Ibovespa Futuro segue cautela das bolsas mundiais; DIs sobem após ata do Copom

Pré-market volta a mostrar desempenho próximo da estabilidade com perda de força do rali recente

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em leve alta nesta terça-feira (26) após ter uma correção ontem. O desempenho do índice ainda acompanha a cautela mostrada pelas bolsas internacionais em semana de agenda cheia por decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Japão. A temporada de resultados também é um vetor de volatilidade lá fora, com balanço da BP trazendo forte queda às ações do setor de Óleo e Gás. Por aqui, o mercado acompanhou a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que manteve o tom mais “hawkish” (agressivo, no sentido de um combate mais duro à inflação), ressaltando que não há espaço para uma flexibilização monetária.  

Às 9h14 (horário de Brasília), o contrato futuro do Ibovespa para agosto tinha leve alta de 0,03%, a 57.390 pontos. Já o dólar futuro para o mesmo mês tem queda de 0,36% a R$ 3,285. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2018 avança 3 pontos-base a 12,86%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 caía 4 pontos-base a 12,05%. 

Entre as commodities, o minério de ferro spot com 62% de pureza e entrega no porto de Qingdao subiu 2,15% a US$ 58,08 a tonelada seca. Já o petróleo teve baixa de 1,01% a US$ 44,27 o barril do Brent. 

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Ata do Copom
Em ata da última reunião do Copom, o comitê diz que há perspectiva de progresso no combate à inflação com queda nas expectativas. O documento, contudo, diz que a desinflação ocorre em velocidade aquém da almejada e que alguns membros esperavam uma queda maior nos números do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O texto ressaltou o que já havia dito na ata anterior, de que não há espaço para flexibilizar a política monetária.

“O Copom concluiu que, tomados em conjunto, o cenário básico e o atual balanço de riscos indicam não haver espaço para flexibilização da política monetária”, informa o Copom. Como destaque, todos os membros do comitê chamaram atenção para a presença de risco externo.

Ipsos
A convocação de novas eleições como alternativa ao impasse político brasileiro continua o cenário preferido dos brasileiros ouvidos pelo instituto de pesquisa Ipsos. Segundo levantamento feito entre os dias 1º e 12 de julho, para 38% o melhor para o Brasil seria que o presidente interino, Michel Temer, convocasse novas eleições, ao passo que para 14% o ideal seria que a presidente afastada Dilma Rousseff voltasse ao poder e convocasse o pleito. No entanto, apenas 20% querem que a petista volte e conclua seu mandato, contra 16% que apoiam a permanência do peemedebista até 2018. 12% dos 1.200 entrevistados em todo o país não souberam ou não quiseram responder. 

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Mais BC
Vale lembrar que hoje o BC vai ofertar um lote de 10.000 contratos de swap cambial reverso entre as 9h30 e as 9h40 com resultado às 9h50. Também fica no radar doméstico o relatório do BC com as transações correntes brasileiras em junho. Espera-se um déficit de R$ 1,4 bilhão nas contas que incluem balança comercial, investimentos estrangeiros e remessas de moeda. 

Dados dos EUA
Os Estados Unidos divulgam uma série de dados a partir das 10h. Primeiro é o S&P/Case-Shiller Home Price, que avalia a trajetória dos preços das casas. A expectativa é de que a média móvel trimestral fique em 5,4%. Também saem as vendas de novas moradias, cuja expectativa é de 560 mil vendas. Por fim, os americanos também divulgam a confiança do consumidor, que deve apresentar uma retração de 98 pontos para 96 pontos em julho. 

Painel de Small Caps
Às 11h15 (horário de Brasília), o InfoMoney mostrará a segunda empresa do “Painel de Small Caps“. Durante a semana, apresentaremos 5 ações de baixo valor de mercado que, na opinião dos especialistas que farão o painel, oferecem uma grande oportunidade de valorização. A primeira entrevista do “Painel de Small Caps – InfoMoney” teve como convidado o gestor João Braga, que ajuda a administrar R$ 1,2 bilhão na XP Gestão, e trouxe uma análise detalhada de São Martinho (SMTO3), empresa do setor de açúcar e álcool. Confira clicando aqui.

Destaques corporativos
Um acidente químico na refinaria de Pasadena, da Petrobras, ligou alerta para moradores da região de Houston, no Texas e pode ser mais um fator de problemas para a estatal. Além disso, segundo Lauro Jardim, a companhia pretende criar um programa de demissão voluntária especial para os funcionários da BR Distribuidora. Ainda no noticiário corporativo, a viu seu lucro líquido crescer 10,5%, para R$ 174,8 milhões, no segundo trimestre, enquanto a Saraiva decidiu retirar o sócio Mu Hak You, do fundo GWI, do cargo de conselheiro da companhia, e destituir AnaRecart do conselho fiscal. Para completar, o Planalto informou que o presidente Michel Temer vetou o projeto que permitia que estrangeiros controlassem 100% das companhias aéreas, mantendo o percentual atual de 20% (para ver mais detalhes, clique aqui).

Cenário externo
A sessão é mais uma vez de cautela para as bolsas europeias, com os mercados do continente repercutindo a temporada de resultados do segundo trimestre e na expectativa pela reunião do Fomc (Federal Open Market Committee). As ações do setor de petróleo e gás lideram as perdas do continente após a BP revelar queda de 45% no lucro; os papéis da companhia caem mais de 2%. Entre as moedas, a libra caiu 0,11% ante o dólar após o Financial Times relatar que Martin Weale, membro independente do comitê de política monetária do BoE, mudou de ideia e agora defende estímulo imediato para economia britânica, porque Brexit a abalou mais do que previsto.

Na Ásia, o dia foi de queda para o japonês Nikkei, em meio a alta do iene e o recuo dos papéis de empresas exportadoras, que sobe frente a todos os seus 16 pares, com apostas de estímulos econômicos, antes da reunião do BOJ, no dia 29. O ministro das Finanças do Japão, Taro Aso, disse que governo ainda tem de decidir sobre tamanho de um pacote de gastos fiscais e o jornal Nikkei relatou que plano incluiria 6 trilhões de ienes (US$ 58 bilhões) em novos gastos; apenas cerca de 2 trilhões de ienes estariam em orçamento suplementar para este ano. Já as ações em Hong Kong subiram ao maior patamar do ano, com empresas ligadas a jogos recuperando receitas, enquanto o índice Xangai Composto teve a maior alta em duas semanas.

O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.

Assista à programação ao vivo do InfoMoney TV: 

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