Ibovespa Futuro cai pressionado por exterior e à espera de fala de Meirelles

Pré-market recua em meio a exterior fraco e com expectativas para discurso de Meirelles;

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em baixa nesta sexta-feira (13), pressionado pelo exterior, com uma queda nada desprezível nos futuros dos índices Dow Jones e S&P Futuro e um movimento errático das bolsas europeias. No radar doméstico hoje, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, faz sua primeira entrevista no cargo às 11h30 (horário de Brasília). 

Às 9h21, o contrato futuro do índice para fevereiro caía 0,39%, a 53.520 pontos. Após o dólar voltar aos R$ 3,50 com leilão de ontem, o Banco Central não anuncia mais oferta de swaps reversos nesta sexta. O dólar futuro para junho cai 0,36% a R$ 3,493. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 opera em alta de 4 pontos-base a 13,60%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 tem alta de 1 ponto-base a 12,11%. 

Entre as commodities, o minério de ferro spot com 62% de pureza e entrega no porto de Qingdao caiu 0,94% a US$ 54,54 a tonelada seca. 

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As medidas de Temer
O mercado hoje deve refletir o discurso do presidente interino Michel Temer, que acenou para maiores concessões à iniciativa privada, realização das reformas trabalhista e previdenciária e a manutenção de programas sociais como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e o Pronatec. Ele também fez um discurso de união para os três poderes, apelando para uma melhora da governabilidade. Para os próximos dias, espera-se que Temer “mostre serviço”, com seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já começando a trabalhar para aprovar medidas do ajuste fiscal.

Primeira reunião ministerial
Por falar no novo governo, o presidente interino convocou para as 9h de hoje a primeira reunião ministerial para discutir as primeiras medidas do governo, que deverão ser anunciadas na próxima semana. O encontro será no Palácio do Planalto. Além disso, o novo ministro da Fazenda já deve anunciar as primeiras medidas, além de sua equipe, às 11h30, após a reunião ministerial. 

IBC-Br
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) fecha a semana dos indicadores brasileiros, em queda de 0,36%, acima da expectativa dos economistas, que era de um recuo de 0,1% em março, depois de fazer uma retração de 0,29% em fevereiro. O IBC-Br foi divulgado nesta sexta-feira (13) às 8h30.

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PIB da Alemanha e da zona do euro
O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha, a maior economia da Europa, cresceu 0,7% no primeiro trimestre do ano em relação ao quarto trimestre de 2015 e avançou 1,6% na comparação anual, de acordo com dados preliminares da Destatis, como é conhecida a agência de estatísticas do país. Os números superaram as expectativas de analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que previam alta trimestral de 0,6% e ganho anual de 1,5% entre janeiro e março. Já o PIB da zona do euro cresceu menos do que inicialmente estimado no primeiro trimestre, segundo revisão publicada hoje pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. Entre janeiro e março, a economia do bloco avançou 0,5% ante o último trimestre de 2015 e registrou aumento de 1,5% na comparação anual.

Cenário externo
As bolsas chinesas fecharam na mínima de duas semanas nesta sexta-feira com o principal índice registrando a quarta semana seguida de quedas, em meio ao aumento das preocupações de que a recente retomada na atividade econômica pode estar acabando. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,49%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,3%, menor nível de fechamento desde 11 de março. Na semana, o SSEC acumulou perdas de 3 por cento, enquanto o CSI300 recuou 1,8%, quarta semana consecutiva de perdas de ambos. No restante do continente, as ações também recuaram após um desempenho ruim de Wall Street no dia anterior, enquanto o iene rondou a mínima de duas semanas com os operadores apostando que o banco central do Japão vai ampliar seus enormes estímulos. O iene tem enfraquecido nas últimas sessões com os investidores reduzindo suas posições compradas e com autoridades alertando sobre intervenções no câmbio. A declaração de um proeminente acadêmico com laços próximos ao presidente do banco central japonês, Haruhiko Kuroda, também enfraqueceu a moeda. Ele disse na quinta-feira que o Banco do Japão provavelmente vai expandir seus estímulos monetários em junho ou em julho, de olho nos dados do Produto Interno Bruto do primeiro trimestre e no resultado do encontro do G7 neste mês. O índice Nikkei teve queda de 1,41% hoje. As bolsas europeias também têm um dia de baixa, com dados de empresas e o PIB pior que o esperado na zona do euro pesando negativamente. O dia também é de queda para o petróleo, com baixa superior a 1%, em meio ao dólar forte e ao alerta da Rússia para excesso de oferta.

O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.