Holding da Vale sobe 6% e Natura afunda 5% após balanços; Oi dispara 10%

Confira os destaques da Bovespa nesta quinta-feira (28)

Paula Barra

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Vale (VALE3, R$ 20,20, +3,86% ;VALE5, R$ 15,96, +4,52% 
As ações da Vale sobem forte após a divulgação do balanço do primeiro trimestre e com a alta do minério de ferro. Acompanham o movimento os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 8,75, +6,06%) – holding que detém participação na mineradora. 

A Vale teve lucro líquido R$ 6,311 bilhões no primeiro trimestre de 2016, superando estimativa de analistas e retornando ao lucro pela primeira vez em três trimestres, com a contribuição de uma recuperação dos preços do minério de ferro e da valorização do real frente ao dólar. No mesmo período de 2015, a empresa havia publicado um prejuízo líquido de R$ 9,538 bilhões.

“A Vale entregou um trimestre bastante forte com resultado bem acima do consenso. Praticamente todas divisões conseguiram entregar uma boa performance operacional”, destaca o Credit Suisse.  O BTG Pactual destacou que o resultado veio muito forte com o EBITDA 40% acima do consenso. O destaque negativo ficou por conta de fluxo de caixa livre, que veio negativo em US$ 2 bilhões, influenciado por perda em derivativos US$ 510 milhões (caixa) mais capital de giro.

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Além disso, o minério de ferro negociado em Qingdao registrou alta de 2,96%, a US$ 62,90, o que repercute positivamente para o desempenho dos ativos da companhia. 

Bradesco (BBDC4, R$ 26,31, -1,74%)
Depois do susto inicial, as ações do Bradesco ganham fôlego depois da queda de até 4,33% (a R$ 25,61) mais cedo. Apesar da recuperação, o banco ainda opera em queda após o balanço mostrar um lucro ajustado de R$ 4,113 bilhões no primeiro trimestre, queda de 3,8% ante mesma etapa de 2015. A previsão média de analistas ouvidos pela Reuters para esta linha no período era de R$ 4,3 bilhões. O lucro líquido contábil do Bradesco ficou em R$ 4,121 bilhões entre janeiro e março, queda de 2,9% sobre igual período do ano passado.

Durante teleconferência nesta manhã, Luiz Carlos Angelotti, diretor gerente e de relações com investidores do Bradesco, disse que inadimplência deve crescer até o fim do ano, quando pode se estabilizar; a partir de 2018, ela pode voltar a cair. Durante o 1° trimestre, o Índice de Inadimplência superior a 90 dias ficou em 4,2%, 0,6 ponto percentual acima dos 3,6% do mesmo período do ano anterior. Segundo o gestor Mário Avelar, da Avantgarde Capital, o mercado parece ter gostado do que foi dito durante a teleconferência, principalmente na apresentação de guidance para 2018, em que o banco disse que espera redução na inadimplência, que subiu sensivelmente no último trimestre. 

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No trimestre, o PDD (provisão para devedores duvidosos) do banco aumentou em 52,2% na comparação anual, atingindo R$ 5,448 milhões. Se não fosse um corporate específico (que impactou as provisões em R$ 836 milhões), teria sido de R$ 4,612 milhões. Segundo Angelotti, esse evento específico está relacionado a uma empresa do setor de óleo e gás, mas que não pode citar nomes. Ele disse, no entanto, que isso não deve se repetir.   

A carteira de crédito expandida do Bradesco ficou praticamente estável, a R$ 463,208 bilhões. As operações com pessoas físicas subiram 4%, totalizando R$ 147,759 bilhões e com pessoas jurídicas caíram 1,8%, a R$ 315,449 bilhões. 

O crescimento das despesas com provisão também refletiu elevação da inadimplência no trimestre, decorrente, principalmente, da desaceleração da atividade econômica. Em relação ao ambiente macroeconômico, “incertezas políticas e o enfraquecimento da atividade econômica continuaram dificultando o ajuste fiscal em curso no curto prazo”.

“Em suma, o aumento das despesas com PDD, devido ao risco de inadimplência no segmento corporativo, foi negativo. Pelo lado positivo, houve redução das despesas administrativas, além do incremento da margem financeira de juros, porém, com a piora econômica, o resultado acabou sendo impactado negativamente”, avalia a XP Investimentos. 

Telefônica Brasil (VIVT4, R$ 44,17, +2,72%)
A Telefônica vê suas ações subirem após a companhia registrar lucro líquido de R$ 1,2 bilhão no primeiro trimestre, 179% maior que em igual período do ano passado. O Ebitda (lucro sobre juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) recorrente atingiu R$ 3,27 bilhões, alta de 7% no período, e a margem Ebitda recorrente cresceu 1,9 ponto percentual, para 31,4%. “É o maior Ebitda na história da Vivo”, disse Amos Genish, presidente da companhia.

O desempenho foi impactado em parte pela venda de 1.655 torres, por R$ 760 milhões, para a Telxius, nova empresa de infraestrutura do grupo espanhol. Mesmo excluindo as torres, o lucro cresce duas vezes, chegando a R$ 879 milhões, pelo Ebitda maior, aumento da eficiência financeira, afirmou Plaster.

Os analistas do BTG Pactual destacaram que os números da companhia vieram sólidos novamente, mesmo em um ambiente bastante desafiador, o que reforça a recomendação de compra para os ativos que, na avaliação do banco, seguem baratos. A companhia é a top pick do setor na região. Sobre o balanço, destaque para o crescimento do Ebitda. 

Natura (NATU3, R$ 26,52, -4,95%)
A Natura viu suas ações caírem até 7% após o resultado. “A companhia reportou o pior resultado que nós podemos lembrar”, destaca o Credit Suisse em relatório.

A companhia teve geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 217 milhões no período, queda de 24,1% sobre os três primeiros meses do ano passado. A margem Ebitda caiu 4,6 pontos percentuais, a 12,8%. Além da piora no resultado operacional, o prejuízo teve impacto do aumento de provisão para compra da parcela restante da australiana Aesop, pela marcação a mercado do hedge das dívidas em moeda estrangeira e outros fatores ligados ao câmbio.

“As operações no Brasil são o principal problema, enquanto que o internacional e Aesop estão crescendo forte. Alem da piora macro no mercado local, a companhia tambem está sofrendo com a competição. O management está no caminho certo ao focar em diversas iniciativas como revitalizar as vendas diretas, mudanca em marketing, racionalização do portfólio, parcerias com farmácias e entrando no varejo; no entanto, n]ao esperamos colher os frutos dessas estrategias no curto prazo. Mantemos o rating de underperform”, ressalta o Credit. 

Oi (OIBR4, R$ 1,11, +8,82%) 
As ações da Oi dispararam nesta manhã, indo para a máxima do dia, após queda de 5% ontem depois de ter tido rating rebaixado pela Standard & Poor’s, indo de “CCC” para “CCC-“. O rebaixamento ocorreu após empresa anunciar que chegou a acordo para Moelis & Co. para atuar como consultor de um grupo de credores e tornar reestruturação de dívida provável.

BB Seguridade (BBSE3, R$ 30,89, -1,38%) 
As ações da BB Seguridade caem após a companhia ter sua recomendação reduzida para neutra pelo Credit Suisse. Para os analistas, a fase de maior crescimento está ficando pra trás, principalmente por acreditar que a realidade de uma penetração maior na base de produtos de seguro deixa a companhia mais exposta a flutuações da economia e que a empresa pode pela primeira vez não entregar o lucro dentro do guidance (8-12% de crescimento para 2016). “Os dados da Susep indicam que os números dos próximos meses podem ser mais fracos e mostram que os dados financeiros tem ganhado bastante importante nos lucros da empresa”, afirmam os analistas. 

JBS (JBSS3, R$ 9,41, +2,28%)
As ações da JBS sobem após a divulgação do resultado da sua subsidiária nos EUA, a Pilgrims, que apresentou bons números. A companhia brasileira reportará seu balanço no dia 12 de maio.

“Se a JBS depender do resultado da sua subsidiária nos EUA,o resultado pode surpreender pra cima. A empresa conseguiu entregar uma recuperação significativa no Ebitda que saiu de US% 150 milhões no quarto trimestre de 2015 para US$ 234 milhões no primeiro trimestre de 2016. Além disto, a empresa entregou uma geração de caixa neste trimestre de US$ 136 milhões e anunciou um dividendo de US$ 700 milhões que irá ajudar no caixa consolidado da JBS”, destaca o Credit Suisse.

Odontoprev (ODPV3, R$ 11,45, -3,12%)
A companhia de planos odontológicos OdontoPrev vê suas ações caírem após números fracos do primeiro trimestre e com a mudança na gestão. A empresa registrou lucro líquido de R$ 68,8 milhões no primeiro trimestre, num avanço de 1,4% em relação a igual período de 2015. A receita líquida somou R$ 329,7 milhões de janeiro a março, avanço de 9,1% na comparação anual. O tíquete médio cresceu 7,8%, para R$ 17,95, refletindo o reajuste de contratos corporativos e a mudança de mix no período. O Ebitda ficou em R$ 98,4 milhões, alta de 1,3%. Em base ajustado, o Ebitda cresceu 5,1%, a R$ 87,8 milhões. A companhia também anunciou o pagamento de R$ 43,1 milhões em dividendos, correspondentes a R$ 0,0816 por ação. O pagamento será em 3 de junho, com base na posição acionária nesta quarta-feira, e as ações serão negociadas “ex-dividendos” a partir de 28 de abril.

Além disso, a companhia informou que em Reunião do Conselho de Administração da Companhia realizada na véspera, foi registrado o recebimento da carta de renúncia de Mauro Silvério Figueiredo, ao cargo de Diretor Presidente da Companhia, e foi eleito para o cargo Rodrigo Bacellar. As alterações passam a ter eficácia em 1º de junho de 2016.

Para o BTG Pactual, os números operacionais preocupantes mais a mudança do CEO (Chief Executive Officer) ligam o sinal de alerta para a empresa. Os números vieram fracos, apontam os analistas, e abaixo das expectativas. Sobre a mudança do CEO, a princípio, parece negativa, uma vez que Figueiredo tinha uma vasta experiência no setor: “sua saída claramente aumenta os riscos de execução, especialmente no ambiente atual”. “A Odontoprev permanece altamente exposta a condições mais fracas do mercado de trabalho, e está lutando para entregar o crescimento esperado que justifique o valor atual dos ativos”, destacam os analistas.

Duratex (DTEX3, R$ 7,99, -2,20%)
 A companhia de insumos para construção civil Duratex vê suas ações caírem após o balanço do primeiro trimestre. A companhia teve prejuízo de R$ 29,56 milhões no primeiro trimestre, revertendo resultado positivo de R$ 68,47 milhões um ano antes.

A companhia divulgou nesta quinta-feira Ebitda de R$ 146,55 milhões para o período, queda de 43,2% na comparação anual.

Multiplan (MULT3, R$ 57,05, -2,14%)
A administradora de shopping centers Multiplan vê suas ações em queda após a companhia ter lucro líquido de R$ 70,1 milhões no primeiro trimestre, praticamente estável ante o mesmo período um ano antes, informou a companhia. O aumento das receitas de serviços (34,3%) e estacionamento (9,4%) compensaram o recuo de 65,2% da receita de venda de imóveis e de 9,4% no resultado financeiro, disse a companhia em seu relatório de resultados.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 2,6% na mesma base de comparação, a R$ 198,8 milhões. A receita líquida total subiu 5,3% ano a ano e encerrou o trimestre em R$ 278,8 milhões.

Os lojistas dos shopping centers da Multiplan registraram vendas de R$ 3 bilhões entre janeiro e março, alta anual de 3,1%. “Este é mais um aumento consecutivo de vendas, apesar do cenário macro desafiador que afeta o desempenho do varejo no país”, disse a empresa no balanço. Porém, as vendas mesmas lojas da Multiplan cresceram 1,6% no período ante expansão de 4,3% no primeiro trimestre de 2015. Já a taxa de ocupação foi de 97,9% ao final de março, abaixo dos 98,6% registrados um ano antes.

De acordo com o BTG Pactual, os números seguiram as expectativas do lucro líquido à receita líquida. “Nós não esperamos que os resultados do primeiro trimestre seja um gatilho para a ação”, avaliam os analistas, que mantém o papel como top pick do setor.

Kroton (KROT3, R$ 12,42, -1,43%
A Kroton Educacional informou que a captação de alunos na graduação presencial caiu 9% no primeiro trimestre sobre um ano antes, enquanto a base de estudantes nesse segmento ficou praticamente estável, a cerca de 437 mil alunos ao final do processo seletivo.

Na modalidade de ensino a distância (EAD), a captação, as rematrículas e a base de alunos cresceram, cada um, 1% contra os três primeiros meses do ano passado.

Via Varejo (VVAR11, R$ 7,12, +4,71%)
A unit da Via Varejo sobe forte após a rede de varejo de eletromésticos e móveis do Grupo Pão de Açúcar, afirmou nesta quinta-feira que está estudando com a Cnova uma combinação dos negócios de comércio eletrônico da Cnova no Brasil com suas operações.

A Cnova, do grupo Casino, opera sites de varejo em vários países incluindo os das bandeiras Ponto Frio, Casas Bahia e Extra no Brasil.

Klabin (KLBN11, R$ 18,59, -0,69%)
A Klabin divulgou resultado, com lucro líquido de R$ 1,07 bilhão no primeiro trimestre, ante perda de R$ 729 milhões apurada no mesmo período de 2015. A receita líquida avançou 11,8%, para R$ 1,46 bilhão, com estabilidade nas vendas domésticas e alta de 13% nas vendas externas em volume.

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