Investidores se unem para comprar a Oi; OPA bem-sucedida e mais 3 notícias agitam a noite

Confira os principais destaques corporativos da noite desta terça-feira (19)

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – A noite desta terça-feira (19) segue bastante agitada após um pregão mais tranquilo e que marcou a décima alta consecutiva do Ibovespa, uma marca que a Bolsa não tem desde julho de 2010. Entre os destaques da noite estão rumores sobre a Oi, prévia da Rodobens e a OPA Vigor. Confira as principais notícias:

Oi (OIBR4)
Um grupo de investidores – na maioria credores e acionistas – está em contato com a Abadi & Co. para estruturar uma potencial oferta pública de aquisição pela Oi, afirmou a agência de notícias Reuters citando duas fontes diretamente envolvidas no assunto. No mês, as ações preferenciais da companhia já subiram 60%, enquanto desde o fundo, logo após o pedido de recuperação judicial, os papéis subiram 150%.

Segundo as fontes, o grupo que está buscando o controle da Oi inclui empresas de investimento e uma operadora de telecomunicações não revelada que agiria como operador estratégico da Oi. Os investidores e a Abadi, companhia especializada em reestruturações nos mercados emergentes, estão discutindo os termos de uma oferta, incluindo o calendário, disseram as fontes.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

A notícia surge poucos dias após o fundo Société Mondiale ter atingido uma participação de 6,6% na Oi. O fundo, liderado por Nelson Tanure, lançou uma campanha para substituir a maioria do conselho da companhia – provocando especulações de que ele poderia realizar uma oferta pública de aquisição durante o processo de falência da Oi.

De acordo com uma das fontes, o grupo Abadi está considerando uma negociação com Tanure como uma das alternativas para chegar a um acordo. De acordo com a Reuters, o grupo de investidores deve apresentar a proposta antes da votação do plano de reorganização da companhia.

Ser Educacional (SEER3)
A Ser Educacional informou que recebeu do Ministério da Educação o aval para início de operações da Faculdade Joaquim Nabuco em João Pessoa (PB). Em comunicado, o presidente da companhia, Jânyo Diniz, disse que o credenciamento da faculdade na cidade concretiza o projeto de crescimento orgânico da marca na região Nordeste.

Continua depois da publicidade

A nova unidade iniciará com os cursos de Administração, Ciências Contábeis e cursos superiores de tecnologia (CST) em Segurança no Trabalho, em Gestão de RH e em Logística, com 1,2 mil vagas anuais. A Ser Educacional já está presente em João Pessoa, com a Faculdade Maurício de Nassau, que atualmente tem 8 mil alunos.

Rodobens (RDNI3)
A incorporadora Rodobens Negócios Imobiliários reportou piora das vendas líquidas no segundo trimestre, resultado da queda das vendas brutas e do aumento dos distratos, de acordo com relatório operacional preliminar divulgado nesta terça. 

As vendas brutas totais entre abril e junho atingiram R$ 110 milhões, queda de 35,6% na comparação com os mesmos meses do ano passado. Os distratos, por sua vez, subiram 39%, chegando a R$ 92 milhões na comparação entre os mesmos períodos.

Com isso, as vendas líquidas totais recuaram 81,9%, para R$ 19 milhões. No segundo trimestre deste ano, a parte da Rodobens na comercialização de empreendimentos desenvolvidos com empresas parceiras foi de 87%. Já no mesmo trimestre do ano passado, foi de 84%.

Os distratos no segundo trimestre se concentraram nos projetos imobiliários destinados a famílias de média renda, com financiamento originado em recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que responderam por R$ 53 milhões das vendas canceladas. Já os projetos dentro do Minha Casa Minha Vida (MCMV) tiveram R$ 20 milhões em distratos, enquanto os lotes de urbanismo, R$ 18 milhões. 

No segundo trimestre, foi lançado apenas um projeto, com valor geral de vendas (VGV) de R$ 82 milhões, desenvolvimento sem parceiros. O empreendimento foi lançado em Sinop (MT) e está no segmento SBPE. O foco da incorporadora segue na região Centro-Oeste e no interior de São Paulo, onde avalia que possui melhor reconhecimento da sua marca, além de menor concorrência.

CCR (CCRO3)
A CCR comunicou que seu Conselho de Administração aprovou a 9ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única, com valor nominal unitário de R$ 10 mil, totalizando um montante de R$ 1,250 bilhão, com prazo de 30 meses contados da data de integralização.

De acordo com a companhia, os recursos líquidos captados por meio da emissão das Debêntures serão destinados para aporte de capital na Companhia de Participações em Concessões para posterior oferta de resgate antecipado, total ou parcial, das debêntures da 4ª emissão de debêntures da CPC.

Vigor (VIGR3)
A Vigor informou que o leilão de oferta pública para o fechamento de seu capital foi bem-sucedido. Conforme o comunicado divulgado na CVM, a FB Participações — controladora da companhia — adquiriu 348,420 mil ações da empresa (0,21% do capital social), por US$ 8,710 milhões. Com isso, a FB elevou sua participação para 72,5%.

Com isso, o número de ações detidas pelos acionistas que aceitaram a oferta do cancelamento do registro de companhia aberta superou os dois terços de ações em circulação que eram necessários para levar a oferta adiante.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.