Ibovespa Futuro sobe antes de Fomc e com Japão sinalizando estímulo de 28 trilhões de ienes

Pré-market mostra otimismo ante a possibilidade de um grande pacote de estímulos na segunda maior economia da Ásia

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta quarta-feira (27) com os mercados globais olhando principalmente para o comunicado da decisão do Fomc (Federal Open Market Committee) hoje à tarde. As apostas de aumento de juros do mercado estão em 10% para essa reunião e 49% para a de dezembro. Os investidores se animam no mundo todo com as declarações do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, de que um plano de estímulo econômico de mais de US$ 265 bilhões deve ser compilado na próxima semana. O banco central do Japão se reúne na sexta-feira (29). 

Às 9h16 (horário de Brasília), o contrato futuro do índice para agosto subia 0,24%, a 57.440 pontos. Já o dólar futuro para o mesmo mês tem alta de 0,12% a R$ 3,285. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2018 cai 1 ponto-base a 12,86%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 recua 2 pontos-base a 12,06%. 

Entre as commodities, o minério de ferro spot com 62% de pureza e entrega no porto de Qingdao subiu 0,94% a US$ 58,63 a tonelada seca. Já o petróleo cai 1,07% a US$ 44,39 o barril do Brent. 

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Cenário externo
Enquanto os mercados mundiais ficam de olho na tão esperada reunião do Fomc – com baixa probabilidade de alta de juros, mas com os olhos voltados para o comunicado – o Japão rouba a cena mais uma vez. No país, declarações do primeiro-ministro Shinzo Abe de que um plano de estímulo econômico de mais de 28 trilhões de ienes (US$ 265 bilhões) deve ser compilado na próxima semana derrubam o iene e aguçam expectativas para reunião do BOJ na sexta-feira; o índice Nikkei fechou com ganhos de 1,7%. Já na China, o índice Xangai Composto caiu forte com notícias sobre possíveis restrições aos produtos de gestão de fortunas, que se somam aos receios de que esforços regulatórios para reduzir riscos no sistema financeiro limitarão fluxos para o mercado de ações.

Já as bolsas europeias registram ganhos, com os mercados também repercutindo o PIB do Reino Unido, que surpreendeu positivamente, sugerindo que os britânicos ficaram indiferentes antes do plebiscito que definiu a saída do país da União Europeia (o chamado Brexit), há cerca de um mês. Dados do Escritório para Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês) mostram que a atividade subiu 0,6% entre abril e junho ante o trimestre imediatamente anterior e teve expansão de 2,2% na comparação anual. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam alta de 0,4% no segundo trimestre ante os três meses anteriores e ganho anual de 2%.

FOMC
O Federal Open Market Committee divulga a sua decisão de juros na quarta às 15h. O mercado espera que a banda dos juros nos EUA seja mantida entre 0,25% e 0,50%. De acordo com o head da Valor gestora de recursos, William Castro Alves, uma grande mudança de sinalização no comunicado, tomando uma direção mais “hawkish” (agressiva, no sentido de combater a inflação com apertos monetários) pode ser o estopim para um retorno da volatilidade aos mercados após a “inércia” dos últimos pregões. Por essas e outras, esse Fomc é o evento mais importante da semana no cenário macroeconômico externo e deve ser acompanhado de perto pelos investidores. 

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Agenda doméstica
Entre os indicadores, hoje às 16h saem os dados de saldo de empregos do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). A expectativa é de fechamento líquido de 62,9 mil postos de trabalho em junho. Já o ministro da Fazenda Henrique Meirelles se reúne com presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, às 9h. Depois, ele tem reunião com o presidente da Petrobras,  Pedro Parente, às 10h, e com ministro-chefe da Casa Civil, Elisseu Padilha, às 17h.

De olho no InfoMoney
Às 11h15 (horário de Brasília), o InfoMoney revelará a terceira empresa do “Painel de Small Caps”. Durante a semana, apresentaremos 5 ações de baixo valor de mercado que, na opinião dos especialistas que farão o painel, oferecem uma grande oportunidade de valorização. A primeira empresa foi a São Martinho (SMTO3) e a segunda foi a Senior Solution (SNSL3). Além disso, destaque para a entrevista exclusiva do portal com o chefe da área de vendas do JP Morgan, Giuliano de Marchi, que ressalta a importância de olhar para outros mercados, além do brasileiro. 

Destaques corporativos
A Telefônica Brasil teve lucro líquido de R$ 699,5 milhões no segundo trimestre, queda de 23,2%, com uma receita de R$ 10,5 bilhões. O resultado foi atribuído a compra da GVT em 2015, quando a empresa fez um aumento de capital de R$ 16,1 bilhões. Sem isso, o lucro teria ficado estável. Ainda no noticiário, a EzTec divulgou sua prévia do segundo trimestre, reportando uma queda de 27% em seus lançamentos no segundo trimestre, atingindo R$ 91 milhões. Na comparação com o mesmo período do ano passado, as vendas líquidas caíram 78%, para R$ 29 milhões. Já o Santander Brasil, maior banco estrangeiro no país, anunciou lucro líquido de R$ 1,806 bilhão no trimestre – 8,8% superior em relação aos ganhos nos três meses anteriores  (para ver mais detalhes, clique aqui)

O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.

Assista à programação do InfoMoney TV desta quarta-feira: 

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