Os 5 assuntos que vão agitar o pregão desta sexta-feira

Indicadores importantes saem hoje; dia é de recuperação para as bolsas europeias e para o petróleo

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – O Ibovespa teve a sua terceira queda consecutiva ontem, preocupando investidores por conta da perda de credibilidade da política monetária dos principais bancos centrais em meio a comunicações mais “dovish” do Federal Reserve ao mesmo tempo em que uma avalanche de autoridades monetárias cortam juros abaixo de zero. Hoje o dia é de alta para as bolsas europeias, enquanto o Nikkei teve um novo tombo. Esta sexta-feira (11) será um dia importante para olhar para este quadro uma vez que saem importantes dados lá fora, como o PIB (Produto Interno Bruto) da zona do euro. 

Veja os cinco assuntos que você precisa saber antes de operar nesta sexta:

1. Bolsas mundiais
As bolsas europeias tem um dia expressivo de alta, com o DAX com ganhos de 1,50%, o FTSE em alta de 1,79% e o CAC 40 em alta, devolvendo parte da queda de ontem; o S&P futuro indica que índice de Nova York pode subir após 5 quedas consecutivas. Aliviando tensões após semana marcada por receios sobre bancos europeus, o alemão Commerzbank chegou a subir 15%
hoje após anunciar lucro acima do previsto. Enquanto isso, o dia é de alta para o petróleo, com o brent registrando ganhos de 4,59%, a US$ 31,44 o barril, enquanto o WTI sobe 4,24%, a US$ 27,32 o barril. Por outro lado, as bolsas 
asiáticas caíram pela sexta sessão seguida com preocupações sobre a saúde dos bancos europeus ameaçando a economia global, já sob pressão dos preços do petróleo e da desaceleração da China e outros mercados emergentes. O índice Nikkei do Japão recuou 4,8% e tocou uma mínima de 15 meses, fechando a semana com perdas de cerca de 11%, com a maioria dos investidores sendo pegos de surpresa nesta semana pela forte apreciação do iene. As ações financeiras lideraram as perdas na Austrália e Hong Kong, apesar dos declínios ainda serem modestos comparadas a seus pares na Europa e nos Estados Unidos.

Continua depois da publicidade

2. PIB da zona do euro
Divulgado pela Eurostat às 8h (horário de Brasília), o PIB da região teve um crescimento de 0,3% no quarto trimestre de 2015, em linha com as expectativas. No terceiro trimestre de 2015 a expansão do PIB também havia sido de 0,3%. Já o PIB da Alemanha cresceu 0,3% no quarto trimestre de 2015 ante o terceiro e avançou 1,3% na comparação anual, conforme o esperado. 

3. Vendas do varejo nos EUA
O Retail Sales é um relatório que mede as vendas totais do mercado varejista, desconsiderando o setor de serviços. O dado dos Estados Unidos sairá às 11h30 e a expectativa mediana do mercado é que as vendas tenham avançado 0,2% no mês de janeiro. Em dezembro, as vendas no varejo caíram 0,1%. No país, destaque ainda para o índice de sentimento de
Michigan, a ser divulgado às 13h, e para a fala do presidente do Fed de Nova York William Dudley.

4. Contingenciamento adiado
O governo deve adiar para março o anúncio do corte de gastos do Orçamento da União de 2016 para buscar cumprir a meta de 0,5% do superávit primário em relação ao PIB (Produto Interno Bruto). As informações são da Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, o adiamento foi discutido na manhã desta quinta-feira (11) pela presidente Dilma Rousseff com os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, da Fazenda, Nelson Barbosa, e do Planejamento, Valdir Simão. 

Continua depois da publicidade

5. Teto de gastos
Por outro lado, os investidores esperam a publicação de decreto que limita gasto do governo até março. Os gastos ficarão limitados a uma fatia do orçamento total previsto para o ano até que governo decida, no próximo mês, o valor a ser contingenciado, segundo uma pessoa da equipe econômica a par das discussões ouvida pela Bloomberg.

Leia também:

InfoMoney atualiza Carteira para fevereiro; confira

Continua depois da publicidade

Analista-chefe da XP diz o que gostaria de ter aprendido logo que começou na Bolsa

Tópicos relacionados

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.