Vale aprova nova política de dividendos; Petrobras, BRF e resultados agitam o radar

Confira os destaques corporativos da noite desta segunda-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – Com a temporada ainda caminhando a passos lentos e atenção voltada à comissão do impeachment, os destaques corporativos seguem enfraquecidos na noite desta segunda-feira (25). Confira abaixo as principais notícias após o fechamento do pregão:

Petrobras
A Petrobras (PETR3; PETR4) disse, em comunicado divulgado ao mercado nesta noite, que a decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro não suspende a venda de 49% das ações de sua subsidiária Gaspetro para a japonesa Mitsui. Segundo a estatal, o juiz determinou, sim, que a Mitsui não poderá dispor das ações adquiridas. Com isso, a Mitsui não poderá fazer quaisquer negócios com os papéis, como vendê-las.

Conforme o GLOBO publicou ontem, a Justiça Federal do Rio concedeu liminar atendendo à Federação Única dos Petroleiros (FUP), que pedia a suspensão da venda. A Petrobras foi procurada anteontem mas não respondeu sobre o tema até o encerramento da edição do jornal. Ontem, a empresa afirmou que a liminar não suspendeu a venda, como noticiado pelo jornal, mas, sim, impediu a Mitsui de “dispor das ações”.

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Vale (VALE3; VALE5)
A mineradora Vale aprovou nesta segunda-feira em assembleia de acionistas uma nova política de dividendos, que permite que a companhia passe a encerrar o pagamento após o fechamento do exercício e não ao longo dele, como ocorria anteriormente, segundo ata enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 
Pela nova regra, o montante da remuneração ao acionista ficará ainda a critério do Conselho de Administração.

A mudança ocorreu após a Vale registrar prejuízo líquido de 33,156 bilhões de reais no quarto trimestre de 2015, o pior resultado desde pelo menos a privatização da empresa, em 1997, com suas contas afetadas pelos baixos preços das commodities, que levaram a companhia a realizar uma expressiva baixa contábil.

A nova proposta de remuneração ao acionista será analisada e paga, caso seja decidido pelo pagamento, em dois momentos. A primeira parcela poderá ser paga no mês de outubro do ano em curso e a segunda parcela até o fim do mês de abril do ano subsequente. “O valor da primeira parcela será definido em função dos resultados acumulados do período pela companhia e da estimativa de geração de fluxo de caixa livre para o ano. O valor da segunda parcela será definido após a apuração do resultado do exercício social”, segundo documento da Vale.

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Lojas Renner (LREN3)
Temperaturas mais altas e a recessão no país pressionaram os resultados da Lojas Renner no primeiro trimestre, mas a expectativa de clima mais ameno a partir desta semana pode ajudar as vendas, segundo o diretor financeiro e de relações com investidores, Laurence Gomes.

A varejista teve lucro líquido de R$ 65,5 milhões entre janeiro e março, queda de 10,5% na comparação anual. “Foi um trimestre positivo, considerando a forte base de comparação do ano passado e o ambiente promocional em que a gente conseguiu expandir a margem bruta. Foi a melhor margem bruta para um primeiro trimestre em seis anos”, disse o Gomes. A margem bruta das operações de varejo foi de 55,6%.

A receita líquida aumentou 6,5% no período, a R$ 1,076 bilhão. Segundo Gomes, o resultado “poderia ter sido melhor” se a Renner não tivesse enfrentado questões internas -já resolvidas-, como a falta de produtos leves num momento de temperaturas mais elevadas do que a média. “Se excluíssemos os itens de inverno, teríamos crescimento de dois dígitos”, disse.

As vendas no quesito mesmas lojas (abertas há mais de um ano) subiram apenas 1,3%, ante 16,5% na mesma etapa de 2015. Por enquanto, a performance de vendas de regiões mais quentes e que ofertam menos itens de inverno está melhor do que no Sudeste e no Sul. “Para esta semana é esperada uma frente fria e a gente espera normalização das vendas daqui para frente”, disse Gomes.

No trimestre, o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado total caiu 6,5% na comparação anual, a R$ 185,8 milhões. Do lado financeiro, as perdas no cartão Renner, líquidas das recuperações, atingiram 1,8% sobre a carteira total no primeiro trimestre, ante 2,4% no mesmo período de 2015.

Localiza (RENT3)
A Localiza teve lucro líquido de R$ 103 milhões no primeiro trimestre, alta de 2,7% na comparação anual, informou a empresa de gestão de frotas e aluguel de veículos. A alta de 41% das despesas financeiras, para R$ 67,7 milhões, pressionou o resultado.

A receita líquida consolidada subiu 4%, a R$ 1,047 bilhão. A receita líquida de aluguel avançou 8,5%, enquanto a de seminovos ficou estável. Segundo a Localiza, a queda de 6,3% no volume de venda de carros foi compensada pelo aumento de 6,8% no preço dos veículos vendidos.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado cresceu 5,5% na mesma base de comparação, a R$ 258,4 milhões.

Odontoprev (ODPV3)
O STF (Supremo Tribunal Federal) aceitou o processo movido pela Bradesco Dental (incorporada pela OdontoPrev em 1º de julho de 2010), disse a Odontoprev em comunicado divulgado ao mercado nesta noite. Segundo o documento, o processo é para afastar o recolhimento de contribuições previdenciárias referentes a valores repassados a profissionais credenciados, prestadores de serviços a beneficiários da companhia. O processo acarretará aproveitamento econômico para a companhia, até a data do evento de incorporação, no montante de R$ 41,2 milhões, disse a empresa.

BRF (BRFS3)
A BRF informou hoje à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que celebrou o contrato para a aquisição de 60% da Al Khan Foodstuff (AKF), distribuidora de alimentos congelados em Omã, por cerca de US$ 38,4 milhões. Com isso, a BRF, que já tinha 40% da AFK, passa a deter a totalidade das ações da empresa.

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