Nomes de Temer para Petrobras e BB; petroleira pode reduzir preço do diesel e mais destaques

Confira os destaques do noticiário corporativo desta terça-feira (17)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário segue movimentado no noticiário corporativo, com o mercado de olho em possíveis nomes para estatais do governo interino de Michel Temer. Veja os destaques desta terça-feira (17):

Petrobras
Pedro Parente deve substituir Aldemir Bendine na Petrobras (PETR3;PETR4), diz O Globo. A escolha do substituto de Aldemir Bendine teria sido tomada na tarde de segunda-feira pelo presidente interino Michel Temer, diz o jornal, citando fontes não identificadas. A Folha de S. Paulo também destaca o nome de Pedro Parente para o comando da petroleira. 

A assessoria de Temer diz que não houve nenhuma definição, mas não descarta o nome, segundo o Globo. O assunto será discutido hoje às 16:00 em reunião entre Temer e o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, de acordo com o jornal. Segundo a publicação, Pedro Parente, se confirmado, terá missão de melhorar imagem da estatal no mercado.

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No radar da companhia, segundo a Folha de S. Paulo, o aumento das importações de diesel por empresas privadas preocupa o conselho de administração da Petrobras e pode levar a empresa a rever o preço do combustível, que está 46% mais caro do que no mercado internacional.

Banco do Brasil
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, divulga hoje os nomes de sua equipe, incluindo presidente do BC e dirigentes dos bancos públicos. Segundo O Globo, Gustavo do Vale no BB é opção de consenso no governo e não desagradaria ao corpo técnico do BB, diz O Globo. Ele tem ligações com PMDB, mas também foi vice-presidente de Tecnologia do banco. 

Gilberto Occhi será nomeado presidente da Caixa Econômica Federal. Meirelles pretende manter boa parte da equipe do ex-ministro Nelson Barbosa, como Jorge Rachid na Receita Federal, Luís Balduíno em Assuntos Internacionais, Otávio Ladeira no Tesouro Nacional

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Gerdau
Em nota enviada na noite de ontem, a Gerdau (GGBR4) negou irregularidades após notícias do indiciamento de seu CEO, André Gerdau, no âmbito da Operação Zelotes. A siderúrgica informou que recebeu “com imensa surpresa e repúdio a informação de que executivos da companhia, entre os quais seu diretor-presidente (CEO), estariam entre os indiciados”, disse assessoria de imprensa em comunicado por e-mail.

“Nenhum deles jamais prometeu, ofereceu ou deu vantagem indevida a funcionários públicos para que recursos em trâmite no Carf fossem ilegalmente julgados em seu favor, até mesmo porque estes ainda se encontram pendentes de julgamento”. A Gerdau disse que “possui rigorosos padrões éticos na condução de seus pleitos junto aos órgãos públicos e reafirma que está, como sempre esteve, à disposição das autoridades competentes para prestar os esclarecimentos que vierem a ser solicitados”.

 CSN e Usiminas
A Justiça de Minas Gerais revogou na segunda-feira decisão da semana passada que tinha suspendido a eleição de conselheiros indicados pela CSN (CSNA3) para o Conselho de Administração da Usiminas (USIM5). Segundo decisão da juíza Patrícia Santos Firmo, a eleição dos conselheiros Ricardo Antônio Weiss e Gesner José Oliveira Filho está mantida, bem como dos membros ao conselho fiscal da Usiminas também indicados pela rival.

O processo pedindo a suspensão dos conselheiros indicados pela CSN havia sido aberto pela Nippon Steel, que divide o controle da Usiminas com o grupo Techint. Na decisão desta segunda-feira obtida pela Reuters, a juíza afirmou que foi “levada a erro” na semana passada quando suspendeu a eleição dos conselheiros da CSN na Usiminas com base em email apresentado pela Nippon Steel que traria indícios de que os indicados não seriam independentes ou autônomos.

“Após ter ciência da juntada completa da documentação envolvendo o Sr. Gesner, conclui-se, como já dito, pela inexistência de embasamento a apontar afronta aos princípios da independência e autonomia do requerido Gesner e demais membros eleitos em relação à CSN”, afirmou a juíza nesta segunda-feira. A juíza acrescentou que há “ausência de comprovação de que a Usiminas terá qualquer prejuízo com a participação dos Conselheiros de Administração eleitos pela CSN”. A decisão permite recurso.

Procurada, a Nippon Steel não comentou o assunto de imediato. A CSN não se manifestou. O advogado da CSN, Ernesto Tzirulnik, afirmou que a companhia vai abrir um processo criminal contra os controladores da Usiminas e que a empresa contratou o criminalista Alberto Toron para cuidar do caso. “Eles (Nippon Steel e Techint) promoveram uma roleta de liminares contra a eleição dos conselheiros (…) A CSN quer ir a fundo sobre o que aconteceu e o contexto de onde partiu a decisão de argumentar com o email”, disse Tzirulnik. Os indicados pela CSN foram eleitos em assembleia de acionistas da Usiminas após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizar no fim de abril, em decisão dividida, que a CSN poderia indicar representantes para órgão colegiado da rival, revertendo decisão tomada anos antes.

Eletrobras
O governo federal pode incluir ressalvas na meta fiscal deste ano relativa a uma eventual perda da Eletrobras (ELET6), que pode ocorrer se for confirmado atraso no envio de documentos da estatal às autoridades dos Estados Unidos, disse nesta segunda-feira o ministro do Planejamento, Romero Jucá. A Eletrobras precisa entregar demonstrativos dos resultados de 2014 e 2015 até o dia 18 deste mês à Securities and Exchange Commission (SEC), a CVM dos Estados Unidos, para evitar ser deslistada da Bolsa de Nova York.

Jucá já disse na semana passada que, se ocorrer a deslistagem, haveria o risco de antecipação de vencimentos da dívida da empresa que, num pior cenário, poderia chegar a 40 bilhões de reais. “A direção e o Conselho da Eletrobras vão atuar junto à KPMG (que audita o balanço) junto ao governo dos EUA (…)”, disse Jucá, após uma reunião no Ministério de Minas e Energia para tratar do assunto.

“Vamos acompanhar, apressar e cobrar dos contratados que eles concluam o processo de investigação e a avaliação de um possível dano por irregularidades”, afirmou. O ministro admitiu que não dá para reverter a situação até o dia 18. “Mas entre o dia 18 e a discussão final da questão do descredenciamento há um prazo em que, em tese, poderão ser tomadas providências que podem equilibrar a questão”, disse.

Oi
O Conselho de Administração aprovou iniciar negociações com credores da Oi (OIBR4) via Moelis. A Oi e seus assessores têm reuniões marcadas nesta semana em NY para iniciar discussões formais com Moelis & Company, segundo comunicado ao mercado. O Conselho aprovou que diretoria dê início a negociações relativas às dívidas financeiras de Oi e controladas.

A Moelis atuará como assessor para um comitê formado por grupo heterogêneo de titulares de bonds emitidos pela Oi e por suas subsidiárias Portugal Telecom International Finance B.V. e Oi Brasil Holdings Coöpertief U.A., diz Oi no comunicado. A Oi solicita que titulares de bonds que não façam parte do comitê que contatem Moelis & Company e se juntem ao comitê.

B2W e Lojas Americanas
A B2W Digital (BTOW3) e a Lojas Americanas (LAME4) tiveram a recomendação elevada pelo Citi. A LAME4 foi elevada de venda para compra e a B2W de venda para neutra. O Santander também elevou a recomendação para a Lojas Americanas de hold para compra, com preço-alvo de R$ 17,00.

SulAmérica 
As units da SulAmérica (SULA11) foram elevadas para recomendação outperform pelo Bradesco BBI.

Log-In
A Log-In (LOGN3) informou que Marco Antonio Cauduro foi eleito diretor presidente da companhia.

Participações acionárias
A BR Properties (BRPR3) informou que o BTG Pactual alienou ações, possuindo agora 4,77% das ordinárias. Já a Cosan (CSAN3) destacou que a LAPB tem aproximadamente 6,29% das ordinárias e a Saraiva (SLED3) comunicou que a GWI Asset tem 44,89% das ações preferenciais da empresa. 

Indusval
O Banco Indusval (IDVL4) informou que laudo de avaliação da KPMG indicou valor econômico das ações da instituição financeira no intervalo entre 1,28 e 1,40 real, no âmbito da oferta pública de aquisição de ações (OPA) para cancelar seu registro de companhia aberta.

Com isso, o Indusval decidiu que será dado prosseguimento à OPA. O preço por ação inicialmente proposto é de 1,27 real, ajustado pela taxa Selic até a data do leilão da OPA, e na segunda-feira correspondia a 1,35 real, disse o banco em fato relevante na noite da véspera. O registro da OPA está em análise na Comissão de Valores Mobiliários.

(Com Reuters, Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.