Dado dos EUA pode derrubar o dólar; mais 3 eventos agitam a semana

Mercado ficará de olho em decisões de política monetária, sem deixar de observar outros indicadores importantes como os PMIs da China

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Em semana bastante fraca, o Ibovespa praticamente não se movimentou apesar de eventos importantes para o mercado como a decisão do Fomc (Federal Open Market Committee) de manter inalterados os juros nos Estados Unidos. Para os próximos dias, os investidores ficarão atentos principalmente ao Relatório de Emprego dos EUA, que pode dar um sinal mais assertivo sobre a possibilidade de elevação dos juros na maior economia do mundo. 

Segundo José Faria Jr., diretor técnico da Wagner Investimentos, os nonfarm payrolls podem enterrar de vez a possibilidade dos EUA subirem os juros este ano. “Enquanto as apostas para aumento de juros nos EUA em dezembro estiverem abaixo de 70%, e hoje estão abaixo de 40%, teríamos que ter pelo menos uns dois relatórios com dados acima do esperado para ressuscitar a possibilidade de alta”, afirma. Na sua visão, a conjunção de comunicado menos “hawkish” (agressivo, no sentido de elevar juros) do Fomc na quarta, PIB (Produto Interno Bruto) mais fraco que o esperado e payroll decepcionando pode reduzir a praticamente zero as apostas de alta de juros, o que deve levar o dólar a cair. Até o fim do ano, ele vê o dólar caindo para um patamar entre R$ 3,00 e R$ 3,10, mas acredita que se os EUA continuarem sinalizando que não vão subir juros e o nosso Banco Central continuar falando firme contra a inflação, o câmbio pode ir até abaixo disso. 

Por aqui, destaque para o fim do “recesso branco” no Congresso. Parlamentares vão voltar às atividades, mas segundo relatório do BofA (Bank of America Merril Lynch), não se devem esperar notícias relevantes sobre política fiscal. Para os analistas do banco, o Congresso retoma as atividades, mas não votará medidas importantes até que o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff seja concretizado no plenário do Senado.   

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Confira os principais eventos da agenda da próxima semana:

Relatório de emprego dos EUA
Principal indicador observado pelo Fed antes de subir os juros nos EUA, o relatório deve registrar uma criação de 185 mil vagas, de acordo com a expectativa mediana do mercado. Ainda vale a pena olhar para os ganhos por hora trabalhada, que devem ter um novo avanço de 0,2% e para a taxa de desemprego, que economistas projetam que cairá para 4,8%. O indicador será divulgado às 9h30 da sexta-feira (5).

Dados da China
Na noite de domingo (31) serão divulgados três importantes indicadores na China, os PMIs (Índices Gerentes de Compras) da indústria e de serviços da agência estatal NBS, que saem às 22h (horário de Brasília), e o PMI de manufaturas da Markit/Caixin às 22h45. O mais importante, para nós brasileiros, é acompanhar o PMI da indústria chinesa, para o qual se espera uma manutenção em 50 pontos pela NBS e uma alta dos 48,6 pontos para os 48,8 pontos em julho pela Markit/Caixin. 

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Banco central da Inglaterra 
A reunião da autoridade para definir sua política monetária ganha mais atenção por ser a segunda após o “Brexit”. Na primeira, a autoridade monetária sinalizou que precisava avaliar a situação antes de tomar alguma atitude. Agora, os investidores esperam um corte na taxa de juros britânica dos atuais 0,5%. Na terça-feira, o Financial Times noticiou que Martin Weale, membro do comitê que decide a política monetária do BOE (Bank of England), disse que agora está a favor de um estímulo imediato.

Volta do recesso (Brasil)
Após duas semanas de recesso branco, o Congresso Nacional volta a trabalhar com importantes medidas e projetos de lei importantes na pauta, como é o caso da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do teto de gastos e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.  

Para ver a agenda completa da semana que vem, clique aqui.