Petrobras aprova novo PDV e China faz exigências à estatal; recomendações e mais notícias

Itaú conclui aquisição de 89% da Recovery, BRF busca aquisições na Malásia e mais notícias

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – O primeiro dia do mês já começou movimentado, com a deflagração da nova fase da Operação Lava Jato, denominada Carbono 14. Porém, o noticiário corporativo também segue agitado nesta sexta-feira (1). Confira as principais notícias do dia no cenário corporativo:

Petrobras
A Petrobras (PETR3;PETR4) informou que sua diretoria executiva aprovou um Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário com estimativa de participação de até 12 mil empregados, o que representaria um custo para a companhia de R$ 4,4 bilhões com as demissões, segundo comunicado ao mercado nesta sexta-feira.

A petroleira afirmou que o objetivo é adequar a força de trabalho às necessidades do Plano de Negócios e Gestão, elevar a produtividade e gerar valor para a companhia, e que há um retorno esperado de R$ 33 bilhões com o plano no período 2016-2020.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Destaque ainda para a notícia do Estadão de que a principal financiadora da estatal atualmente, a China vem conseguindo, a cada liberação de dinheiro para a petroleira, impor a compra dos seus equipamentos e serviços e desbancar a indústria nacional. Documento obtido pelo jornal mostra que, em financiamento obtido em abril de 2015, a Petrobras se comprometeu a adquirir em produtos chineses o equivalente a 60% do valor total do empréstimo de US$ 3,5 bilhões.

Segundo fonte próxima à estatal ouvida pelo jornal, o mesmo modelo de acordo tem sido replicado em todos contratos firmados mais recentemente com o banco de desenvolvimento chinês, o CDB.

Itaú
O Itaú Unibanco (ITUB4) anunciou na quinta-feira que concluiu a compra anunciada em dezembro de 89,08 por cento da empresa de recuperação de crédito Recovery do Brasil, sendo 81,94 por cento do BTG Pactual e 7,14 por cento de outros acionistas, além de cerca de 70 por cento de um portfólio de 38 bilhões de reais em direitos creditórios, que eram do BTG Pactual.

Continua depois da publicidade

Braskem
A Braskem (BRKM5) anunciou ontem que indicou para o cargo de vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores o engenheiro Pedro van Langendonck Teixeira de Freitas. Se confirmado, ele vai suceder Mario Augusto da Silva, que, segundo a Braskem, vai assumir novos desafios profissionais.

Pedro Freitas é graduado em engenharia pela Escola Politécnica da USP e com MBA pelo INSEAD, e tem mais de 15 anos de experiência profissional, segundo comunicado ao mercado divulgado pela petroquímica. Nos últimos cinco anos, ele estava à frente da diretoria de Estratégia Corporativa da Braskem, com a responsabilidade de elaborar o plano de negócios e avaliar oportunidades de investimentos e de fusões e aquisições.

A indicação de Pedro Freitas para o cargo de vice-presidente de Finanças e RI será confirmada em reunião do Conselho de Administração da Braskem que será realizada nos próximos dias.

Telefônicas
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) suspendeu, mais uma vez, o processo de revisão dos contratos de telefonia fixa para o período de 2016 a 2020. Relator do caso, o conselheiro Igor Vilas Boas de Freitas não concordou com o voto-vista apresentado pelo conselheiro Rodrigo Zerbone. Diante do impasse, o conselheiro Otávio Luiz Rodrigues Junior decidiu pedir vista.

O presidente da Anatel, João Rezende, admitiu que será necessário publicar nova resolução prorrogando o prazo para a revisão dos contratos. A data-limite era 31 de dezembro de 2015, mas havia sido alterada para 30 de abril. O processo de revisão dos contratos é feito de cinco em cinco anos e tem como objetivo monitorar a atividade das operadoras e estabelecer novos condicionamentos e metas para garantir universalização e melhor qualidade na prestação de serviços pelas empresas.

Quando apresentou seu voto, em 18 de fevereiro, Freitas defendeu o fim de concessões de telefonia fixa sob o argumento de que esse regime não é mais atrativo. Nesse regime, as empresas atuam como concessionárias, têm tarifa estabelecida pela Anatel e possuem obrigações de investimentos a serem cumpridas.

Freitas argumentou que o melhor seria que a telefonia fixa passasse a atuar pelo regime de autorização, com liberdade de preços, a exemplo do que ocorre na telefonia móvel, internet e TV por assinatura. Na avaliação dele, a competição permitiria barateamento de serviços. A concessão só seria mantida nas localidades atendidas apenas por orelhões, sem cobertura de telefonia móvel.

Nesta quinta-feira, 31, o conselheiro Rodrigo Zerbone apresentou voto divergente. Na avaliação dele, a proposta de Freitas não resolve a questão da sustentabilidade econômico-financeira das concessões, ao manter as obrigações de investimento em telefones públicos.

 Sabesp
A Arsesp, autorizou a Sabesp (SBSP3) cancelar a concessão do bônus para quem economiza água e a aplicação da multa para os que aumentaram o consumo. A medida valerá a partir das leituras a serem realizadas em maio.

Light
A Light (LIGT3) prestou esclarecimentos informando que a companhia possui interessados na Renova, mas não há decisão formal. De acordo com notícia do Valor Econômico da última quarta-feira, a companhia de energia estarianegociando com três interessados em assumir a fatia de 15,9% que a companhia possui na Renova Energia, geradora de energia renovável (eólica e solar).

BRF
A BRF (BRFS3) anunciou na quinta a abertura de um novo escritório em Kuala Lumpur, na Malásia, como parte da estratégia de internacionalização da empresa. Em nota, o diretor geral da BRF na Ásia, Simon Cheng, afirmou que a empresa vê “uma grande oportunidade na Malásia como plataforma global para alcançar mercados consumidores islâmicos em todo o mundo”.

Com o escritório, a BRF espera detectar oportunidades de investimento na região com mais agilidade. “Dada a sofisticada base de consumidores da Malásia, pretendemos também aprofundar o conhecimento sobre os hábitos de consumo da população local. Os insights serão traduzidos em novos produtos que poderão ser comercializados em diferentes mercados halal no mundo”, ressalta Simon.

Farmácias
Destaque para uma notícia que pode repercutir em ações do setor farmacêutico, como Raia Drogasil (RADL3) e Brasil Pharma (BPHA3). O governo federal autorizou reajuste de até 12,50% nos preços de medicamentos, dependendo da categoria do produto. As empresas fabricantes estão autorizadas a aplicar o aumento desde quinta, conforme resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 1. 

Este ano, o reajuste está bem acima do autorizado ano passado e compensa perdas com a inflação, como queria o setor. Em 2015, o reajuste máximo autorizado foi de 7,7% e, em 2014, o teto para o reajuste foi de 5,68%. Segundo a CMED, o ajuste tem como referência o mais recente Preço Fabricante (PF) publicado na lista de preços na página da Câmara na internet. O ajuste é baseado em um modelo de teto de preços calculado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em um fator de produtividade, em uma parcela de fator de ajuste de preços relativos intrassetor e em uma parcela de fator de ajuste de preços relativos entre setores.

Recomendações
Destaque ainda paras diversas recomendações que estão no radar do mercado hoje. A B2W (BTOW3) foi rebaixada de neutra para venda pelo Citi, enquanto a Fibria (FIBR3) foi rebaixada de overweight para neutra pelo JPMorgan. Por outro lado, a mesma companhia de papel e celulose teve sua recomendação elevada para sector outperform pelo Scotiabank.

GP Investments
A GP Investments (GPIV33) concluiu a venda da participação remanescente na Tempo Participações detida pelo fundo GP Capital Partners III, administrado por uma subsidiária da GP. Segundo a empresa, o GPCP III fez seu investimento inicial na Tempo em janeiro de 2007 com o objetivo de aproveitar o forte potencial de crescimento orgânico e inorgânico da companhia, obter a liderança em seus diferentes segmentos de atuação e se beneficiar de importantes sinergias operacionais entre as unidades de negócios.

“Atualmente a Tempo é uma das principais companhias do País na prestação de serviços de assistências especializadas e call center. A venda da participação do GPCP III na Tempo representa o último passo de um processo de desinvestimento oportunístico e gradual iniciado em 2013 com a venda de certas unidades de negócio da companhia (como Health Insurance, Health Services, Home Care e Planos Dentários), com intuito de maximizar o valor gerado aos acionistas por meio de distribuições de caixa”, afirma a empresa em comunicado ao mercado.

A transação foi estruturada por meio de duas ofertas públicas voluntárias lançadas pelo The Carlyle Group: uma oferta pública voluntária de aquisição do controle acionário da Tempo realizada em novembro de 2015; e uma oferta pública voluntária para aquisição do restante das ações em circulação e consequente cancelamento de registro de companhia aberta, que foi liquidada na quinta-feira, 31.

(Com Reuters e Agência Estado)

Especiais InfoMoney:

As novidades na Carteira InfoMoney para março

André Moraes diz o que gostaria de ter aprendido logo que começou na Bolsa

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.