariana (MG) onde uma barragem rompeu em novembro como reservatório de rejeitos de minério, segundo informações de A Folha de S. Paulo. A alternativa foi apresentada pela empresa em um estudo de impacto ambiental elaborado em junho, sete meses depois da tragédia em Mariana. 

10h18: Cesp (CESP6, R$ 13,86, -0,43%) 
As ações da Cesp têm leve queda nesta manhã, após ser divulgada a primeira prévia da nova carteira do Ibovespa, que vai vigorar entre os meses de setembro e dezembro. As ações da elétrica foram retiradas da nova carteira do índice na primeira prévia. A segunda prévia do Ibovespa está prevista para ser divulgada dia 17 de agosto e a terceira e última dia 2 de setembro. 

10h10: Petrobras (PETR3, R$ 14,09, +0,64%; PETR4, R$ 11,90, +0,25%)
As ações da Petrobras têm alta nesta manhã, apesar do recuo dos preços do petróleo no mercado internacional. O contrato Brent registrava queda de 1,33%, a US$ 42,95 o barril, enquanto o WTI caía 1,35%, a US$ 41,01 o barril.

No radar da companhia, a mexicana Alpek pode gerar até US$ 700 milhões por ativos petroquímicos da Petrobras, disse uma fonte com conhecimento direto do assunto à Reuters nesta sexta-feira. A estatal anunciou na quinta-feira o início de um período de exclusividade de 60 dias para negociar com a Alpek a venda da PetroquímicaSuape e da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco, conhecida como Citepe. O período de exclusividade é prorrogável por outros 30 dias. A Petrobras não comentou o assunto à Reuters. A Alpek não respondeu a um e-mail pedindo comentários. 

A gestão da companhia segue focado na venda de ativos, na redução do endividamento, em fazer caixa (com o elevado prêmio de gasolina e diesel) e um dólar mais baixo tem ajudado a empresa a “melhorar” seu caixa, comentou a equipe de análise da XP Investimentos. “Esses são fatores positivos para o ativo, que vem apresentando forte desempenho nos últimos meses e deve permanecer com tendência positiva”, disseram.

10h05: Natura (NATU3, R$ 32,97, -0,99%)
As ações da Natura têm ligeira correção após subirem 22% em dois dias, entre balanço e elevação de recomendação pelo Credit Suisse de underperform (desempenho abaixo do mercado) para neutro na semana passada. Temos monitorado as novas ações da gestão e acreditamos que nos últimos meses elas têm ganhado tração. Entendemos que o resultado do segundo trimestre [divulgado na véspera] ainda foi fraco, mas mostrou uma melhora, principalmente nas tendências de vendas no Brasil e controle de custos administrativos. Com o resultado ainda ruim, reduzimos nossa expectativa de lucros em 32% e 13% para 2016 e 2017, respectivamente. Mesmo com o lucro abaixo do consenso, ainda esperamos crescimento de 55%, o que pode parecer muito, mas achamos factível uma vez que devemos ter crescimento do Ebitda e queda das despesas financeiras. A nossa nova projeção assume Ebitda crescendo 14% em 2017 na comparação anual;  ou seja, o mesmo nível reportado pela empresa em 2013″, afirma.