Sindicatos de petroleiros fazem mobilizações contra venda de ativos da Petrobras

De acordo com a Federação Única dos Petroleiros, as mobilizações ocorreram na Bahia, no Rio de Janeiro e também no Rio Grande do Sul

Estadão Conteúdo

Publicidade

Sindicatos de petroleiros de três Estados realizaram nesta terça-feira, 26, uma série de mobilizações contra a venda de ativos da Petrobras. Os sindicalistas realizaram piquetes em frente a refinarias e fecharam rodovias próximas à instalações da estatal. Na última sexta-feira, a petroleira anunciou que busca um sócio para compartilhar o controle da BR Distribuidora, responsável pela revenda de combustíveis no País.

De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), as mobilizações ocorreram na Bahia, no Rio de Janeiro e também no Rio Grande do Sul. “Estamos na luta em defesa de uma Petrobras integrada, contra a venda dos ativos, dos campos maduros, da Transpetro e da BR Distribuidora. Hoje nos manifestamos e convocamos toda categoria a reagir em defesa das empresas brasileiras e de nosso País”, afirmou o diretor do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, Marcos Breda, em nota publicada pela entidade.

No Rio, as mobilizações ocorreram na rodovia RJ-106, no acesso ao Terminal Cabiúnas, em Macaé. A unidade recebe e armazena a carga de óleo oriundo da produção da Bacia de Campos. Também participaram da manifestação integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Agrícolas (Contag).

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Já na Bahia, a mobilização parou o trânsito na BR-101, uma das mais movimentadas do Estado. O grupo de sindicalistas protestou contra a venda de campos maduros na região Nordeste, já anunciada pela Petrobras. No Rio Grande do Sul, trabalhadores da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) realizaram piquete em frente à unidade, questionando a venda de ativos e impasses no acordo coletivo de trabalho.

Os sindicatos estaduais já deliberam em assembleias a realização de uma greve, no dia 5 de agosto, por tempo determinado. O movimento é encabeçado pelos Estados do Nordeste, como Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe e Pernambuco, onde há campos maduros terrestres sendo negociados com investidores privados. A expectativa é realizar uma greve de cinco dias.

“O momento é bastante complexo e precisamos estar em permanente mobilização para enfrentarmos as tentativas de desmantelar a Companhia, através da anunciada intenção de vender parte dos seus ativos”, afirmou José Maria Rangel, diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), em nota.