Embraer, PDV da Petrobras, balanço da JBS: o que você precisa saber além das gravações de Lula

Confira as principais notícias do radar corporativo desta quinta-feira (17)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Além das gravações de Lula, que repercutirão e muito na Bolsa, o cenário corporativo segue movimentado. Confira os principais destaques: 

Embraer
Segundo o Wall Street Journal, um consultor de vendas que diz ter pago propina em nome da Embraer disse a promotores brasileiros acreditar que gestores da empresa, incluindo seu presidente Frederico Curado, sabiam dos pagamentos ilícitos ligados à venda de aviões para a República Dominicana, diz WSJ, citando resumos oficiais de declarações do consultor Elio Moti Sonnenfeld.

Curado não foi indicado ou acusado de qualquer irregularidade na denúncia criminal apresentada em 2014, informou o jornal.

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A Embraer disse à Bloomberg em comunicado por e-mail que está impossibilitada de comentar as alegações citadas pelo WSJ porque a reportagem “é baseada em alegações que foram aparentemente vazadas de uma declaração confidencial de um réu em um processo que tramita em segredo de Justiça no Brasil, não estando, assim, disponível para a empresa”. A empresa disse que “mantém um processo permanente de avaliação de denúncias e continuará a tomar as ações apropriadas, conforme as circunstâncias exijam”, segundo o comunicado. 

“A empresa imediatamente contratou advogados externos para conduzir uma ampla investigação interna, de forma independente”. “Os resultados da investigação são confidenciais e têm sido reportados às autoridades competentes”, informou a empresa.

JBS
A companhia de alimentos JBS teve prejuízo líquido de 275,1 milhões de reais, ante lucro líquido de 618,8 milhões de reais um ano antes, em meio a um forte aumento das despesas financeiras, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira. No ano, a companhia teve lucro líquido de 4,6 bilhões de reais, alta de 127,9 por cento sobre o resultado em 2014, quando foi 2,036 bilhões de reais.

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As despesas financeiras líquidas totalizaram 1,737 bilhão de reais, incluindo despesas relacionas a proteção de variação de moedas, no total de 1,336 bilhão reais no trimestre. A receita líquida no trimestre cresceu 37,5 por cento na comparação com 2014 e encerrou dezembro em 47,161 bilhões de reais. Na comparação com o terceiro trimestre, a receita cresceu 9,6 por cento.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização na sigla em inglês) ajustado entre outubro e dezembro foi de 3,131 bilhões de reais, queda anual de 4,8 por cento. A média de estimativas de analistas obtidas pela Reuters apontava receita de 47,593 bilhões de reais e Ebitda de 3,349 bilhões. Entre as prioridades da JBS em 2016 estão o crescimento orgânico e a “excelência operacional”, que também citou a geração de caixa livre e redução da alavancagem. Segundo o Bradesco BBI, os resultados foram em linha com o esperado.

Petrobras
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a Petrobras planeja apresentar aos funcionários um novo Plano de Demissão Voluntária (PDV) para desligar até 12 mil trabalhadores, dentro do seu plano de reestruturação. Segundo fontes próximas às negociações, as condições do plano já foram definidas e devem ser apresentadas aos funcionários ainda neste semestre. A previsão é que o PDV seja incluído no Plano de Negócios para o período de 2016 e 2020, que deve ser apresentado no próximo mês. 

Segundo o analista da Haitong Sergio Tamashiro, ainda que não confirmada, a notícia é positiva, mas não muda o valuation significativamente.

CPFL Renováveis
A CPFL Renováveis quer investir R$ 2,1 bilhões e analisa aquisições, segundo o presidente Andre Dorf falou à Bloomberg em entrevista por telefone.  As usinas eólicas são as mais cometitivas entres as renováveis, afirmou o CEO. 

Totvs
A Totvs (TOTS3) divulgou resultado do quarto trimestre, com um lucro líquido ajustado pró-forma de R$ 49,5 milhões, queda de 39% na comparação anual.

O Itaú BBA espera reação negativa a “resultados desapontadores com compressão adicional de margem”, enquanto o Santander destaca que “o resultado de Ebitda, receita e lucro líquido provavelmente desapontarão o mercado e levarão a uma reação negativa, especialmente depois do forte”.

Vale
Segundo o Estadão, a Vale (VALE5) ameaça cortar 50% da produção em Minas, caso não consiga aprovar licenciamento ambiental de 88 projetos em análise. Cabe lembrar que ontem a Samarco foi rebaixada de Caa1 para Caa2 pela Moody’s; a perspectiva negativa. 

Bombril
A Bombril (BOBR3) elegeu Wagner Brilhante de Albuquerque
diretor financeiro da empresa.

Brasil Pharma
A Brasil Pharma (BPHA3) alterou a data de divulgação de balanço 
para 22 de março.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.