Eletrobras pode ser forçada a pagar R$ 1,2 bi a Belo Monte; recomendações e mais 8 notícias

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quinta-feira (14)

Lara Rizério

Usina Hidrelétrica de Tucuruí *** Local Caption *** Comportas abertas da usina de Tucuruí

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo segue movimentado nesta quinta-feira (14). Em destaque, a Eletrobras (ELET6) pode ter que pagar R$ 1,2 bilhão ao ano até 2045 para a Usina de Belo Monte, de acordo com informações da Folha de S. Paulo. Isso porque os acionistas da concessionária estudam maneiras de forçar a estatal a comprar a energia excedente da usina hidrelétrica.

Um contrato entre a Eletrobras e a Norte Energia prevê preferência de compra e venda caso a concessionária não consiga vender essa sobra (que representa 20% do total da energia) para o mercado livre –segmento em que as empresas compram e vendem eletricidade diretamente, sem a necessidade de leilões. A reunião em Belo Monte, na qual eles irão discutir o chamado “Contrato Eletrobras”, está marcada para esta quinta-feira.

Estácio 
A Estácio Participações (ESTC3) fez parceria com a plataforma global de cursos extracurriculares online Udemy, baseada nos Estados Unidos, com objetivo de aumentar a exposição deste segmento dos atuais 5 por cento para até 15 por cento de sua receita total até 2020. De acordo com o presidente da companhia brasileira, Rogério Melzi, a estratégia é importante para diversificar os negócios da Estácio.

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“Temos a oportunidade de vender os cursos para nossos mais de 500 mil alunos e queremos monetizar os ativos que desenvolvemos internamente vendendo para pessoas fora da Estácio”, afirmou. No caso de cursos presenciais, que também poderão ser oferecidos pela parceria, há possibilidade de ocupar os campi pela manhã e à tarde. As empresas esperam para este ano que mais de 100 mil brasileiros façam pelo menos um curso oferecido pela plataforma. Com a parceria, serão oferecidos mais de 600 cursos em português, sendo 100 da Estácio e 500 da Udemy, em áreas como programação, marketing, contabilidade ou preparatórios para exames como o da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Os valores cobrados vão de 50 a 200 reais, mas há opções gratuitas.

“Mesmo com o Brasil enfrentando uma crise financeira, as pessoas ainda estudam. O interesse da Udemy em fazer isso no Brasil precisamente no momento de crise mostra confiança no país”, disse Melzi. “Além de tudo, nós temos acesso a 500 mil estudantes em nossa base e podemos facilmente vender para eles. Estudantes podem ser bons compradores”, afirmou, acrescentando que o plano de crescimento da Estácio até 2020 prevê avanço da unidade de 5 por cento para entre 10 e 15 por cento da receita total da empresa.

BR Properties
A GP investments obteve consentimento de credores da BR Properties (BRPR3) para OPA. A GP disse ter concluído, com sucesso, o processo de obtenção de todos os consentimentos dos credores da BR Properties, segundo comunicado ao mercado.

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O consentimento está condicionado à ratificação, anteriormente à conclusão da OPA, dos seus termos e condições pelos acionistas da BR Properties em assembleia geral extraordinária; ao sucesso da OPA; e, em determinados casos, à formalização dos seus termos com celebração de aditamentos aos contratos de crédito existentes.

CPFL Energia
O conselho de administração da CPFL Energia (CPFE3) elegeu André Dorf para assumir, a partir de 1º de julho, o cargo de diretor presidente da companhia, dando curso ao processo de sucessão do atual presidente Wilson Ferreira Jr., que exerce o cargo desde 2000.

“Na qualidade de diretor presidente indicado, André Dorf iniciará um programa de transição com Wilson Ferreira Jr., que permanecerá no pleno exercício de sua atual função de diretor presidente até 1º de julho”, informa a empresa.

André Dorf é atualmente o diretor presidente da CPFL Renováveis. Já atuou como principal executivo e membro da diretoria executiva de companhias no Brasil, como presidente da Suzano Energia Renovável e anteriormente na Suzano Papel e Celulose como diretor de diversas áreas. Na CPFL Energias Renováveis, Dorf apresentou seu pedido de renúncia a partir de 1º de julho. Segundo comunicado desta companhia, seu conselho de administração se reunirá oportunamente para eleger o novo diretor presidente.

“Wilson estava há 16 anos como CEO da companhia, tinha imensa experiência no setor e foi um dos grandes responsáveis por levar a companhia ao alto grau de qualidade que possuir hoje. Apesar da grande qualificação de seu substituto, pensamos que os investidores podem se decepcionar com a saída do CEO Wilson”, avalia o Credit Suisse.

 

Embraer
A Embraer (EMBR3) entregou 21 jatos comerciais e 23 executivos no primeiro trimestre, em um total de 44 aeronaves, alta de 37,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, informou a companhia nesta quinta-feira. Em 31 de março, a carteira de pedidos firmes a entregar totalizava US$ 21,9 bilhões, acrescentou a fabricante.

Even
A construtora e incorporadora Even (EVEN3) registrou um volume de lançamentos de R$ 101 milhões no primeiro trimestre de 2016, considerando o Valor Geral de Vendas (VGV) da participação da companhia nos empreendimentos, excluindo a fatia de parceiros, segundo prévia operacional divulgada nesta quarta-feira (13). O resultado dos três primeiros meses do ano corresponde a uma queda de 77,8% frente aos R$ 457 milhões do quarto trimestre de 2015. Vale mencionar que em igual período do ano passado a Even não lançou novos projetos.

No primeiro trimestre, as vendas contratadas somaram R$ 315 milhões, considerando apenas a parte Even, dos quais R$ 73 milhões ou 23% do total referem-se a vendas de lançamentos do período. Os restantes R$ 242 milhões ou 77% das vendas foram de unidades em estoque. O resultado de vendas no começo do ano é 24% maior que os R$ 254 milhões do igual período do ano passado, mas 32,3% menor que os R$ 465 milhões do quarto trimestre de 2015.

Conforme destaca o BTG Pactual, a estratégia de oferecer descontos para impulsionar as vendas parece funcionar para a companhia, com os dados operacionais melhores do que o esperado, em meio ao cenário desafiador para as vendas no setor imobiliário. A recomendação para os ativos é de compra.  

De acordo com o Bradesco BBI, os dados preliminares continuam refletindo a estratégia da companhia de monetizar ativos mais rapidamente: “a estratégia de recuperação de ativos está funcionando bem, mas não o suficiente para compensar as margens brutas menores”, afirmam os analistas do banco.

CSN
O funcionário da Companhia Siderúrgica Nacional – CSN (CSNA3) Wanderley dos Santos, 38 anos, vítima de um incêndio na usina de Volta Redonda em março, morreu ontem (13). Ele estava internado no Hospital Oeste D’Or, no Rio de Janeiro, desde o último dia 26.

Outros três funcionários feridos continuam internados no mesmo hospital. Renan Martins de Castro, 29 anos, teve agravamento de seu quadro de saúde, de acordo com a assessoria de imprensa da CSN. Já Dênis da Silva, 37 anos, e Aluênio Alves, 31, seguem em observação.

Os quatro ficaram feridos em um incêndio na noite de 25 de março, na área de zincagem (onde o zinco é passado nas folhas de aço que serão comercializadas) da usina de Volta Redonda. A CSN ainda não tem uma conclusão sobre as causas do acidente.

Log-In
A Log-In (LOGN3) vai propor grupamento de 5 ações para 1 em assembléia de 28 de abril. A ação fechou a última quarta-feira cotada a R$ 1,14. 

Rumo
As ações da Rumo Logística (RUMO3) foram elevadas de neutra para compra pelo Goldman Sachs.

Eneva
A Eneva (ENEV3) obteve aval do Cade para acordo com Cambuhy e OGX para PGN. A operação é aprovada sem restrições, segundo despacho do Cade no Diário Oficial. A Eneva aprovou acordo de subscrição Cambuhy e OGX para controlar Parnaíba Gás Natural.

(Com Reuters, Agência Estado e Agência Brasil)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.