Ser entra na briga pela Estácio; Petrobras pode ter multa de US$ 7 bi nos EUA e mais 9 notícias

Confira os destaques do noticiário corporativo desta segunda-feira (6)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Além do noticiário agitado do final de semana com diversas delações premiadas no radar, a segunda-feira (6) começa agitada no front corporativo, com o mercado de olho em novidades sobre fusões no setor educacional e notícias sobre Petrobras. Confira os destaques desta sessão:

Petrobras
Segundo o jornal O Globo, a  ação coletiva que investidores brasileiros e estrangeiros estão movendo na Corte de Nova York contra a Petrobras (PETR3;PETR4) pode levar a uma indenização superior à do escândalo da Enron. O caso Enron foi a maior falência da História econômica dos Estados Unidos e resultou numa reparação de US$ 7,2 bilhões.

Ao jornal, a única brasileira entre os peritos que acompanham a ação coletiva (class action), a advogada Érica Gorga estima que a indenização pode chegar à casa dos US$ 10 bilhões. “É claro que a perda das ações não se deveu apenas à corrupção ou à má gestão, porque o preço do petróleo também caiu no período. Por isso, eles estão tentando mensurar o período em que teve início o envolvimento de diretores da Petrobras na Lava-Jato. Essa é uma das coisas controversas no processo, mas eu acho que fica a discussão de quantos bilhões vão ser e, sendo conservadora, acho que não serão mais de US$ 10 bilhões”. 

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Ser Educacional
A Ser Educacional (SEER3) apresentou no último sábado uma proposta de combinação dos negócios com a Estácio Participações (ESTC3), poucos dias após a última ter recebido uma oferta da Kroton (KROT3). A proposta não vinculante do Conselho da Administração da Ser prevê que o novo capital seria formado por 68,7% de acionistas da Estácio e 31,3% da Ser Educacional.

Os acionistas da Estácio recebem ainda dividendos extraordinários no valor de R$ 590 milhões. Janguiê Diniz, fundador da Ser, teria uma participação de 22% e na posição de maior acionista. Atualmente, Janguiê possui 70% da Ser Educacional. A família Chaim Zaher e o fundo americano Oppenheimer continuam com fatias relevantes, acima de 10% da nova companhia.

Além disso, a Ser Educacional propôs pagamento de um dividendo extraordinário de R$ 590 milhões aos acionistas da Estácio, o que equivale a R$ 1,92 por ação da última. Com a fusão, a nova empresa teria cerca de 60% do capital no mercado. De acordo com o presidente-executivo da Ser Educacional, Jânyo Diniz, a proposta já vinha sendo formulada há algum tempo e tem baixo risco de enfrentar problemas com as autoridades antitruste, uma vez que a sobreposição entre as duas companhias é baixa.

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A Ser Educacional contratou o Credit Suisse e o escritório de advocacia Pinheiro Neto como assessores e afirmou que a companhia combinada deve ter forte participação nas regiões Norte e Nordeste do país. A Estácio formou comitê para avaliar as propostas da Kroton e da Ser. 

JBS
Russ Colaco foi nomeado CFO (Chief Financial Officer) da JBS Foods International. Colaco será responsável por todas as operações financeiras da JBS Foods International e reportará a Wesley Batista, presidente Global da JBS (JBSS3), segundo comunicado.

Bradesco
O escritório de advocacia Rosen Law Firm entrou com processo e está chamando investidores interessados em se juntar à ação contra o Bradesco (BBDC4), segundo comunicado da Business Wire.

A chamada vale para quem comprou ações do banco de 30 de abril de 2012 a 31 de maio de 2016, diz o documento. A aAção tem como foco a denúncia de que executivos do Bradesco teriam negociado com investigados em um esquema de corrupção para tentar evitar uma multa da Receita Federal, o que é negado pelo banco.

Em comunicado, o banco afirmou que suas ações não tiveram oscilações relevantes para que o banco fosse alvo de ação judicial de investidores nos Estados Unidos e que contratará escritórios de advocacia para representá-lo na questão, disse a instituição financeira em comunicado.

BM&FBovespa
Após ter sido nomeado secretário-executivo da Fazenda, Eduardo Refinetti Guardia, diretor-executivo de produtos da BM&FBovespa (BVMF3), comunicou a sua decisão de deixar a companhia a partir de 13 de junho, de acordo com comunicado ao mercado.

Eletrobras
Em entrevista à Reuters, o ministro interino do Planejamento, Dyogo de Oliveira, informou que o governo avalia se injeta R$ 5 bilhões na Eletrobras (ELET6).

Embraer
A Air Lease vendeu 25 jatos Embraer (EMBR3) para Nordic Aviation. A venda envolve 25 jatos Embraer E190 e E175 para a frota da Nordic Aviation Capital, segundo comunicado da Air Lease. Os 25 jatos Embraer representam menos de 10% da frota atual da ALC. A transferência dos jatos para a Nordic Aviation começa neste trimestre e deve ser concluída no primeiro trimestre de 2017. O valor financeiro não foi divulgado.

 JHSF
Em comunicado, a JHSF (JHSF3) negou que tenha cometido ato ilícito e afirmou que efetuou contribuições eleitorais de forma legal. Em reportagens da semana passada, foi divulgado que o governador de Minas Gerais Fernando Pimentel cobrou R$ 5 milhões em propina do grupo para entregar a operação do aeroporto Catarina, em São Caetano do Sul.

Bancos
A criação de uma gestora de inteligência de crédito pelo Bradesco, Santander, Caixa, BB e Itaú Unibanco é considerada complexa pelo Cade, segundo despacho publicado no Diário Oficial.

A Superintendência do conselho pede detalhes sobre operação, incluindo apresentação, de maneira objetiva e detalhada, do modo como os riscos de fechamento e discriminação serão mitigados, segundo nota técnica do Cade. Também requisita detalhamento de práticas de governança a serem adotadas pela Gic, pormenorizando quais ações serão, de fato, tomadas para preservar a independência das requerentes entre si e em relação à Gic. Outro pedido é para apresentação das eficiências econômicas geradas pela operação. 

Hypermarcas
O Cade considerou complexo o acordo da Hypermarcas (HYPE3) em preservativos para a Reckitt Benckiser, segundo despacho publicado no Diário Oficial. A Superintendência pede realização das seguintes diligências, segundo nota técnica publicada no Cade: investigação sobre custos de produção e comercialização, análise das potenciais eficiências decorrentes do ato de concentração, a realização de testes econométricos pelo Departamento de Estudos Econômicos. A Hypermarcas vendeu o negócio de preservativos por R$ 675 milhões.
 

Sabesp
A Sabesp (SBSP3) encerrou as negociações com Santo André e Mauá sem acordo. A companhia havia celebrado acordo com as duas cidades para equacionar as dívidas existentes e decidiu encerrar as negociações depois do fim do prazo de 2 meses estabelecido em protocolos sem avanços, segundo comunicado ao mercado. A empresa disse que continuará a enviar esforços nas esferas administrativa e judicial para a recuperação dos créditos devidos por esses municípios à companhia. O valor das dívidas não foi informado. A proposta da GIC é ser uma sociedade anônima com controle compartilhado entre as partes, sendo que cada uma delas deterá 20% de seu capital social.


(Com Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.