Animado com o rali das siderúrgicas? Esses 3 gráficos vão fazer você repensar sobre isso

Apesar de todo barulho em torno da retomada da alta das ações, a realidade dessas empresas ainda é assustadora, em meio à deterioração econômica dos últimos anos, que trouxe um forte reflexo para o setor

Paula Barra

Indústria siderúrgica na China

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SÃO PAULO – O rali de até 300% das siderúrgicas na Bovespa desde janeiro deste ano têm chamado atenção de investidores – até daqueles que estavam mais céticos com uma retomada das ações, que penaram ano passado, fechando como uma das piores da Bolsa. A trajetória ascendente levou bancos a revisarem papéis dessas empresas neste início de ano. O BTG Pactual, por exemplo, elevou para compra Gerdau (GGBR4) em março deste ano, depois de ter levado um tombo com o papel ano passado.

Apesar de todo barulho em torno da retomada dos papéis, a realidade dessas empresas ainda é assustadora, em meio à deterioração econômica dos últimos anos, que trouxe um forte reflexo para o setor. Se você ainda não se convenceu sobre isso, pode ser que os três gráficos que serão dispostos abaixo (produzidos pela consultoria Economatica) coloquem uma luz sobre o complicado momento que vive o setor. Confira: 

1) Pior desempenho em 2015
No ano passado, o setor atingiu seu pior desempenho, com prejuízo de R$ 6,47 bilhões, segundo levantamento da Economatica, que utilizou o resultado de 14 empresas do setor de siderurgia e metalurgia de 2009 até 2015. Sem considerar a Gerdau, o prejuízo seria de R$ 1,92 bilhão. A siderúrgica registrou perdas de R$ 4,55 bilhões ano passado, antecedida pela Usiminas (USIM5), com prejuízo de R$ 3,23 bilhões. Elas figuraram como o maior e o quinto maior prejuízo do setor desde 1986, respectivamente.

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Das 14 companhias, a CSN (CSNA3) é a empresa com melhor desempenho em 2015, com lucro de R$ 1,25 bilhão, depois de ter deixado um prejuízo de R$ 105,2 milhões. Do levantamento, apenas 8 empresas registraram lucro e 6, prejuízo no ano passado. 

2) Dívida soma R$ 72,5 bi
A dívida consolidada das empresas teve crescimento de 22,2% em 2015 quando comparado com o ano anterior, atingindo R$ 72,55 bilhões. Em relação ao ano de 2009, a dívida é 96,6% maior. Há seis anos, era de R$ 36,9 bilhões.

Segundo levantamento, a empresa com maior dívida é a CSN (CSNA3) – que aparece como a empresa com maior lucro em 2015. O endividamento da companhia atingiu R$ 34,2 bilhões no período, crescimento de 14,2%. Na sequência, aparece a Gerdau, com R$ 26,4 bilhões. 

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3)  Empresas ‘perdem’ 70% na Bolsa desde 2009
As siderúrgicas viram seu valor de mercado cair 69,13% de 2009 até 15 de abril de 2016, quando totalizou em R$ 33,9 bilhões. Mas o pior momento do setor foi em dezembro de 2015, quando as empresas atingiram R$ 17,6 bilhões – o que representa uma queda de 83,94% com relação a 2009. 

Em 15 de abril de 2016, a CSN era a empresa com o maior valor de mercado, com R$ 16,17 bilhões, o que representa 47,7% do setor. Desde 2009 até o último dado atualizado, 10 empresa do setor tinham mais de 50% de queda do valor de mercado.

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