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SÃO PAULO – Após uma sexta-feira tensa nos mercados com a notícia do Brexit, com a população do Reino Unido votando para a saída da União Europeia, a segunda-feira promete ser nervosa para os mercados mundiais novamente.
A libra mantém queda no 2º dia de reação ao Brexit, com baixa de 3,34% ante o dólar, enquanto o dólar tem alta mais discreta contra moedas de emergentes. As bolsas europeias seguem em baixa, em ritmo mais moderado, mas a volatilidade permanece, enquanto os yields dos títulos soberanos caem. Na Europa, o alemão DAX cai 1,61%, o britânico FTSE tem baixa de 1,25% e o francês CAC 40 tem baixa de 1,48%. Já na Ásia, o japonês Nikkei liderou os ganhos após a derrocada da última sessão e fechou em alta de 2,39%, enquanto o Hang Seng caiu 0,16% e Xangai subiu 1,44%.
A agenda desta segunda destaca encontros de Bancos Centrais em Portugal, de líderes
europeus em Berlim e fala de David Cameron no parlamento britânico às 8h (horário de Brasília) no parlamento britânico. Em sua primeira aparição pública desde a vitória do Brexit, o ministro das Finanças britânico, George Osborne, afirmou que o voto do Reino Unido para deixar a União Europeia deve levar a mais volatilidade nos mercados financeiro mas disse que a quinta maior economia do mundo vai lidar com os desafios à frente.
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No Reino Unido, as turbulências políticas atingem partidos trabalhista e conservador, enquanto Escócia tenta bloquear Brexit e considera retomar processo de independência. Angela Merkel, Francois Hollande e Mateo Renzi reúnem-se em Berlim; secretário John Kerry dos EUA vai a Bruxelas e Londres.
Na Espanha, o mercado também ficou de olho na política: o primeiro-ministro interino Mariano Rajoy disse que espera formar um governo de coalizão dentro de um mês, após o resultado das eleições do fim de semana nas quais seu partido conservador conquistou a maioria das cadeiras, mas não conseguiu maioria absoluta.
(Com Bloomberg)
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