Os 5 assuntos que vão agitar o mercado nesta sexta-feira

Veja o que de mais essencial você precisa saber antes de começar a operar nesta sexta

Paula Barra

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SÃO PAULO – Além dos indicadores econômicos, esta sexta-feira (22), é de grande importância para os investidores locais, pois pode confirmar o “a compra da década” no Ibovespa com o rompimento dos 56 mil pontos no gráfico semanal como foi alertado aqui no InfoMoney no começo da semana. Caso seja ultrapassado, o índice vai quebrar um longo canal de baixa iniciado em 2010. Pode também mexer na Bolsa os PMIs (Índices Gerentes de Compras, na sigla em inglês) da zona do euro. No campo doméstico, o Congresso segue em recesso branco que começou no dia 18 e dura até 29 de julho, mas o cenário político segue movimentado. Confira o que é destaque nesta sexta-feira:

1. Bolsas mundiais
O dia mais uma vez é de cautela para a maior parte das bolsas mundiais, de olho nas falas de autoridades do Bank of Japan, que parecem mais cautelosas com a ideia de ampliar os estímulos à economia. O Nikkei teve queda de mais de 1% nesta sessão após 
alta do iene na véspera, com investidores menos otimistas com possibilidade de adoção do “dinheiro de helicóptero” – estratégia pela qual governo emite títulos perpétuos, sem data de vencimento, não negociáveis em mercado e sim comprados diretamente pelo BC.

Já na Europa, o foco ficou para os PMIs: o PMI Composto preliminar da zona do euro medido pelo Markit caiu para 52,9, ante 53,1 em junho, leitura mais baixa desde janeiro de 2015, mas acima da expectativa do mercado de 52,5. Leitura acima de 50 indica crescimento. Já o PMI composto na França fica em 50, limite entre expansão e contração, enquanto cai abaixo de 50 no Reino Unido, na sequência do Brexit.

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 Às 07h54, este era o desempenho dos principais índices:

* FTSE 100 (Reino Unido) +0,36%

* CAC-40 (França) +0,13%

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*DAX (Alemanha) -0,07%

* Nikkei (Japão) 225 -1,09% (fechado)

*Xangai (China) -0,87% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) -0,16% (fechado)

*Dow Jones Futuro (EUA) -0,42%

*Petróleo brent +0,35%, a US$ 46,36 o barril

2. Cenário político
O mercado também deve repercutir as falas dos ex-marqueteiros do PT. O publicitário João Santana e sua mulher, Mônica Moura, admitiram na quinta-feira (21) em audiência com o juiz Sergio Moro que receberam dinheiro de caixa dois para a campanha eleitoral de Dilma Rousseff de 2010. Ainda no cenário político, destaque para a notícia da Folha de S. Paulo de que o presidente interino Michel Temer prepara uma espécie de “pacote de bondades” para o Congresso Nacional com o objetivo de aprovar propostas econômicas de interesse da administração federal e sacramentar o impeachment de Dilma. Além disso, o relatório bimestral de receitas e despesas do governo deve ser divulgado hoje. 

3. Bolsa pode confirmar o “call da década”
Desde segunda-feira (18), o Ibovespa abriu caminho para o “call da década”, que se dará com a confirmação do rompimento dos 56 mil pontos no gráfico semanal nesta sexta, conforme alertou o analista técnico da Clear Corretora, André Moraes (conforme pode ser visto clicando aqui). 

4. Temporada de resultados e destaques corporativos
A Localiza deu início à temporada de resultados do segundo trimestre reportando um lucro líquido de R$ 98 milhões, ficando 4,9% acima de um ano antes. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado, somou R$ 234,3 milhões, alta de 5,1% ante o segundo trimestre do ano passado. Ainda entre os destaques, a Gafisa apresentou sua prévia operacional do segundo trimestre, enquanto a Qualicorp informou que a CVC Partners e a Carlyle negaram interesse em fazer uma OPA da empresa. Por fim, destaque para a notícia da Bloomberg de que a BRF planeja IPO de US$ 1,5 bilhão da Sadia Halal, segundo fonte ouvida pela agência. 

5. Goldman Sachs: dólar devia estar entre R$ 3,60 e R$ 4,00
Para o economista-chefe do Goldman Sachs, Alberto Ramos, o câmbio deveria estar na faixa de R$ 3,60 e R$ 4,00. A casa dos R$ 3,30 deveria ser atingida somente quando as questões fiscais já estivessem endereçadas. Para ele, esse “otimismo exagerado” aliado às condições monetárias acomodatíciais no exterior (com a onda dos juros negativos nos mercados desenvolvidos) colocou o câmbio em um patamar de preocupação. “O real está ficando sobrevalorizado novamente” e o Brasil não tão barato quanto imaginam, disse durante evento realizado em São Paulo (para conferir a matéria completa clique aqui).

Agenda InfoMoneyTV para sexta-feira: