Em 1 minuto payroll destrói 1 mês de trabalho do Fed; veja a reação do mercado em imagens

Veja como cada Bolsa reagiu no momento em que o Departamento de Trabalho norte-americano divulgou o péssimo indicador

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Os Estados Unidos surpreenderam o mundo todo com o Relatório de Emprego de maio. O Departamento de Trabalho do país mostrou a criação de 38 mil novas vagas, contra 160 mil esperadas. Ou seja, o número real foi simplesmente quatro vezes menor do que o que os economistas esperavam. Com isso, nem o desemprego caindo para 4,7%, contra uma expectativa de manutenção nos 5%, foi o bastante para frear o ânimo dos investidores. 

“Um trabalho feito há um mês pelos dirigentes do Fed foi jogado fora em 1 minuto”, disse Luiz Otávio de Souza Leal economista-chefe do Banco ABC Brasil, referindo-se ao impacto, principalmente no mercado de juros futuros, do relatório de emprego fraco de maio. Nas últimas semanas as comunicações do Fed têm tentado reconectar a curva de juros à expectativa do Fed de subir os juros pelo menos em julho ou setembro. 

Vale lembrar que na iminência de uma elevação de juros nos EUA, cada dado positivo é lamentado pelo mercado, principalmente no caso de países emergentes, que temem uma fuga de capital para os títulos do Tesouro norte-americano, que são considerados os ativos mais seguros do mundo e se tornam mais rentáveis no caso de um aperto monetário. Por outro lado, os dados ruins são comemorados aqui, já que indicam que o Federal Reserve demorará mais para subir as taxas. 

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Diante disso, o maior impacto aqui no Brasil foi sentido no contrato futuro do dólar para julho, que desabou, como podemos ver nesse gráfico: 

Já o Ibovespa Futuro, que era o índice mais observado pelo mercado naquele momento, já que a Bolsa ainda não tinha aberto, teve uma forte alta, decorrente da expectativa de que o dinheiro não sairá da nossa Bolsa como era previsto antes. Dá para ver o efeito nessa imagem:

Ao redor do mundo, contudo, o impacto mais sentido não foi o de alívio pela possibilidade menor de aumento de juros, mas de temor pela saúde da economia norte-americana. É por isso, por exemplo, que os índices futuros do Dow Jones e do S&P 500 afundaram com a notícia: 

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Podemos ver um impacto semelhante nas bolsas europeias. Os três principais índices do continente, FTSE 100 (da Inglaterra), DAX (da Alemanha) e CAC 40 (da França), recuaram com força: 

O ouro, conhecido por ser um “porto seguro” do mercado, subiu forte, mostrando que os investidores ficaram cautelosos no exterior: 

Já o petróleo operou com bastante volatilidade neste meio tempo, indo de fortes altas para fortes baixas. 

Por fim, como era de se esperar, os títulos do Tesouro norte-americano com vencimento em 10 anos tiveram uma queda bastante expressiva nas suas rentabilidades. Como a taxa básica de juros dos EUA é o que baliza o desempenho destes títulos, uma expectativa menor de aumento dos juros básicos faz com que o “yield” (rendimento) deles caia.

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