Como superar o atual momento da Bolsa? Forbes lista ações para superar o Ibovespa

Em reportagem com entrevista de diversos gestores dos EUA, Forbes destaca que há boa opções na Bovespa

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – “O mercado brasileiro está enfrentando problemas. Volume está em queda. O ETF (Exchange Traded Fund) MSCI Brasil, um dos mais populares para negociação dos estrangeiros no mercado brasileiro, tem uma queda de dois dígitos no acumulado de dois anos. Mas ainda dá para fazer dinheiro”.

Esta é a análise da edição digital da revista Forbes que destaca que, mesmo em um cenário de dificuldades para ver o fundo do poço para o País, os investidores que gostam de volatilidade, que “gostam de molhar os pés quanto todo mundo sai da água” encontrarão boas opções ao escolher algumas ações – duas ou três, mais precisamente – e deixá-las andar. 

Para consultores de investimento, isso significaria gerenciar fundos mútuos ativamente. Para os operadores diários, é escolher as ações certas. A Forbes ouviu diversos especialistas, que destacam alguns papéis: Debora Medenica, gestora da Alger Investments, não falou nomes, mas destacou o setor de papel e celulose.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

A Forbes destacou como um dos nomes deste universo a Fibria (FIBR3), que possui ADRs (American Depositary Receipts) negociados em Nova York. A Forbes ressalta que a Fibria não é barata e está pagando o preço por isso, uma vez que a ação subiu 24% nos últimos quatro anos ante queda de 65,6% do Ibovespa no mesmo período em termos dolarizados. Este ano, o papel está caindo forte. Por outro lado, ela é uma das preferidas dos investidores em termos de crescimento e por pagamento de dividendos. 

O analista Luiz Sauerbronn, da Brandes Investment Partners em San Diego, disse que a empresa dobrou a exposição no Brasil. Há cinco anos, 7,8% dos seus fundos tinham exposição a mercados emergentes. Eles fecharam o ano passado a 19,22%, com o Brasil respondendo por metade disso. Embraer (EMBR3) é uma das apostas, mesmo com os papéis em queda no acumulado de três ou seis meses, mas em forte alta acumulada de 34% nos últimos dez anos e batendo os seus pares internacionais. 

Outra opção apontada pela reportagem é a Sabesp (SBSP3), ressaltando que é quase impossível encontrar um ADR tão bom quanto o da companhia de saneamento básico. A ação sobe 13% no acumulado do ano e é um dos ADRs brasileiros mais caros.

Continua depois da publicidade

Sauerbronn ressalta que “as secas ao longo dos últimos anos têm feito as suas vítimas na Sabesp, mas vai chover de novo e os investidores vão voltar”. A Forbes ressalta que os ganhos devem vir ruins neste semestre por conta do desconto que a companhia deu devido ao racionamento, que vem prejudicando o seu lucro.

Os investidores, por outro lado, devem ficar longe da Petrobras (PETR3;PETR4) e Vale (VALE3;VALE5). Petrobras pode até levar a bons trades, mas o timing é tudo neste caso. 

“As melhores companhias não estão baratas, mas há apostas seguras para bater o benchmark ao longo do tempo”, reforça a Forbes.

Vale destacar apostas de outros especialistas em meio ao período de turbulência da Bolsa brasileira. O executivo-chefe da Franklin Templeton Emerging Markets e considerado “guru dos mercados emergentes” Mark Mobius destacou na semana passada, em visita ao Brasil, que o seu portfólio de ativos inclui ações como Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4), Ambev (ABEV3) e Localiza (RENT3). 

Leia também:

InfoMoney atualiza Carteira para fevereiro; confira

Analista-chefe da XP diz o que gostaria de ter aprendido logo que começou na Bolsa

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.