Os 5 assuntos que vão agitar o mercado nesta quarta-feira

Veja o que de mais essencial você precisa saber antes de começar a operar nesta quarta

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Na terça-feira (12), o Ibovespa teve mais uma alta e se aproximou dos 55 mil pontos, mas perdeu força pressionado por bancos na metade da sessão. Nesta quarta-feira (13), o investidor ficará de olho em indicadores e na eleição para a Presidência da Câmara dos Deputados por aqui. Confira os cinco assuntos que você precisa acompanhar hoje:

1. Bolsas mundiais
Pela terceira sessão seguida, as bolsas asiáticas registram ganhos na expectativa pelas medidas de estímulo do Japão, após o partido do primeiro-ministro do país Shinzo Abe sair vitorioso nas eleições parlamentares. Porém, o rali começa a perder força, com os mercados registrando menores ganhos; as bolsas europeias têm leves ganhos, também de olho na posse da nova primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, que substituirá David Cameron; os investidores também seguem na expectativa de que os Bancos Centrais sigam com políticas monetárias mais expansionistas, inclusive uma potencial queda nos juros pelo Bank of England, o que sustenta a alta dos mercados. Entre os indicadores econômicos desta quarta, as exportações da China medidas em dólares continuaram a cair em junho, à medida que a demanda global por bens da segunda maior economia do mundo se manteve fraca. Na comparação anual, as exportações chinesas tiveram queda de 4,8% em junho, após recuarem em ritmo mais comedido em maio, de 4,1%, segundo dados publicados hoje pela Administração Geral de Alfândega do país. Os números sugerem que os embarques externos da China, que já foram um importante fator de crescimento, continuam prejudicando o desempenho geral da economia. Já as importações chinesas sofreram uma redução anual de 8,4% em junho, bem maior que o declínio de 0,4% verificado em maio e também mais intensa que a queda de 6,4% projetada pelo mercado.

Às 7h47, este era o desempenho dos principais índices:
* FTSE 100 (Reino Unido) +0,26%
* CAC-40 (França) +0,48%
*DAX (Alemanha) +0,15%
* Nikkei (Japão) 225 +0,84% (fechado)
*Xangai (China) +0,36% (fechado)
*Hang Seng (Hong Kong) +0,46% (fechado)
*Dow Jones Futuro (EUA) +0,07%
*Petróleo brent -1,65%, a US$ 47,67 o barril 
*Minério de ferro Qingdao 62%  -0,39%, a US$ 59,15 a tonelada

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2. Eleição na Câmara
Hoje, os deputados vão escolher quem será o novo presidente da Câmara dos Deputados, em substituição a Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou na semana passada. Analistas dizem que será muito importante para o governo Temer conseguir emplacar um aliado no cargo, já que o Palanalto vai precisar de toda a ajuda possível para conseguir aprovar medidas importantes e impopulares de ajuste fiscal nos próximos meses. Os mais cotados para o cargo são Rogério Rosso (PSD-DF), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Marcelo Castro (PMDB-PI). 

Nos últimos dias, o presidente interino, Michel Temer, recebeu o senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG) e, segundo informações de alguns jornais, deu liberdade para os tucanos, que relataram dificuldade de apoiar um nome do chamado “centrão” e tendem a votar em Maia. Temer, por sua vez, deve apoiar informalmente Rosso, apesar do presidente do Executivo pregar a neutralidade nessas eleições. A eleição da terceira opção mais provável, que é Marcelo Castro, deve colocar em dúvida o apoio a Temer, de acordo com a equipe de análise da MCM Consultores. Também foram registradas as candidaturas dos deputados Carlos Manato (SD-SP), Fausto Pinato (PP-SP), Carlos Henrique Gaguim (PTN-TO), Fábio Ramalho (PMDB-MG), Francisco Giacobo (PR-PR), Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Luiza Erundina (PSOL-SP).

3. Agenda Temer no Congresso e CCJ
A última terça-feira foi movimentada tanto na Câmara quanto no Senado. O plenário do Senado aprovou ontem oito propostas de reajuste salarial para servidores públicos civis e militares. Os reajustes, que seguem agora para sanção presidencial, ocorrem em meio ao déficit de R$ 170,5 bilhões estimado para este ano e a previsão de rombo nas contas públicas de R$ 139 bilhões em 2017. Já a Câmara  dos Deputados aprovou por 335 votos contra 118 e três abstenções, a urgência para o projeto de Lei (PLP 257) que trata da renegociação das dívidas dos estados e do Distrito Federal, na segunda tentativa do governo de aprovar o pedido, depois de ter sido derrotado na semana passada, por uma diferença de quatro votos: foram 253 a favor, quando o mínimo necessário para aprovar a urgência é 257. O projeto é encarado como primordial pelo governo do presidente interino Michel Temer. Inicialmente, a intenção era tentar votar o mérito da matéria antes do recesso, mas com a derrota na semana passada a votação ficará para agosto, depois do recesso parlamentar. A Câmara ainda aprovou urgência para projeto que altera regras de exploração do pré-sal. Destaque ainda para a reunião da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, que retoma hoje reunião o para discutir e votar o parecer do deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF) sobre recurso do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cunha pede a anulação da votação do Conselho de Ética que aprovou o pedido de cassação de seu mandato. A reunião está marcada para as 9h30.

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4.  BC faz leilão de swap reverso
O Banco Central faz leilão de um lote de até 10 mil contratos de swap reverso, das
9h30 (horário de Brasília) às 9h40, resultado após as 9h50.

5. Livro Bege
O Beige Book (Livro Bege) é um relatório sobre a atualidade econômica norte-americana, publicado pelo Federal Reserve. O documento é mais um dos diversos itens avaliados pelo mercado para tentar antecipar a estratégia da autoridade em relação à alta de juros nos EUA. O Beige Book reúne o material, que é dividido por regiões e setores da economia. Apesar de não expressar a opinião do Fed, o documento é importante, pois fornece informações sobre a atividade econômica regional. O dado sai às 15h. 

Agenda InfoMoneyTV para quarta-feira:

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.