Vale anuncia parceria com australiana; novo CEO da Contax e mais 3 notícias no radar

Confira os destaques corporativos no intraday desta segunda-feira

Paula Barra

(Divulgação JBS Friboi)

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo volta a ganhar força depois que a sexta-feira (4) passada ter sido praticamente engolida pela nova fase da Operação Lava Jato, que teve como foco o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os destaques desta segunda-feira, a JBS concedeu férias coletivas, alegando oferta restrita de animais para abate, e a Vale teve a Estrada de Ferro Carajás bloqueada pela manhã. Confira abaixo:

JBS
A JBS (JBSS3), maior processadora de carne bovina, ovina e de aves do mundo, informou que concedeu férias coletivas para funcionários das unidades de Nova Andradina (MS), Alta Floresta e Pedra Preta (MT), Santana do Araguaia (PA) e de um turno de produção de Mozarlândia (GO), a partir desta segunda-feira, 7, pelo período de 20 dias. Segundo a empresa, os motivos são a baixa disponibilidade de matéria-prima, a dificuldade de acesso às fazendas por conta da temporada de chuvas intensas em algumas regiões e a adequação do nível de estoques às necessidades do mercado. “Após esse período as atividades serão retomadas normalmente”, disse em nota a empresa (para conferir a matéria na íntegra, clique aqui).

Vale
A Vale (VALE3; VALE5) anunciou nesta segunda que assinou um memorando de entendimento com a mineradora australiana Fortescue para distribuição de minério de ferro na China. Com o documento, a Vale pode formar uma ou mais joint ventures com a Fortescue para a mistura de minérios e distribuição de produtos das duas empresas na China.

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O acordo ainda possibilita que a Vale realize projetos de mineração em conjunto com a Fortescue na Austrália e adquira uma participação minoritária na controladora da australiana. A Vale esclareceu ainda que o memorando não constitui um contrato ainda e não é judicialmente vinculante entre as partes. 

Ainda no noticiário da companhia, a Estrada de Ferro Carajás (EFC) foi bloqueada por manifestantes durante cerca de três horas, na manhã desta segunda-feira, com impacto no transporte de carga e de passageiros, segundo a assessoria de imprensa da companhia. As operações de carga já foram normalizadas, de acordo com a mineradora.

A manifestação, promovida pelo MST Mulheres, impediu que o trem de passageiros partisse às 8h da Estação de São Luís com destino à Parauapebas, explicou a Vale, fazendo com que cerca de três mil pessoas deixassem de viajar. A EFC tem 892 quilômetros de extensão, ligando a mina de minério de ferro da companhia em Carajás, no sudeste do Pará, ao Porto de Ponta da Madeira, em São Luís (MA). Segundo informações da Vale em seu site, a ferrovia transporta anualmente 120 milhões de toneladas de carga e 350 mil passageiros.

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“A Vale repudia qualquer ato de invasão da Estrada de Ferro Carajás, que impede o direito de ir e vir de toda comunidade, e informa que já adotou as medidas judiciais cabíveis”, afirmou a empresa em nota.

Além disso, a Vale e a australiana Fortescue Metals Group “concordaram em buscar oportunidades de longo prazo para aumentar a competitividade de suas operações, bem como criar valor adicional para a indústria siderúrgica chinesa”, disse a Vale em comunicado ao mercado.

As oportunidades incluem “formação de uma ou mais joint ventures para a blendagem e distribuição dos produtos da Vale e da Fortescue, respectivamente, na China de forma a desenvolver um blend de minério de ferro especificamente preparado para satisfazer as necessidades de longo prazo dos atuais e futuros consumidores chineses”, informou a mineradora. 

Suzano
A Suzano Papel e Celulose (SUZB5) avalia direcionar no curto prazo parte da nova produção de celulose tipo fluff, material usado em fraldas e absorventes, para o exterior, com Ásia e América Latina entre os primeiros destinos prováveis. “O foco foi primeiro concentrar a atenção no mercado interno porque é mais fácil, tem a vantagem da logística e temos desenvolvido o maquinário dos clientes. Mas certamente vamos olhar em breve o mercado externo, está no radar”, disse à Reuters o gerente do projeto fluff da Suzano e gerente executivo de Novos Negócios da empresa, Alexandre Corrêa.

Atualmente, 90% da produção global do insumo está nos Estados Unidos, com o restante na Argentina, que é o segundo maior produtor por conta de fábrica da Arauco, perto da fronteira com o Brasil. Há também algumas produtoras menores na Europa, segundo Corrêa.

Diante dessa distribuição da produção global do insumo, a Suzano avalia que outros países na América Latina que hoje importam todo o fluff utilizado poderiam ser clientes da produção da companhia no Brasil. Outro foco da empresa para o produto é a China, que já é maior mercado mundial de celulose. 

Fleury
Após resultados do 4° trimestre, o BB Investimentos colocou a recomendação das ações da Fleury (FLRY3) sob revisão, incorporando as dificuldades que a companhia enfrentará diante do cenário macroeconômico, apesar da esperada melhoria de margens.

Contax
A Contax (CTAX3) , fornecedora de contact center e BPO, anunciou a chegada de Nelson Armbrust à presidência da empresa. Shakhaf Wine, que estava na posição desde agosto do ano passado, passa a ser o presidente do Conselho de Administração.

A mudança no comando da companhia ocorre após a conclusão bem-sucedida do trâmite de renegociação da dívida financeira da Contax. De acordo com a empresa, o processo garantiu novo fôlego para que seja possível retomar os fundamentais do negócio e avançar o processo de venda da Allus nas melhores condições.