Ibovespa Futuro sobe antes de anúncio de medidas do governo e votação da meta

Pré-market se afasta da maré de quedas recente, acompanhando exterior e mostrando expectativa positiva para a série de anúncios do governo

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta terça-feira (24), acompanhando o movimento dos índices futuros norte-americanos e das bolsas europeias após as fortes quedas recentes. No cenário doméstico, o presidente interino Michel Temer mantém para 10h (horário de Brasília) os anúncios de medidas para limitar os gastos do governo, enquanto o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, dará entrevista às 10h30 e o Congresso votará a meta fiscal às 11h. Também chama a atenção a 30ª fase da Operação Lava Jato, denominada Vício, que expediu dois pedidos de prisão preventiva e 28 mandados de busca e apreensão.

Às 9h09, o contrato futuro do índice para junho subia 1,19%, a 49.980 pontos. Já o dólar futuro para o mesmo mês tem queda de 0,56% a R$ 3,560. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 operava estável a 13,70%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 recuava 5 pontos-base a 12,58%. 

A agenda de indicadores traz balanço das contas externas às 10h30, leilão de NTN-B às 11h e dado de moradias nos Estados Unidos também às 11h. 

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Entre as commodities, o minério de ferro spot (à vista), negociado no porto de Qingdao com 62% de pureza, fechou em alta de 0,27%, a US$ 51,36 a tonelada seca. 

Votação da meta fiscal
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) reiterou ontem que hoje às 11h será votada a nova meta fiscal do governo. O novo número prevê um rombo de R$ 170,5 bilhões, quase o dobro dos R$ 96,7 bilhões estimados pelo governo anterior no começo do ano. Há alguma apreensão, pois caso a meta não seja aprovada, o Executivo ficará paralisado a partir de 30 de maio. 

Anúncio das medidas por Meirelles
Em evento em São Paulo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que seria hoje o anúncio das primeiras medidas que a equipe econômica do governo Temer irá tomar para reduzir o endividamento público e tentar retomar o crescimento macroeconômico. A definição de um teto para os gastos públicos é considerada a medida mais importante, devendo alcançar todas as despesas da União, incluindo as obrigatórias, como aposentadorias e limites com saúde e educação. 

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Nova ministra do Planejamento?
Diário Oficial desta terça mostra que Romero Jucá foi exonerado por Temer, de modo que já começam as especulações sobre um novo nome para a pasta. Segundo o Estado de S. Paulo, a senadora Simone Tebet (PMDB-MS) é a principal cotada para o Planejamento. Já o jornal O Globo, noticia que um ministro teria sugerido Maria Silvia Bastos Marques, atual presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para ocupar o cargo. 

Operação Lava Jato
O dia mais uma vez contou com nova fase da Lava Jato, chamada Vício. A Operação conta com a participação de cerca de 50 policiais federais e dez servidores da Receita, que cumprem 28 mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e nove de condução coercitiva nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. As investigações estão relacionadas ao esquema de corrupção e lavagem de ativos decorrentes de contratos firmados com a Petrobras. “Trata-se da apreciação de vários contratos e correspondentes repasses de valores não devidos entre empresas contratantes da Petrobras, funcionários da estatal e agentes públicos e políticos”, diz nota divulgada pela PF.

PIB da Alemanha
O forte consumo privado e maiores investimentos em construção levaram a uma alta de 0,7% no Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha no primeiro trimestre, mais do que compensando os efeitos do comércio externo mais fraco, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira. Os gastos maiores do governo alemão com refugiados e as taxas de juros muito baixas do Banco Central Europeu (BCE) estão entre os fatores destacados por analistas para explicar a maior expansão trimestral em dois anos da maior economia da Europa. Confirmando a leitura preliminar, a Agência Federal de Estatísticas informou que os gastos do consumidor e o investimento em construção contribuíram cada um com 0,2 ponto percentual para o PIB no período entre janeiro e março.

Cenário externo
Na Europa, o dia é de ganhos, com destaque para as ações de bancos; o FTSE sobe 0,79%, o DAX tem ganhos de 0,92% e o CAC 40 sobe 1,40%. 

Já as bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa nesta terça-feira, em meio à fraqueza do petróleo e de outras commodities e dúvidas sobre novos aumentos de juros nos EUA. Na China, o índice Xangai Composto caiu 0,8%, a 2.821,67 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,9%, a 1.804,60 pontos.

Em Tóquio, o Nikkei registrou queda de 0,94%, a 16.498,76 pontos, também influenciado pelo iene, que chegou a avançar frente ao dólar durante a madrugada. A recente trajetória de queda dos preços de commodities como petróleo – que ontem acumulou perdas pela quarta sessão consecutiva – metais básicos e minério de ferro continuou prejudicando o apetite por ações na região asiática. 

Também continuam pesando nos negócios incertezas sobre quando o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) pretende voltar a elevar juros. Desde a semana passada, vários dirigentes do Fed vêm sugerindo que uma nova elevação de juros poderá ser anunciada em meados do ano. Muitos investidores estão céticos quanto à possibilidade de o Fed aumentar juros já na reunião de junho, mas evitam fazer grandes apostas nos mercados acionários.

O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.