Barclays rebaixa Petrobras, dias fáceis para Vale e bancos alertam sobre “efeito-Oi”; veja mais

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quarta-feira (13)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Se o noticiário político promete ser bastante movimentado, o noticiário corporativo não fica para trás, com recomendações de blue chips, dados operacionais e mais no radar. Confira os destaques: 

Petrobras
O ADR (American Depositary Receipt) da Petrobras (PETR3;PETR4) teve sua recomendação rebaixada pelo Barclays de equalweight (exposição em linha com o mercado) para underweight (exposição abaixo do mercado), mas teve o preço-alvo elevado de US$ 7,00 para US$ 9,00.  

Ainda no radar da empresa, a Petrobras prorrogou por 30 dias negociações sobre venda da NTS. As negociações com consórcio liderado pela Brookfield sobre processo de venda da Nova Transportadora do Sudeste prosseguem, “tendo sido o período de exclusividade para conclusão dessas negociações prorrogado por mais 30 dias”, segundo comunicado. “Reiteramos que essa transação ainda está sujeita à aprovação de seus termos e condições finais pela diretoria executiva e pelo conselho de administração da Petrobras, bem como pelos órgãos reguladores competentes”. Em 12 de maio, a diretoria da Petrobras aprovou exclusividade de negociações com Brookfield por 60 dias para venda da NTS, podendo ser prorrogado por mais 30 dias. Em 15 de junho, três pessoas com conhecimento do assunto, disseram que Petrobras está perto de acertar venda de fatia de 81% na NTS por valor próximo a US$ 6 bi para consórcio liderado por Brookfield Asset Management.

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Vale
As unidades da Mota-Engil e Vale (VALE3;VALE5) venceram os contratos de manutenção de ferrovias por 5 anos de US$ 128,2 milhões na África. 

Ainda sobre a companhia, o BTG Pactual divulgou relatório em que afirma que os ” últimos dias estão mais fáceis para a Vale” com o minério de ferro se aproximando dos US$ 60 a tonelada e as preocupações sobre alavancagem diminuindo consideravelmente. Contudo, o que é bem-vindo, a empresa parece empenhada em reduzir a alavancagem em US$ 10 bilhões e os impulsos de curto-prazo parecem mais favoráveis. 

“No entanto, nem tudo é um céu azul, uma vez que esperamos uma demanda menor na China pressionando o minério de ferro no quarto trimestre e a apreciação do real seguindo como um risco”, destacam; assim, agora, a avaliação de risco-retorno parece mais equilibrada.

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Oi
A Marathon Asset informou que aumentou a participações nas ações preferenciais da Oi (OIBR4) para 9,2%. Ainda sobre a companhia, o Banco do Brasil (BBAS3) e a Caixa fizeram alerta sobre o efeito de provisão da Oi em fundos, informa O Globo; essas instituições, além de outras, foram forçadas a provisionar todos os valores relativos aos investimentos feitos em papéis da Oi.

O alerta começou semana passada, quando clientes do BB e da Caixa começaram a receber carta do banco alertando para uma “provisão para créditos de liquidação duvidosa”. Segundo mensagem do BB enviada a um cliente, à qual o jornal teve acesso, a “provisão deve-se ao pedido de recuperação judicial” da Oi, mas “poderá ser revertida, integral ou parcialmente em favor do fundo, a depender dos desdobramentos do referido processo”. Segundo o texto, “os cotistas que solicitarem resgate do fundo com liquidação financeira enquanto perdurar a provisão não farão jus à possibilidade de recuperar a perda, no caso de uma eventual reversão.”

Alpargatas
A Alpargatas (ALPA4) informou que a J&F contrata Bradesco BBI para intermediar a
OPA (Oferta Pública de Aquisição). A CVM determinou que a J&F reapresentassee o pedido de registro da OPA até 12 de julho, “contendo todos os documentos previstos pela Instrução CVM 361”, incluindo a indicação da nova instituição que intermediará o processo. Caso contrário, o pedido seria indeferido e a alienação do controle da empresa não seria autorizada.

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Brasil Pharma
O Conselho da Brasil Pharma (BPHA3) aproviu emitir R$ 377,8 milhões em debêntures. A oferta da 5ª emissão de debêntures será com esforços restritos de colocação, segundo comunicado, prazo de 4 anos e remueneração de CDI mais 4%. Segundo a empresa, os recursos “serão integralmente utilizados para o pagamento de determinados contratos financeiros, que representam cerca de 65% da dívida financeira consolidada”.

Cemig
A Aneel decidiu encaminhar ao Ministério de Minas e Energia recomendação de não conhecer pedido formulado para prorrogar prazo de vigência da concessão da Usina Hidrelétrica Miranda, “por ter sido formulado fora do prazo estipulado”, informou a Cemig (CMIG4). A companhia “estuda eventuais medidas administrativas e/ou judiciais”.

Em 10 de junho, a subsidiária Cemig Geração e Transmissão havia protocolado requerimento na Aneel para prorrogar, por 20 anos, concessão da Usina Hidrelétrica Miranda.

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Even
A Even (EVEN3) divulgou seus dados operacionais do segundo trimestre de 2016. No período, as vendas da construtora somaram R$ 268 milhões, crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período de 2015, e queda de 15% na comparação com o primeiro trimestre deste ano. Desse total de vendas, R$ 91 milhões foram de lançamentos e R$ 177 milhões de imóveis em estoque.

A velocidade de vendas (VSO) saiu de 9% no segundo trimestre do ano passado para 11,8% entre abril e junho de 2016. No primeiro trimestre, a VSO ficou em 13%. Foram realizados seis lançamentos pela Even no segundo trimestre, que totalizaram R$ 236 milhões na parte Even. O Valor Geral de Vendas (VGV) total dos empreendimentos é de R$ 277,7 milhões. São 789 unidades, com valor médio de R$ 352 mil. Foram entregues no período oito projetos com potencial de vendas de R$ 650 milhões e 1.822 unidades.

A companhia adquiriu dois novos terrenos no segundo trimestre, por meio de permuta, com valor potencial de venda de R$ 219 milhões (parte Even) no Rio Grande do Sul. No período, houve distrato de um terreno no Rio de Janeiro, e o valor desembolsado, de R$ 15 milhões, será totalmente restituído. O estoque de terrenos da companhia fechou junho em R$ 5,3 bilhões em VGV. 

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Segundo o BTG Pactual, os números operacionais foram sólidos, ainda mais levando em conta o cenário desafiador para o setor imobiliário no Brasil. “Nós seguimos com recomendação de compra para os ativos, ainda mais levando em conta o valuation”, afirmam os analistas do banco. 

Marfrig
 A subsidiária da Marfrig (MRFG3), Marfrig Holdings, anuncia início do prazo para resgate de Notas Sênior com remuneração de 9,875% ao ano e vencimento em 2017, segundo comunicado. O montante total em aberto é de US$ 95,6 milhões e os títulos serão “integralmente liquidados e cancelados” em 11 de agosto. Em 29 de junho, a companhia anunciou emissão adicional para financiar recompra dos títulos em aberto, “com foco nas Notas Sênior de 2016 e 2017”.

O “resgate ora anunciado guarda, portanto, coerência com divulgações anteriores e reforça o compromisso da companhia com seu processo de Liability Management, cujo objetivo é o de alongar o perfil e reduzir o custo da sua estrutura de capital”.

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Ambev 
A Ambev (ABEV3) informou que a Fundação Antonio e Helena Zerrenner aumentou a 
participação na companhia para 10% dos ativos.

Magazine Luiza
A Magazine Luiza (MGLU3) informou que alterou os termos da terceira emissão de debêntures, visando alongar o perfil da dívida e a otimização da estrutura de capital da Companhia..

As principais alterações aprovadas foram: (i) alteração do prazo de vigência da Emissão, passando de 36 (trinta e seis) para 57 (cinqüenta e sete) meses; (ii) inclusão de novas hipóteses de vencimento antecipado das debêntures; (iii) alteração dos juros remuneratórios, incidente sobre a variação acumulada das taxas médias diárias dos DI – Depósitos Interfinanceiros de um dia, over extra grupo, expressa na forma percentual ao ano, base 252 dias úteis e (iv) a conseqüente alteração da Escritura de Emissão, para refletir as deliberações referentes as matérias constantes na RCA e AGD.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.