Ibovespa Futuro cai forte acompanhando “sell-off” global e pessimismo com ajuste fiscal

Pré-market sinaliza que hoje é dia de forte queda nas bolsas em um dia em que o petróleo cai aos US$ 26

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em queda nesta quinta-feira (11) acompanhando o “sell-off” que toma conta das bolsas europeias e dos futuros dos Estados Unidos em meio a uma derrocada forte do petróleo, que já opera a US$ 26. Os sinais de bancos centrais da Europa e do Japão não conseguem segurar as fortes baixas do mercado hoje. Entre os principais sintomas do pessimismo no mercado está a alta de 2% do ouro e as quedas fortes dos yields de títulos de países desenvolvidos. Por aqui, o mercado avalia como muito fraco o contingenciamento aventado pelo governo. 

Às 9h05 (horário de Brasília), o contrato futuro do índice para fevereiro caía 1,60%, a 39.755 pontos. Já o dólar futuro para março tem alta de 0,48% a R$ 3,973. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 sobe 2 pontos-base a 14,44%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 avança 6 pontos-base a 15,97%.

 Ainda no radar, notícia do Valor Econômico diz que o governo quer a idade mínima de aposentadoria em 65 anos em 2026. O Planalto deve anunciar na próxima semana a proposta de reforma da Previdência, a banda de flutuação para meta fiscal e o alongamento das dívidas de estados e municípios. 

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Novo horário do dólar
partir desta quinta o horário de negociação dos contratos futuros de dólar será estendido em 15 minutos. O horário de fechamento não mais acompanhará o da Bolsa, ocorrendo às 18h, mas acontecerá às 18h15. A mudança é válida até o dia 11 de março. 

Contingenciamento
De acordo com a “Folha de S. Paulo”, será anunciada amanhã uma tesourada entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões. A previsão anterior era de R$ 50 bilhões. O “Valor Econômico” diz que deve ficar abaixo dos R$ 20 bilhões. Para compensar, o governo enviará ao Congresso a proposta da “banda fiscal”, mecanismo que, na prática, autoriza o não cumprimento da meta fiscal ao estabelecer que em caso do PIB muito fraco prejudicar a arrecadação prevista, a perda de receita poderá ser abatida da conta da economia para pagar juros. 

Verde Asset
A gestora Verde Asset destacou em relatório referente ao mês de janeiro que está aumentando a exposição ao dólar com a volatilidade. O fato de o real ser uma das moedas de melhor performance no mundo em 2016 surpreende, afirma a gestora: “acreditamos que tal fenômeno seja temporário, ainda mais dada a inflação brasileira sistematicamente mais alta que dos pares, e temos aproveitado a volatilidade para aumentar a exposição do fundo comprada em dólar”.

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Cenário externo
As bolsas asiáticas recuaram nesta quinta-feira, com os investidores buscando a segurança do iene, do ouro e de títulos com rating elevado, enquanto deixavam de lado o dólar apostando que o Federal Reserve pode não elevar os juros. A aversão ao risco pesou sobre a maioria das ações asiáticas, com Hong Kong – um dos principais canais para os investidores globais atuarem na China – caindo 3,85%, com os investidores de lá voltando do feriado prolongando do Ano Novo Lunar.

Os mercados no restante da China continuaram fechados. Na quarta-feira, Wall Street fechou sem direção definida após a chair do Federal Reserve, Janet Yellen, parecer otimista em relação à economia norte-americana, apesar de reconhecer os riscos da turbulência do mercado e da desaceleração da China. Analistas entenderam que uma alta dos juros em março é improvável, mas que mais aperto continua possível no decorrer do ano.

O dia também é de fortes baixas para as bolsas europeias, digerindo o discurso de Yellen e a sua preocupação com o crescimento da economia. O FTSE cai 2,68%, o DAX tem baixa de 3,50% e o CAC 40 cai 4,09%, com os bancos sendo o destaque negativo mais uma vez: o Société Générale registra queda de 13% após a divulgação de resultados do quarto trimestre abaixo do esperado, em meio a uma preocupação do continente europeu com as instituições financeiras. Enquanto isso, o dia é de queda para o petróleo: o WTI cai 2,88%, a US$ 26,66 o barril, enquanto o brent cai 1,43%, a US$ 30,40 o barril.

O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.