Ibovespa Futuro sobe com petróleo puxando alta no mundo todo; dólar cai e DIs avançam

Pré-market avança nesta segunda após a alta do petróleo puxar as bolsas internacionais

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro zera ganhos nesta segunda-feira (16) após cair forte na última sessão com preocupações dos investidores acerca da viabilidade de um ajuste fiscal no governo Temer e também pela queda das commodities. No radar desta segunda, as bolsas asiáticas, europeias e os futuros dos Estados Unidos sobem com o petróleo avançando 2% após o Goldman Sachs dizer que o mercado passou para deficitário mais cedo do que o previsto. No cenário doméstico, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, adiou o anúncio da equipe econômica do novo governo para amanhã às 11h (horário de Brasília)

Às 9h18, o contrato futuro do índice para junho subia 0,56%, a 52.140 pontos. Já o dólar futuro para o mesmo mês tem queda de 0,15% a R$ 3,545. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 opera estável a 13,59%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 registra ganhos de 7 pontos-base a 12,27%. 

O minério de ferro spot com 62% de pureza e entrega no porto de Qingdao tem queda de 0,37% a US$ 54,34 a tonelada seca. 

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Sindicatos e empresários pressionam Temer
De acordo com o jornal “O Estado de S. Paulo”, Temer já está sendo pressionado tanto pelos empresários como pelos sindicatos para rever algumas medidas de ajuste que Meirelles andou esboçando na semana passada. Os focos são a reforma da Previdência e a volta da CPMF.

O presidente convidou as centrais sindicais para uma reunião nesta segunda-feira para discutir as mudanças no sistema previdenciário, já atacadas pelo deputado Paulinho da Força na sexta-feira. A CUT não confirmou presença e é muito difícil que compareça.

Temer diz que não tentará reeleição
O presidente interino Michel Temer afirmou hoje que não tem a intenção de se candidatar à reeleição. Em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, Temer disse também que, se for confirmado no cargo para cumprir o mandato até 31 de dezembro de 2018, pretende reduzir o desemprego e entregar à população um país pacificado. O presidente interino acrescentou que, caso cumpra essas tarefas, se dará por satisfeito. “Se cumprir essa tarefa, me darei por enormemente satisfeito.” 

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Durante a entrevista, panelaços e protestos foram ouvidos em alguns bairros em pelo menos cinco cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Porto Alegre, enquanto em Belo Horizonte, foram ouvidos gritos contra o presidente interino.

Relatório Focus
Também tinha algum peso por aqui o Relatório Focus, com a mediana das projeções de diversos economistas, casas de análise e instituições financeiras para os principais indicadores macroeconômicos. A previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2016 recuou de uma contração de 3,86% para uma de 3,88%, mas foi mantida para 2017 em um avanço de 0,50%. Já no caso do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o medidor oficial de inflação utilizado pelo governo, as projeções são de que haja um avanço de 7,00% este ano.

Cenário externo
As bolsas chinesas subiram nesta segunda-feira após o regulador do mercado negar notícias da mídia de que estaria se opondo a captações de recursos e fusões e aquisições em certos setores, ajudando a compensar dados econômicos fracos de abril. 

No restante do continente, as ações também tiveram modestos ganhos, ajudando a compensar parte do pessimismo com os dados fracos da China. 

O índice Nikkei do Japão teve leve alta, impulsionado por uma reportagem que afirmou que o país está preparado para adiar um aumento tributário sobre vendas marcado para abril de 2017. Esperanças de mais estímulos fiscais também favoreceram as ações japonesas. Indicadores chineses divulgados no fim de semana mostraram que os investimentos, produção industrial e vendas no varejo cresceram mais lentamente do que o esperado em abril, aumentando os temores de que uma recuperação vista em março já esteja se esgotando.

Já na Europa, o dia é de leve queda, de olho nos dados da China, com o FTSE em baixa de 0,42%, o CAC 40 em baixa de 0,95%, enquanto o DAX opera estável. As ações do setor de mineração, que costumam reagir negativamente aos números chineses, têm um dia de alta, com a Anglo American subiu 5,6%, enquanto BHP Billiton está no campo positivo após o Credit Suisse elevar o preço-alvo da ação. No mercado de commodities, o petróleo sobe ao maior nível em 6 meses após Goldman Sachs dizer que mercado passou para deficitário mais cedo que o previsto; o cobre avança em Londres. O brent subiu 2,01%, a US$ 48,79 o barril. 

O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.